Última sessão do ano: Ibovespa fecha em queda de 0,5%, com sinais de Lula, Petrobras e combustíveis

Ibovespa e dólar hoje (29)

Nesta quinta-feira (29), último pregão do ano, o Ibovespa, principal índice acionário da B3, fechou em queda de 0,46%, aos 109.734 pontos. Em 2022, o indicador registrou um acréscimo de 4,69%.

O dólar comercial (compra) se valorizou em 0,47%, a R$ 5,279, às 17:00.

Outros índices

BDRX: +2,35%

Ifix: +0,58%

SMLL: -0,60%

 

Bolsas globais agora

Ásia (encerrados)

Nikkei 225 (Japão): -0,94%

Shanghai Composite (China): -0,44%

Europa (encerrados)

DAX 30 (Alemanha): +1,05%

FTSE 100 (Inglaterra): +0,21%

CAC 40 (França): +0,97%

EUA (encerrados)

Dow Jones: +1,04%

S&P 500: +1,75%

Nasdaq 100: +2,62%

 

EWZ

O iShares MSCI Brazil ETF (EWZ) fechou em queda 0,95% nesta quinta-feira (29), em NY. 

 

Juros futuros (DIs)

Ativo	Variação (p.)	Último Preço
DI1F23	+0,012	13,670
DI1F24	+0,050	13,450
DI1F25	+0,025	12,700
DI1F27	-0,015	12,635
DI1F29	-0,010	12,700
DI1F31	-0,040	12,670

(por volta de 16:20-17:55)

Commodities

Minério de ferro – Os preços do minério de ferro subiram 1,56% em Dalian, na China, a 845 yuanes por tonelada, no contrato futuro mais líquido (maio de 2023).

Petróleo – Já por volta de 18:05 desta quinta-feira (29), o petróleo Brent caía 0,37%, a US$ 83,68, ao passo que WTI se desvalorizava em 0,44%, a US$ 78,61.

Fique por dentro dos principais assuntos que movimentaram os negócios no Brasil e no exterior nesta quinta-feira (29):

Brasil

Agenda

IGP-M – O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) variou 0,45% em dezembro, após queda de 0,56% no mês anterior.

De janeiro a dezembro de 2022, o índice acumulou alta de 5,45%. Em dezembro de 2021, o índice variara 0,87% e acumulava alta de 17,78% em doze meses.   

“A última edição do IGP-M de 2022, mostra aceleração dos preços de alimentos importantes ao produtor e ao consumidor. No índice ao produtor, os maiores aumentos foram registrados para: feijão (de -1,45% para 15,36%), bovinos (de -2,20% para 1,55%) e óleo de soja refinado (de 2,57% para 7,35%). Já no âmbito do consumidor, as maiores altas foram registradas para alimentos in natura, com destaque para: tomate (de 18,13% para 19,12%) e cebola (17,36% para 24,80%)”, afirma André Braz, coordenador dos Índices de Preços.

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) variou 0,47% em dezembro, após queda de 0,94% em novembro. Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) variou 0,44% em dezembro, após alta de 0,64% em novembro. Por fim, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) variou 0,27% em dezembro, ante 0,14% em novembro. 

ICOM – O Índice de Confiança do Comércio (ICOM), do FGV IBRE, ficou estável em dezembro, ao se manter no nível de 87,2 pontos, menor patamar desde abril (85,9 pontos).

Na métrica de médias móveis trimestrais, houve queda de 4,9 pontos, segunda queda seguida após oito meses consecutivos de resultados positivos.

ICS – O Índice de Confiança de Serviços (ICS), do FGV IBRE, cede 1,5 ponto em dezembro, para 92,2 pontos, menor nível desde fevereiro de 2021 (89,2 pontos).

O índice cai pelo terceiro mês consecutivo, acumulando perda de 9,5 pontos no 4º trimestre de 2022. Em médias móveis trimestrais, o índice também recuou 3,2 pontos.

Às 9:30, saiu o resultado do setor público consolidado.

De acordo com a agência Reuters, a dívida pública bruta do Brasil, em novembro, sofreu mais uma redução, puxada por um resgate líquido de títulos e pelo crescimento nominal da atividade, apesar de um déficit primário registrado no mês, mostraram dados do Banco Central nesta quinta-feira (29). As informações são do repórter Bernardo Caram.

