O Ibovespa, principal índice acionário da B3, a bolsa brasileira, voltou a operar em queda nesta terça-feira (4), após tomar fôlego e subir logo no início da tarde. Enquanto isso, investidores monitoram perspectivas melhores para a variante Ômicron da Covid-19 e a saúde do presidente Jair Bolsonaro (PL).
Investidores estão com os olhos também no exterior, com o avanço das taxas de juros, impulsionadas pela alta nos rendimentos dos títulos americanos e monitoram o impacto na economia local.
Por volta das 14h02, as perdas eram de 0,17%, aos 103.748 pontos.
O dólar tinha valorização de 0,27%, cotado a R$ 5,678.
Veja os fatores que influenciam os mercados hoje:
Mercados internacionais
Ásia (encerrados)
Nikkei 225 (Jap): 1,77% ↑
Shanghai Composite (Chi): 0,20% ↓
Europa (encerrados)
DAX 30 (Ale): 0,82% ↑
FTSE 100 (Ing): 1,63% ↑
CAC 40 (Fra): 1,39% ↑
EUA
Dow Jones: 0,64% ↑
S&P 500: 0,10% ↓
Nasdaq 100: 1,79% ↓
Saúde do presidente Jair Bolsonaro
O presidente Jair Bolsonaro (PL) não vai passar por cirurgia para corrigir uma obstrução intestinal que o levou a ser internado na segunda-feira, disse o jornal Folha de S.Paulo nesta terça-feira (4).
Segundo a reportagem, a decisão de descartar uma cirurgia ao menos por ora foi tomada pelo médico Antônio Macedo e comunicada aos membros de sua equipe.
Bolsonaro foi internado no Hospital Vila Nova Star na madrugada de segunda-feira após sentir um "desconforto abdominal", segundo a Presidência da República informou em nota na segunda-feira (3).
Cruzeiros
A Associação Brasileira de Navios de Cruzeiros (Clia Brasil) anunciou na segunda-feira (3) a suspensão voluntária das operações nos portos do Brasil até 21 de janeiro deste ano.
A medida ocorre com efeito imediato para novas partidas e nenhum hóspede será embarcado até o dia 21 de janeiro. Os cruzeiros atuais vão finalizar os seus itinerários conforme planejado.
A entidade informou que trabalha em nome das companhias de cruzeiros que operam no país – MSC Cruzeiros e Costa Cruzeiros – para alinhar interpretações e aplicações dos protocolos operacionais de saúde e segurança que haviam sido aprovados no início da temporada, em novembro, com as autoridades do governo federal, Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), estados e municípios.
Privatizações sob desconfianças
Apesar da promessa de se desfazer de dezessete estatais, o governo Bolsonaro inicia o seu último ano de mandato sem ter realizado nenhuma privatização de empresas diretamente controladas pela União.
A União controla diretamente 46 empresas, segundo o Tesouro Nacional.
Estavam previstas para irem à venda no primeiro ano de governo:
Emgea (Empresa Gestora de Ativos); ABGF (Agência Brasileira Gestora de Fundos Garantidores e Garantias); Serpro (Serviço Federal de Processamento de Dados); Dataprev (Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência Social); Casa da Moeda; Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo); Ceasaminas (Centrais de Abastecimento de Minas Gerais); CBTU (Companhia Brasileira de Trens Urbanos); Trensurb (Empresa de Trens Urbanos de Porto Alegre S.A.); Codesa (Companhia Docas do Espírito Santo); EBC (Empresa Brasil de Comunicação); Ceitec (Centro de Excelência em Tecnologia Eletrônica Avançada); Telebras Correios Eletrobras Lotex (Loteria Instantânea Exclusiva); e Codesp (Companhia Docas do Estado de São Paulo).
Para 2022, sete empresas ainda estão na lista de privatizações, entre elas a Eletrobras (ELET3), os Correios e empresas portuárias que administram o Porto de Santos.
A privatização dos Correios e da Eletrobras são vistas com descrédito, uma vez que o Congresso não incluiu no Orçamento de 2022 as receitas vindas das vendas das operações da companhia de energia elétrica e o projeto de lei que viabiliza o leilão da estatal de correspondência está travado no Senado Federal.
Informe corporativo
B3 (B3SA3) – A B3 divulgou a nova carteira do índice Ibovespa B3, que vai vigorar de 3 de janeiro de 2022 a 29 de abril de 2022, com base no fechamento do pregão de 30 de dezembro de 2021.
A nova carteira confirma a entrada de Positivo Tec ON (POSI3), CSN Mineração ON (CMIN3) e 3R Petroleum ON (RRRP3), um total de 93 ativos de 90 empresas.
Para a entrada das três ações, as units da GetNet (GETT11) e as preferenciais do Banco Inter (BIDI4) saíram do índice.
