O Ibovespa, principal índice acionário da B3, a bolsa brasileira, fechou em alta nesta quarta-feira (25).
No encerramento dos negócios, às 17h, os ganhos foram de 0,50%, aos 120.817 pontos. A Bolsa operou praticamente todo o pregão em queda desprezando o movimento positivo em Nova York. Perto do fechamento deu sinais de melhora, puxado pelas ações da Petrobras e encerrou a sessão em alta, acima dos 120 mil pontos.
O dólar se desvalorizou em 0,97% e fechou cotado a R$ 5,211. A forte desvalorização deve-se ao ambiente interno menos conturbado, com um fluxo de notícias mais positivas — arrefecimento do embate entre os poderes executivo e judiciário e sinalização de cumprimento das metas fiscais.
Veja os fatores que influenciam os mercados hoje:
Mercados internacionais
Ásia (encerrados)
Nikkei 225 (Jap): 0,02% ↓
Shanghai Composite (Chi): 0,74% ↑
Europa (encerrados)
DAX 30 (Ale): 0,28% ↓
FTSE 100 (Ing): 0,34% ↑
CAC 40 (Fra): 0,18% ↑
EUA (encerrado)
Dow Jones: 0,11% ↑
S&P 500: 0,22% ↑
Nasdaq 100: 0,073% ↑
Bolsas
O Ibovespa fechou a quarta-feira (25) em alta de 0,31%, acima dos 120 mil pontos, favorecido pelo cenário externo, com novas máximas em Wall St, embora persista o desconforto com a situação político-fiscal no país.
As bolsas asiáticas também fecharam ontem em alta, impulsionadas pela aprovação definitiva da vacina desenvolvida em parceria entre Pfizer e BioNTech.
Nos Estados Unidos, os índices avançaram com o ânimo dos investidores pela aprovação da vacina da Pfizer pela agência reguladora do país, a FDA.
Já na Europa, as bolsas fecharam sem direção única, à espera do simpósio anual organizado pelo Federal Reserve (Fed) em Jackson Hole e com o impacto da divulgação de números sobre o PIB alemão.
Dólar
O dólar fechou em forte queda na quarta-feira (25), a mais intensa desde março e que levou a cotação ao menor valor em onze dias, tendo o real liderado os ganhos nos mercados globais de câmbio em meio a um alívio em temores fiscais domésticos.
A moeda caiu 0,97%, cotada a R$ 5,21 na venda. A desvalorização foi devido ao ambiente interno menos conturbado.
IPCA-15
Puxado pelo aumento da energia elétrica, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) ficou em 0,89% em agosto. Trata-se do maior resultado para um mês de agosto desde 2002, quando atingiu 1,00%.
No ano, o indicador acumula alta de 5,81% e nos últimos doze meses, de 9,30%, apontam os dados divulgados nesta quarta-feira (25) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
STF
O Supremo Tribunal Federal (STF) retoma nesta quarta-feira (25) o julgamento de uma ação apresentada pelos partidos de oposição PT e PSOL contra a lei aprovada em fevereiro deste ano que deu autonomia ao Banco Central e estabeleceu que os mandatos do presidente e dos diretores do banco não vão mais coincidir com o do presidente da República.
Reforma Administrativa
A comissão especial da Câmara dos Deputados que analisa a proposta de reforma administrativa (PEC 32/20) ouve nesta quarta-feira (25) o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Augusto Nardes sobre a experiência de governança no tribunal.
O debate atende a sugestão do deputado Osmar Terra (MDB-RS).
A PEC altera dispositivos sobre servidores e empregados públicos, modifica a organização da administração pública direta e indireta de qualquer dos poderes da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios.
Banco Central
A autoridade monetária anuncia nesta quarta-feira (25) as transações correntes de julho, assim como o investimento estrangeiro direto no mesmo mês.
Inflação
Durante entrevista no festival Expert XP 2021, o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, disse que, com impactos no preço da energia elétrica, a crise hídrica vai pressionar a inflação nos próximos meses.
Na ocasião, Campos Neto também manifestou preocupação com a inflação dos serviços e com gargalos internacionais no fornecimento de insumos, como semicondutores, que afetam os preços de várias mercadorias.
Teto de gastos
Durante entrevista no festival Expert XP 2021, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), afirmou que o Congresso não vai praticar irresponsabilidade fiscal e votar propostas que não respeitem o teto de gastos.
Lira disse que tanto o pagamento dos precatórios como a proposta que cria o Auxílio Brasil devem estar previstos no Orçamento.
Na ocasião, o presidente da Câmara dos Deputados afirmou que a proposta de alteração no Imposto de Renda, que integra a proposta de reforma tributária, não vai ser votada nesta semana. Lira disse que retirou a proposta da pauta para que haja mais debate sobre o tema.
Trata-se do terceiro adiamento da pauta.
PEC dos Precatórios
De acordo com o Valor Econômico, o governo estuda retirar o Fundo de Liquidação de Passivos da União da proposta.
O objetivo do fundo era antecipar o pagamento de precatórios para quem tiver os seus créditos parcelados. Para tanto, seriam usadas receitas obtidas com privatizações, dividendos de estatais e venda de imóveis.
Segundo o jornal, o mercado ficou em alerta devido ao risco de o Congresso Nacional incluir outros tipos de gastos, devido à proximidade do ano eleitoral.
CPI da Covid
Senadores da Comissão Parlamentar de Inquérito que investiga ações e omissões do governo federal no enfrentamento à pandemia de Covid-19 recebem Roberto Pereira Ramos Júnior, presidente da FIB Bank.
