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Investigação de Maia pode levar a bolsa para o vermelho

27 agosto 2019 - 11h45Por Redação SpaceMoney
Felipe Berenguer* O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), foi acusado de praticar crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e 'caixa 3' pelo recebimento de valores para uso nas campanhas do DEM nas eleições de 2008, 2010 e 2014. A acusação consta em relatório da Polícia Federal, que investiga Maia e seu pai, Cesar Maia, pelos possíveis crimes e conta com informações de três delatores da Odebrecht. O relatório da PF – que aponta valores em torno de 1,6 milhão de reais entregues aos Maia – foi entregue ao ministro relator da Lava Jato no STF, Edson Fachin. Agora, a Procuradoria-Geral da República (PGR) tem até quinze dias para se manifestar sobre o caso e decidir se abre denúncia contra Rodrigo Maia e seu pai, ou se pede para a Polícia Federal estender as investigações com o intuito de angariar mais informações. Em nota, o presidente da Câmara afirmou que todas as doações foram recebidas dentro das conformidades legais e declaradas à Justiça. Acrescenta, ainda, que as acusações são somente baseadas em "palavras e planilhas produzidas pelos próprios delatores". As investigações da Polícia Federal devem gerar algum ruído negativo nos mercados, pois Maia é uma importante figura na conjuntura política atual e tem promovido grande parte da agenda de reformas do país. No entanto, ainda há um longo processo jurídico para que se possa declarar o presidente da Câmara culpado. Vale lembrar que Maia tem prerrogativa de foro por estar no exercício do mandato. *Felipe Bevilacqua é estrategista na Levante, empresa de recomendações, análises e carteiras de investimentos. Esta coluna é de inteira responsabilidade da Levante e não reflete, necessariamente, a opinião da SpaceMoney.