O indicador caiu a 74,5% do PIB em novembro, de 75,1% em outubro, menor patamar desde dezembro de 2019 (74,4%).

A queda do endividamento bruto foi determinada principalmente por um resgate líquido de R$ 74,7 bilhões de dívida no mês, o que contribuiu para um recuo do 0,8 ponto percentual na relação, segundo o BC.

O dado também foi afetado pelo efeito do crescimento do PIB nominal, que provocou uma redução de 0,5 ponto percentual na relação, segundo o BC. 

Já a dívida líquida, que engloba também os ativos do governo, ficou estável em 57,0% do PIB no mês passado.

Em novembro, o setor público consolidado brasileiro registrou um déficit primário de R$ 20,089 bilhões. O resultado foi inferior ao superávit de R$ 15,034 bilhões computado em novembro de 2021.

No mês passado, houve déficit de R$ 16,254 bilhões no governo central e rombo de R$ 3,710 bilhões nos Estados e municípios. O dado dos governos regionais foi o pior para meses de novembro da série iniciada em 1991.

As estatais tiveram saldo positivo de R$ 145 milhões no mês passado.

(Reuters)

Formação do governo Lula III

Lula confirma Simone Tebet, Marina Silva e Sônia Guajajara na equipe ministerial; veja indicações    

O presidente eleito anunciou que o Banco do Brasil (BBAS3) e a Caixa Econômica Federal (CEF) serão presididos por mulheres. Sobre a política de preços e a desoneração de combustíveis, disse que vai aguardar a formação de uma nova diretoria da Petrobras (PETR3)(PETR4).

Questionada sobre se ajudaria o futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT-SP), na confecção do arcabouço fiscal para 2023, Simone Tebet, futura ministra do Planejamento, disse: “sempre”.

(Estadão)

Alexandre Silveira (PSD-MG), futuro ministro de Minas e Energia, declarou que vai iniciar conversas em janeiro para avaliar “com mais segurança sobre a política [de desoneração] de médio e longo prazo. Com muito critério, temos que olhar a transição e a questão dos combustíveis”.

Ele disse ainda que não havia impedimento jurídico à indicação de Jean Paul Prates à presidência da Petrobras (PETR3)(PETR4).

Silveira ainda disse que, “com certeza”, vai haver revisão da política de paridade internacional dos preços.

(Estadão)

Lula foi otimista e disse que, com a nova diretoria da estatal petroleira, os preços dos combustíveis vão cair.

“Eu dizia que, para reduzir o preço de gasolina, do petróleo, do óleo e do gás, a gente não precisava mexer com o ICMS, poderia mexer com outras coisas. Bastava que a mesma mão que assinou o aumento assinasse a diminuição do aumento”, afirmou.

(Estadão)

De olho nas contas públicas

Driver I: Lula (PT) indicou a recomposição do PIS e Cofins sobre os combustíveis, o que pode garantir arrecadação extra de R$ 50 bilhões por ano, e ajudar a reduzir a dívida pública.

Driver II: Uma reportagem do Broadcast destaca que Paulo Guedes, atual ministro da Economia, encomendou uma proposta para mudar a âncora fiscal e que o bloco parlamentar Centrão pode fazer um combinado já em fevereiro para pautar o debate das contas públicas.

Deputados federais e senadores estariam em mobilização para apresentar uma PEC no Congresso Nacional já no começo de fevereiro, antes mesmo de a equipe econômica de Lula revelar sua sugestão para substituir o teto de gastos (com prazo final para agosto).

A ideia seria amarrar na proposta três textos redigidos por técnicos do Ministério da Economia, a pedido de Paulo Guedes.

Os projetos sobre a nova regra fiscal propõem incorporar a evolução do PIB no cálculo do teto de gastos, atualmente corrigido pelo IPCA e que teria crescimento real permanente, acima da inflação, a depender do nível da dívida.

Apelidada de “PEC de Guedes”, a mobilização do bloco parlamentar para “atropelar” o governo eleito anima o mercado, que vê espaço mais reduzido para uma eventual aventura fiscal por Lula e Fernando Haddad, e impor freio aos gastos públicos.

Driver III: Em entrevista a Miriam Leitão, colunista do jornal O Globo, Fernando Haddad transmitiu uma mensagem de maior austeridade fiscal, e prometeu reduzir o déficit primário já no primeiro ano de governo.