Por Ana Julia Mezzadri, da Investing.com – Após abrir o dia em queda na esteira do Copom e com expectativas de mais estímulos do governo Biden, o dólar virou e passou a subir, puxado pelo aumento nos temores de risco fiscal no Brasil.
Por volta das 13h20, a divisa norte-americana tinha alta de 1,78% contra o real. No exterior a moeda seguia em queda, com o Índice Dólar em -0,35%.
Ao longo da manhã, a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de manter a taxa básica de juros (Selic) em 2%, mas de encerrar o “forward guidance”, criando a expectativa de um ciclo de aumento da Selic, era um dos fatores que derrubava o dólar. A aposta em um grande pacote de estímulos no governo Biden também enfraquecia a moeda.
No entanto, as dificuldades da vacinação em massa e o avanço da transmissibilidade de novas variantes do coronavírus aumentam os riscos e incertezas fiscais no Brasil, pois mais estímulos podem ser necessários para apoiar a população.
Corroborando esses temores, o senador Rodrigo Pacheco, favorito a presidir o cenário, declarou à Bloomberg: “Vamos ter que sacrificar algumas premissas econômicas para poder manter alguma forma de socorro a essas pessoas. O teto de gastos foi uma medida importante, ele deve ser observado, mas vivemos estado de necessidade absolutamente excepcional com pessoas morrendo e desempregadas então, é preciso que o Estado as socorra.”