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Ibovespa recua 1,1%, com Copom e balanços no radar; dólar se valoriza em 0,1%, a R$ 5,28

Veja os principais fatores que influenciam os mercados nesta quarta-feira (2)

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O Ibovespa, principal índice acionário da B3, a bolsa brasileira, operava em queda nesta quarta-feira (2), pressionado por ações de bancos.

Investidores monitoram as expectativas em torno do último dia de reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) sobre a trajetória da taxa básica de juros Selic e os primeiros números da temporada de balanços no Brasil referentes ao quarto trimestre do ano passado.

Por volta das 16h05, as perdas eram de 1,12%, aos 111.961 pontos.

O dólar tinha valorização de 0,19%, cotado a R$ 5,282.

Veja os fatores que influenciam os mercados hoje:

Mercados internacionais

Ásia (encerrados) 
Nikkei 225 (Jap): 1,68% ↑   
Shanghai Composite (Chi): 0,97% ↓ [Inoperante em razão do feriado do ano novo chinês]                                                                                                                                                                                                                 
Europa (encerrados)
DAX 30 (Ale): 0,03% ↓                                                                                                                                                                                 
FTSE 100 (Ing): 0,63% ↑                                                                                                           
CAC 40 (Fra): 0,22% ↑                                                                        

EUA

Dow Jones: 0,46% ↑

S&P 500: 0,77% ↑

Nasdaq 100: 0,53% ↑

Copom

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) encerra hoje (2), em Brasília, a primeira reunião do ano para definir a taxa básica de juros, a Selic.

Pela primeira vez em cinco anos, os juros deverão atingir os dois dígitos.

Com a alta da inflação nos últimos meses, há expectativas de que a Selic deve subir de 9,25% para 10,75% ao ano nesta reunião.

A expectativa consta no boletim Focus, pesquisa divulgada toda semana pelo BC. Para o final de 2022, o mercado prevê que a taxa fique em 11,75% ao ano.

Fluxo na B3 

A forte entrada de capital estrangeiro na B3 (B3SA3) em janeiro, que levou o Ibovespa à maior alta mensal desde dezembro de 2020, pode ter a ver com uma visão positiva do investidor estrangeiro quanto ao ex-presidente Lula (PT), disseram dois respeitados gestores de fundos do país, Rogério Xavier, da SPX Capital, e Luis Stuhlberger, da Verde Asset.

Xavier afirmou que o investidor estrangeiro vê Lula, que lidera pesquisas de intenção de votos para as eleições presidenciais de 2022, com melhores olhos do que em relação ao presidente Jair Bolsonaro (PL).

"O gringo talvez olhe hoje um governo Lula com certo pragmatismo", disse ele. Ambos destacaram que isso não se trata de uma visão pessoal, mas como enxergam a leitura do investidor estrageiro sobre o tema.

Segundo dados da B3, o fluxo estrangeiro na Bolsa foi positivo em R$ 30,6 bilhões em janeiro até dia 28, o que seria o melhor em, pelo menos, um ano.

Combustíveis 

As vendas de combustíveis por distribuidoras no Brasil cresceram 5,9% em 2021 ante o ano anterior, para 139,5 bilhões de litros, com impulso da comercialização de óleo diesel e gasolina, apontaram dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

Carnes

As exportações de carne bovina do Brasil avançaram 31% em janeiro no comparativo anual. O país efetivamente conseguiu elevar os embarques para seu principal comprador, a China, após um embargo de mais de 90 dias encerrado em dezembro.

Indicadores Econômicos

Produção Industrial – A produção industrial no Brasil subiu 3,9% em 2021, de acordo com os dados da Pesquisa Industrial Mensal, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O setor vinha de dois anos consecutivos de queda: – 1,1% em 2019 e – 4,5% em 2020.

IPC-Fipe – O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) de São Paulo subiu 0,74% em janeiro após encerrar 2020 com avanço de 0,57% em dezembro, informou nesta quarta-feira a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).

Balanços

Romi (SA:ROMI3) – A Romi reportou um lucro líquido de R$ 54,7 milhões no quarto trimestre do ano passado, queda de 36,6% ante o ganho líquido de R$ 86,4 milhões em igual período de 2020.

A receita líquida totalizou R$ 442,8 milhões no período de outubro a dezembro de 2021, aumento de 22,8%, enquanto o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA) somou R$ 85,1 milhões, 19,8% acima do resultado do mesmo período de 2020.