A empresa teria emitido uma carta de fiança no valor de R$ 80,7 milhões para a Precisa Medicamentos no processo de negociação da venda da vacina Covaxin ao Ministério da Saúde.
PGR
O plenário do Senado aprovou, na tarde de terça-feira (24), a recondução de Augusto Aras ao cargo de procurador-geral da República.
Aras ocupa o posto desde setembro de 2019, indicado pelo presidente Jair Bolsonaro e, com a decisão dos senadores, ficará no cargo por mais dois anos, até 2023.
No total, ele obteve 55 votos favoráveis e dez contrários. Eram necessários 41 votos para garantir a recondução do jurista.
Informe corporativo
Banco do Brasil (BBAS3) – O Banco do Brasil anunciou um reforço de R$ 10,5 bilhões em recursos adicionais para financiamentos no agronegócio, sendo R$ 2 bilhões destinados a produtores que tiveram perdas decorrentes de geadas.
Os demais R$ 8,5 bilhões serão destinados para apoiar a ampliação da tecnologia, sustentabilidade e infraestrutura no campo.
Carrefour (CRFB3) – O Carrefour trava uma batalha com a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), do Ministério da Justiça, por causa da ferramenta Nutri Escolha em seu aplicativo, que dá notas a produtos de acordo com suas informações nutricionais, segundo o Valor Econômico.
A associação da indústria de alimentos, a Abia, denunciou a varejista a um departamento, alegando que a avaliação dos alimentos usa critérios unilaterais e assimetria de informações.
Grupo Soma (SOMA3) – A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) aceitou a proposta de termo de compromisso apresentada por Marcello Ribeiro Bastos, diretor e membro do conselho de administração do Grupo Soma, dono das marcas Animale e Farm e que recentemente comprou a Hering (SA:HGTX3).
O executivo se comprometeu a pagar R$ 1,383 milhão na acusação de possível irregularidade ao adquirir ações do grupo Soma.
Loft – A Loft, especializada em compra e venda de imóveis, anunciou a compra da startup de crédito imobiliário CrediHome, avançando na estratégia de facilitar a obtenção de serviços financeiros para os clientes, após as aquisições da CredPago, em julho último, e da InvestMais, em setembro de 2020.
Mercado Livre (NASDAQ:MELI) (MELI34)- O Mercado Livre anunciou a compra de 100% da plataforma de entrega de encomendas Kangu, ampliando a aposta em logística própria como diferencial na América Latina.
A compra inclui os 5 mil pontos da Kangu espalhados por 700 cidades no Brasil, além de México e Colômbia.
Petrobras (PETR3)(PETR4) – A Petrobras recebeu o pagamento à vista de US$ 2,9 bilhões referente às obrigações das parceiras chinesas CNODC e CNOOC no acordo de coparticipação do campo de Búzios, no pré-sal da Bacia de Santos.
Tigre – A Tigre, fabricante de tubos e conexões, pediu registro de companhia aberta na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) na categoria B, que permite oferta de títulos de dívida como debêntures, desde que não sejam conversíveis em ações.
EUA
O encontro anual do Federal Reserve em Jackson Hole, Wyoming, está no radar dos investidores há algum tempo, mas com mudanças sobre as perspectivas sobre o evento.
Um discurso do influente formulador de políticas do Fed, Robert Kaplan, no final da semana passada, levou à tomada de risco depois que ele sugeriu que o aumento de casos da Covid-19 no país, em grande parte devido à variante delta altamente transmissível, o que poderia persuadi-lo a votar por um adiamento do início do fim do maciço programa de compra de títulos do banco central.
Antes disso, a crença amplamente difundida no mercado era de que a melhoria do mercado de trabalho e os altos níveis de inflação levariam o Fed a anunciar um cronograma de redução do prazo nessa reunião.
O Goldman Sachs disse na quarta-feira que aumentou as chances de que um anúncio formal de redução ocorra em novembro, de uma previsão anterior de 25% para 45%, e reduziu a chance de dezembro de 55% para 35%.
Na parte fiscal, a ambiciosa agenda doméstica do presidente Joe Biden deu um passo à frente na terça-feira, depois que a Câmara dos Representantes dos EUA aprovou uma estrutura de orçamento de US$ 3,5 trilhões.
Os progressistas dentro do partido democrata têm planos de gastar trilhões de dólares em vários programas sociais, mas enfrentam dificuldades para obter essas propostas no Congresso, já que o partido tem maioria mínima.
Os republicanos se opõem veementemente aos planos, citando o custo e a situação financeira precária do país.
Mas a aprovação da estrutura deve permitir que os legisladores democratas comecem a preencher os detalhes do pacote abrangente que aumentaria os gastos com creches, educação e outros programas sociais e aumentaria os impostos sobre os ricos e as empresas.
Covid-19
O Brasil chegou à marca de 575.742 mortes por Covid-19, segundo o Ministério da Saúde.
Em 24 horas, até às 17:55 de ontem (24), foram acrescidos aos dados 894 óbitos e 30.872 novos casos. No total, 20.614.866 de casos já foram confirmados no país.
Até o início da noite de terça-feira (24), o painel de vacinação do Ministério da Saúde marcava 179,7 milhões de doses aplicadas, sendo 123,9 milhões como primeira dose e 55,7 milhões como segunda dose ou dose única. Foram aplicadas 1,1 milhão de doses.
Ainda conforme o painel de vacinação, foram distribuídas 223,6 milhões de doses, tendo sido entregues 203,7 milhões de doses.
Com informações de Agência Brasil e Investing.com.