Notícias Relacionadas
Energisa (ENGI4) – A Energisa informa que o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou, sem restrições, a aquisição do controle da Geogroup Paranaíta Transmissora de Energia (SPE).
Na operação, anunciada em 2 de dezembro, a companhia compradora desembolsou R$ 100,7 milhões por meio da sua subsidiária direta Energisa Transmissão de Energia.
Dasa (DASA3) – A Dasa concluiu a aquisição da sociedade proprietária da clínica oncológica AMO pela cifra atualizada de R$ 760 milhões.
AES Brasil (AESB3) e Itaú (ITUB4) – A AES Operações, subsidiária da AES Brasi, celebrou com o Itaú um acordo de investimentos para projetos de geração de energia renovável.
A instituição financeira subscreverá novas ações preferenciais a serem emitidas no contexto de um aumento de capital realizado pela Guaimbê Holding, na qual o banco aportará R$ 360 milhões.
A operação foi aprovada pelo Cade no dia 16 de dezembro.
JBS (JBSS3) – A JBS comunicou, nesta terça-feira (4), que concluiu a aquisição da Rivalea, líder na criação e processamento de suínos na Austrália.
Segundo comunicado da JBS, a operação fortalece a posição da companhia na Austrália, que passa a assumir a liderança no processamento de suínos no país e adiciona marcas importantes ao portfólio, além de fortalecer a plataforma de exportação da companhia.
Eneva (ENEV3) e Focus Energia (POWE3) – A Eneva e a Focus Energia aprovaram a combinação dos negócios.
Tupy (TUPY3) e Eletrobras (ELET3) – Na segunda-feira (3), a Tupy informou que, em 30 de dezembro de 2021, no âmbito de ação judicial movida contra a Eletrobras que visa a recuperação de juros e correção sobre empréstimo compulsório, recebeu depósito em conta no montante de R$ 78,7 milhões por determinação da 6ª Vara Federal da Subseção Judiciária de Joinville/SC.
Apple (AAPL)(APPL34) – A Apple, uma das maiores empresas mundiais de tecnologia, alcançou na segunda-feira (3) um marco histórico de US$ 3 trilhões em valor de mercado.
EUA
Os EUA registraram mais de 1 milhão de novos casos de Covid-19 na segunda-feira, batendo o recorde anterior de qualquer país.
Os números são distorcidos pelos feriados, que atrasaram a divulgação em alguns casos, mas que – como de costume – aumentaram drasticamente o potencial de transmissão.
Ômicron, a nova cepa dominante da doença, parece causar doenças menos graves do que as cepas anteriores: as hospitalizações ainda estão cerca de 30% abaixo do pico do ano passado, e na África do Sul, onde a nova variante surgiu pela primeira vez, a onda de infecções atingiu o pico sem sobrecarregar o serviço de saúde do país.
Ainda assim, o aumento de casos no curto prazo leva ao aumento do absenteísmo, especialmente em setores de serviços como companhias aéreas e saúde. Mais de 4.000 voos foram cancelados no último fim de semana nos EUA.
Ainda por lá, o governo do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou nesta segunda-feira que vai direcionar US$ 1 bilhão para expandir a capacidade de pequenas processadoras de carne no país.
O investimento faz parte de uma iniciativa mais ampla para reduzir o que o governo considera uma forte concentração no setor de processamento de carnes.
China
O Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) do Caixin/Markit subiu a 50,9 em dezembro na China, nível mais alto desde junho.
O resultado foi impulsionado por saltos de produção e alívio das pressões de preços, mas um mercado de trabalho e a confiança empresarial mais fracos trouxeram incerteza, mostrou nesta terça-feira (4) uma pesquisa privada.
Covid-19
O Brasil registrou 11.850 novos casos de Covid-19 e 76 novos óbitos causados pela doença em 24 horas, segundo o boletim da situação epidemiológica divulgado no último domingo (2) pelo Ministério da Saúde.
Com os novos diagnósticos de Covid-19 confirmados, o total de pessoas contaminadas desde o início da pandemia chegou a 22.305.078.
Com os novos óbitos, a soma de pessoas que perderam a vida para a doença alcançou 619.209.
O balanço consolida informações sobre casos e mortes enviadas pelas secretarias estaduais de saúde. O estado de Roraima não enviou dados.
Os números em geral são menores aos domingos, segundas-feiras o nos dias seguintes aos feriados em razão da redução de equipes para a alimentação dos dados. Às terças-feiras e dois dias depois dos feriados, em geral há mais registros diários pelo acúmulo de dados atualizado.
Até segunda-feira (3), foram aplicadas 308,6 milhões de doses, sendo 157,6 milhões como primeira dose e 134,7 milhões como segunda dose ou dose única. Outros 15,5 milhões já receberam a dose de reforço.
Com informações de Agência Brasil, Agência Câmara, Agência Senado, Bloomberg, g1, Investing.com, O Estado de S.Paulo, Reuters e Valor.