O Ibovespa, principal índice acionário da B3, a bolsa brasileira, abriu em alta o pregão desta sexta-feira (13), na onda de recuperação das bolsas internacionais. Por volta das 10h20, os ganhos eram de 11,16%, aos 80.685,11 pontos.
O dólar comercial abriu em baixa, com desvalorização de 1,76% ante o Real e cotado a R$ 4,702. Ontem, a moeda norte-americana chegou a valer R$ 5, mas os leilões do Banco Central, a serem repetidos hoje, conteve a alta.
Ontem, foram acionados 2 circuit breakers, uma quando as perdas passaram de 10%, logo às 10h20, e outra vez por volta das 11h. Foi a quarta parada nos negócios durante a semana, com os ânimos acirrados por conta dos estragos da pandemia de coronavírus na economia.
A semana já começou com pânico generalizado nos mercados, com o preço do petróleo e os receios com o surto da nova doença. Na segunda-feira, a bolsa ficou parada por meia hora, com o o primeiro circuit breaker da semana. Na quarta-feira, o episódio se repetiu.
Veja os principais fatores que influenciam o mercado financeiro na sessão de hoje:
Coronavírus
Na última quarta-feira, a OMS (Organização Mundial da Saúde) declarou que o surto de COVID-19 é uma pandemia, e o número de afetados e óbitos deve aumentar. Ao redor do globo, são quase 140 mil ocorrências, com mais de 5 mil mortos. No Brasil, são mais de 130 casos.
https://twitter.com/OPASOMSBrasil/status/1237792310177472512
Estímulos ao redor do mundo
Nesse contexto, bancos centrais globais agem para tentar conter os estragos da crise. O Federal Reserve, dos Estados Unidos, recompraram títulos do governo que somam US$ 1,5 trilhões. Além disso, a Câmara norte-americana prossegue nos trabalhos do pacote econômico prometido pelo presidente Trump. BCs do Japão e Europa não cortaram juros, mas anunciaram injeção de liquidez, assim como o Fed.
No Brasil
As expectativas se voltam para a reunião do Copom, na semana que vem, mas, enquanto isso, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, disse que os trabalhos na casa serão focados em medidas econômicas para responder à pandemia de COVID-19. O governo, por sua vez, antecipou a primeira metade do 13º salário dos aposentados pelo INSS, para estimular a economia.
O presidente Jair Bolsonaro aguarda o resultado do seu teste para o coronavírus após o secretário de Comunicação Social da Presidência, Fábio Wanjgarten, ter sido diagnosticado com a doença. Além disso, o presidente pediu, em live nas redes sociais, que os manifestantes do dia 15 de março repensem o protesto marcado para domingo, solicitação acatada pelos organizadores.
https://twitter.com/jairbolsonaro/status/1238242537804046336