IBOVESPA E DÓLAR HOJE - Política em Brasília, Vale (VALE3), balanços e dilema dos juros nos EUA

A volta do Congresso ao trabalho também deve ser marcada por uma contraofensiva ao STF.

Além dos limites para decisões monocráticas e da exigência de aval do Legislativo a medidas judiciais da Corte contra parlamentares em exercício, pode ganhar espaço a imposição de prazo ao mandato dos ministros do STF.

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Sucessão na Vale (VALE3)

Esta semana, a Vale (VALE3) deve decidir o desfecho da sucessão, após a reunião do conselho de administração da mineradora realizada na última sexta-feira (2) ter terminado sem acordo sobre o processo sucessório.

Quem defende a saída de Eduardo Bartolomeo do comando aponta sua falta de trânsito com o governo.

Para alguns acionistas, se o executivo tivesse maior aproximação com Brasília, poderia ter evitado a recente cobrança pela pasta dos Transportes de R$ 25,7 bilhões por concessões das ferrovias renovadas antecipadamente.

Neste contexto, o nome de Luiz Henrique Guimarães (ex-Cosan) e hoje no conselho da Vale, ganha força.

Outra saída seria propor um mandato mais curto para Bartolomeo, de um ano, ao invés de três, ou incluir o executivo em uma lista tríplice do processo sucessório da empresa, cuja escolha ocorreria mais adiante.

Na sexta, a Justiça-DF determinou o afastamento do presidente da Previ, João Fukunaga, acolhendo o argumento do deputado Leonardo Siqueira (Novo) de que o executivo não tem a experiência exigida ao cargo.

Em maio, Fukunaga já havia sido afastado na mesma ação, mas a decisão foi revertida dias depois. A Previ é acionista da Vale e Fukunaga ocupa uma das cadeiras do conselho de administração da mineradora.

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Balanços

Esta é a semana dos bancos divulgarem seus resultados do último trimestre de 2023. Nesta segunda sai:

• Itaú (ITUB3);
• BMG (BMGB4);
• BB Seguridade (BBSE3);
• BTG Pactual (BPAC11);
• Cielo (CIEL3).

EUA

Agenda:

• Às 11:45 sai o PMI composto, divulgado pela S&P Global.
• Às 12:00, o Instituto para Gestão de Oferta (ISM) divulga o índice do setor de serviços em janeiro.

E corte nos juros?

A força da economia americana exibida pelo payroll deixou o risco de repique da inflação no radar e as chances de o Fed (banco central americano) cortar o juro em maio, que bateram em 100% do CME, já não são mais unânimes.

Na sexta-feira (2), a diretora do Fed, Michelle Bowman, não descartou novos apertos monetários, se necessário, porque o mercado de trabalho ainda apertado pode reacender a inflação de serviços.

Já neste último domingo, em entrevista ao programa 60 Minutes da CBS, gravada no day after do Fed e veiculada na noite deste domingo, o presidente do banco central dos EUA considerou improvável o corte de juro em março.

Ele disse que a inflação caiu de forma acentuada nos últimos seis meses, mas que o trabalho ainda não terminou. Mesmo assim, garantiu que o Fomc não vai esperar a inflação atingir 2% para começar a relaxar a taxa básica.

Powell minimizou o risco de estouro de uma nova crise bancária liderada pelo setor imobiliário, após o prejuízo do New York Community Bancorp ter alertado sobre a solvência de instituições regionais menores.

Disse ainda não ver possibilidade elevada de recessão neste momento nos EUA, assegurando que a economia americana está forte e que “há todos os motivos” para pensar que o desempenho pode continuar a melhorar.

“Temos mercado de trabalho saudável, com desemprego historicamente baixo, e inflação em queda.”

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Balaços

A atenção em NY se volta para o balanço do MCDonald's, que deve sair hoje antes da abertura de mercado.

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Europa

Zona do Euro

PMI composto

O PMI composto da Zona do Euro, compilado pela S&P Global e visto como um bom guia da saúde económica global, subiu para 47,9 em janeiro, ante aos 47,6 de dezembro, correspondendo a uma estimativa preliminar.

Essa foi a melhor leitura desde julho, mas permaneceu abaixo da marca de 50 que separa o crescimento da contração.

A pesquisa deste segunda-feira (5), também indicou que os custos de insumos e de produção subiram mais rapidamente no mês passado e, embora um índice que mede a demanda tenha subido, ainda estava firmemente abaixo do ponto de equilíbrio.

PPI

O índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) da zona do euro caiu 10,6% em dezembro de 2023 ante igual mês do ano anterior, depois de recuar em ritmo mais fraco em novembro, de 8,8%, segundo dados publicados nesta segunda-feira (5), pela Eurostat, como é conhecida a agência oficial de estatísticas da União Europeia.

Na comparação mensal, o PPI do bloco teve declínio de 0,8% em dezembro. Excluindo-se os preços de energia, que tendem a ser voláteis, o PPI da zona do euro diminuiu 0,1% em dezembro ante novembro e registrou baixa de 0,4% no confronto anual.

Ásia

China

O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) do setor de serviços da China apurado pelo grupo chinês de mídia Caixin e a agência S&P Global caiu para 52,7 em janeiro, ante 52,9 em dezembro, disseram as empresas nesta segunda-feira (5), em Pequim.

Dados acima de 50,0 sugerem expansão da atividade frente ao mês anterior. Números abaixo desse patamar apontam para contração da atividade.

Em relação a novembro, o número de pessoas sem emprego na região teve queda de 17 mil.

Esta matéria contém informações complementares levantadas pelo site Bom Dia Mercado