Santander (SA:SANB11) – O Santander registrou um lucro líquido de R$ 3,880 bilhões no 4T21, uma queda de cerca de 2% em relação ao mesmo período do ano anterior e abaixo das projeções de analistas em pesquisa da Refinitiv, de R$ 4,309 bilhões.

A margem financeira liquida subiu quase 10% ano a ano, para R$ 10,457 bilhões. Apesar da desaceleração econômica do Brasil, a carteira de crédito do banco cresceu 2,8% no trimestre impulsionada pelo crédito ao consumidor.

Follow-on

BRF (SA:BRFS3) – A BRF fixou o preço por ação em R$ 20 no processo de follow da companhia. No âmbito da oferta internacional, o preço por ADR ficou em US$ 3,79.

Com isso, foi aprovada a emissão de 270 milhões novas ações ordinárias, com a consequente movimentação de R$ 5,4 bilhões.

Deste montante, R$ 500 milhões serão destinados à conta de capital social da companhia e R$ 4,9 bilhões à conta de reserva de capital da empresa.

Informe corporativo

Embraer (SA:EMBR3) – A Eve, empresa de veículos aéreos para mobilidade urbana da Embraer, espera ter margem bruta de 25% quando seus e-Vtols começarem a entrar em operação a partir de 2026, afirmou o vice-presidente financeiro da companhia.

O presidente-executivo da Eve, André Stein, afirmou que a empresa tem uma carteira de pedidos de 17 clientes e 1.735 veículos, equivalente a US$ 5,2 bilhões.

Eneva (SA:ENEV3) – O leilão de privatização da gaúcha CEEE-G despertou interesse de grandes grupos do setor elétrico, entre eles Eneva, Comerc e EDF (PA:EDF), que veem uma oportunidade de ampliar sua participação no mercado de geração renovável de energia, disseram fontes à Reuters.

BTG Pactual (SA:BPAC11) – O BTG Pactual registrou R$ 1 trilhão em ativos sob gestão e administração. O número contempla os recursos das áreas de Asset Management e Wealth Management, que inclui a plataforma de investimentos para o varejo.

Em setembro de 2020, o BTG Pactual havia registrado a marca de R$500 bilhões e, agora, 1 ano e 4 meses depois, já consegue dobrar essa marca.

Energisa (SA:ENGI4) – A Energisa prevê investir R$ 5,590 bilhões este ano.

Carrefour (SA:CRFB3) – O Carrefour Brasil planeja acelerar a abertura de lojas autônomas em condomínios residenciais em relação à expansão dos pontos convencionais com a bandeira Express.

3R Petroleum (SA:RRRP3) – A 3R Petroleum confirmou a venda de 22,7 milhões de ações ordinária da empresa pela Starboard Asset. O número equivale a cerca de 11,25% do capital social da companhia.

Reunião da OPEP+

Os maiores exportadores de petróleo do mundo se reúnem para definir cotas de produção para março, e a reunião provavelmente terminará em decepção para aqueles que esperam um aumento mais rápido na oferta.

Os analistas esperam que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados liderados pela Rússia mantenham seu aumento mensal regular de 400.000 barris por dia – embora o grupo não tenha conseguido cumprir nem mesmo essa meta nos últimos meses, e deixou sua produção coletiva acima de meio milhão de b/d abaixo de onde deveria estar.

Os ministros da OPEP se reunirão às 9:00 e tomarão uma posição comum em sua reunião com produtores não-OPEP às 10h.

Espera-se a conclusão da discussão quando os EUA divulgarem os números de inventário semanais, às 12h30.

Covid-19: Brasil

O Brasil registrou 193.465 novos casos de Covid-19 e 929 novos óbitos causados pela doença em 24 horas, segundo o boletim da situação epidemiológica divulgado na última terça-feira (1) pelo Ministério da Saúde. 

Com os novos diagnósticos de Covid-19 confirmados, o total de pessoas contaminadas desde o início da pandemia chegou a 25.620.209.

Com os novos óbitos, a soma de pessoas que perderam a vida para a doença alcançou 628.067.

Até terça-feira (1º), foram aplicados 356,5 milhões de doses, sendo 165 milhões com a primeira dose e 151,8 milhões com a segunda dose ou dose única.

Outros 39,0 milhões já receberam a dose de reforço.

Com informações de Agência Brasil, Bloomberg, Exame, g1, Investing.com, O Estado de S.Paulo, Reuters e Valor.

Veja como as ações operam hoje no Ibovespa

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