Ibovespa abre em queda de 1,1%, com PEC da Transição, Lei das Estatais, IBC-Br e Fed no radar

Ibovespa e dólar hoje

Nesta quarta-feira (14), o Ibovespa, principal índice acionário da B3, abriu em queda de 1,14, aos 102 mil pontos, às 10:18.

O dólar comercial (compra) se valorizava em 0,47%, a R$ 5,340, às 10:15.

Bolsas globais agora

Ásia (encerrados)

Nikkei 225 (Japão): +0,72%

Shanghai Composite (China): +0,006%

Europa 

DAX 30 (Alemanha): -0,70%

FTSE 100 (Inglaterra): -0,29% 

CAC 40 (França): -0,46%

EUA (Por volta de 10:16, os índices futuros operavam em campo negativo, entre 0,11% e 0,28%).

Dow Jones:

S&P 500:

Nasdaq 100:

EWZ

O iShares MSCI Brazil ETF (EWZ) caía 1,43% no pré-mercado, às 10:14 desta quarta-feira (14), em NY. 

Juros futuros

• DI (2023): +0,002 pp, a 13,658%
• DI (2024): +0,115 pp, a 14,175%
• DI (2025): +0,230 pp, a 13,885%
• DI (2027): +0,245 pp, a 13,580%
• DI (2029): +0,210 pp, a 13,530%
• DI (2031): +0,200 pp, a 13,520%

(por volta das 9:00)

Commodities

O minério de ferro (contrato de maio) fechou em alta de 1,32% em Dalian, na China, o equivalente a 808,50 yuans por tonelada métrica (US$ 116,48).

Petróleo: Brent subia 0,78%, a US$ 81,31, enquanto o WTI ganhava 0,80%, a US$ 75,99 por barril, por volta de 10:18 desta quarta-feira (14).

Fique por dentro dos principais assuntos que movimentam os negócios no Brasil e no exterior nesta quarta-feira:

Brasil

Agenda 

Às 9:00, o Banco Central (BC) divulga o IBC-Br, prévia do PIB, referente ao mês de outubro. O índice recuou 0,05% na comparação mês a mês e subiu 3,68% na base de comparação anual.

A expectativa do mercado financeiro apontava para um avanço de 0,5% mês a mês e de 4,2% ano a ano, destacou o BTG Pactual. 

Ministério da Fazenda

O futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), afirmou na terça-feira (13), que o grande desafio do primeiro ano de governo seria corrigir os erros que foram cometidos em 2022 "por açodamento e por desespero eleitoral".

Em entrevista coletiva, anunciou Bernard Appy como o secretário especial para a reforma tributária em sua pasta.

O político afirmou que pretende enviar ao Congresso Nacional a proposta de novo arcabouço fiscal, antes do prazo estabelecido pela PEC da Transição, que obriga o novo governo a apresentar um projeto de lei complementar até agosto de 2023.

"Se depender de mim eu antecipo, queremos encaminhar o quanto antes".

Disse ainda que não discutiu com o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a participação do governo brasileiro no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça. O futuro ministro ainda declarou que a agenda verde era uma prioridade do governo eleito.

Na visão de Fernando Haddad, o Banco do Brasil (para agronegócio) e a Caixa Econômica Federal (na gestão de programas sociais, como FGTS e Minha Casa, Minha Vida) são importantes instrumentos de crédito no País. Segundo ele, entretanto, o mercado de crédito mudou muito nos últimos vinte anos, com a entrada de novas empresas.

O ex-prefeito de São Paulo adiantou que ainda não existe uma decisão sobre a prorrogação ou não da desoneração de PIS-Cofins sobre os combustíveis em 2023.

A medida se esgota no dia 31 de dezembro deste ano, se renovada pelo novo governo, representaria uma renúncia fiscal estimada em R$ 52 bilhões no próximo ano.

"Vou dar uma olhada no relatório do orçamento e temos de esperar a decisão do Congresso Nacional sobre a PEC da Transição. Sem essas duas leis nas mãos, não tenho nem como sugerir uma decisão ao presidente Lula", afirmou.

Sobre a relação com o Banco Central (BC), disse que a reunião com Roberto Campos Neto, presidente da autoridade monetária, foi muito positiva. Segundo Fernando Haddad, Fazenda e BC devem interagir dentro de suas atribuições, mas com a obrigação de buscar alinhamento. 

Na entrevista, estava acompanhado do secretário-executivo da Fazenda, Gabriel Galípolo, anunciado ontem, a quem chamou de vice-ministro e fez questão de dizer que era “presidente de banco (ex-Fator) e nunca foi a uma reunião do PT”.

(Broadcast) (Bom Dia Mercado)

Aloizio Mercadante

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nomeou o ex-senador Aloizio Mercadante (PT-SP) para a presidência do BNDES. 

A AFBNDES, associação que representa os funcionários do banco estatal, viu a indicação do coordenador técnico da equipe de transição de governo, Aloizio Mercadante (PT), à presidência da instituição de fomento como um "sinal de prestígio" político, disse o presidente da entidade, Arthur Koblitz.

(Broadcast)

Lei das Estatais

No final da noite de terça-feira (13), outro “boato” foi confirmado, com a aprovação de projeto que muda a Lei das Estatais, na Câmara dos Deputados.

O projeto que altera a Lei das Estatais libera Aloizio Mercadante ao BNDES, e reduz de trinta e seis meses para apenas trinta dias a quarentena para alguém que tenha atuado em campanha eleitoral possa assumir cargo de administrador em empresa pública.

A matéria foi relatada por Margarete Coelho (PP-PI), e o texto foi de autoria de Celina Leão (PP-DF), ambas aliadas de Arthur Lira (PP-AL), que mostrou sua força na votação com placar de PEC: 314 votos a favor, contra 66.

O texto segue agora para o Senado Federal.

Além dessa alteração, o projeto aumenta de 0,5% para 2% da receita operacional bruta do exercício anterior o limite das despesas com publicidade e patrocínio de empresa pública e de sociedade de economia mista.

Também veda, em ano de eleição, despesas no primeiro semestre com publicidade institucional que excedam seis vezes a média mensal dos valores reconhecidos e não cancelados nos últimos três anos que antecedem o pleito.