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Balanços da Vale, TIM, Localiza, GPA, CESP e outras são divulgados hoje

29 julho 2020 - 17h13Por Investing.com

Balanços

Por Gabriel Codas, da Investing.com - A temporada de balanços do segundo trimestre promete um final de tarde e noite bastante quente, com a divulgação dos resultados do período da Vale (SA:VALE3), TIM (SA:TIMP3), Localiza (SA:RENT3), Pão de Açúcar (SA:PCAR3), CESP (SA:CESP6), Duratex (SA:DTEX3), Odontoprev (SA:ODPV3) e Ecorodovias (SA:ECOR3).

A expectativa do mercado, de forma geral, é de resultados piores dos registrados um ano atrás, com a pandemia da Covid-19 tendo atingindo em cheio o desempenho de boa parte das companhias. Mas, a máxima não é verdadeira para empresa como a Vale, que deve ver no aumento do preço do minério de ferro uma compensação para os volumes mais fracos no trimestre. A alta do dólar ante ao real é outro fator de influência nos resultados, sendo positivo para as exportadoras.

- Vale

O consenso de mercado aponta para um lucro líquido da mineradora de R$ 1,45 para cada ação, sendo que um ano antes o resultado foi negativo de R$ 0,11 para cada ativo, quando eram esperados ganhos de R$ 1,85. Já nos três primeiros meses de 2020, a companhia teve lucro de R$ 0,29 por papel, abaixo dos R$ 0,56 esperados.

Em relação à receita líquida, a mediana dos analistas aposta para R$ 40 bilhões, uma alta em relação aos R$ 35,16 bilhões do mesmo período de 2019, ante os R$ 35,7 bilhões esperados. Já entre janeiro e março, as entradas foram de R$ 40,41 bilhões.

O BTG Pactual (SA:BPAC11), que tem recomendação de compra para o papel, acredita em lucro líquido de US$ 2,203 bilhões, com receitas de US$ 7,673 bilhões, acima do consenso do mercado. O Ebitda esperado é de US$ 3,904 bilhões e margem de 51%.

A XP Investimentos espera que os preços mais altos de minério de ferro (~US$93/t) compensem os volumes mais fracos no trimestre, conforme destacado no relatório de produção da Vale. A aposta é em lucro líquido de R$ 1,881 bilhão.

Como o dólar mais alto e um frete mais baixo podem equilibrar os gastos com manutenção e outros impactos negativos, a corretora espera um EBITDA de US$3,9 bilhões para o segmento de minério de ferro. Em relação ao segmento de metais básicos, um EBITDA menor (-18% T/T) em razão dos preços e volumes mais baixos. A recomendação segue de Compra (preço-alvo de R$61/ação).

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- TIM

O consenso de mercado aponta para um lucro líquido da tele de R$ 0,09 para cada ação, sendo que um ano antes o resultado de R$ 0,14 para cada ativo, quando eram esperados R$ 0,28. Já nos três primeiros meses de 2020, a companhia teve lucro de R$ 0,47 por papel, abaixo dos R$ 0,13 esperados.

Em relação à receita líquida, a mediana dos analistas aposta para R$ 4,03 bilhões, uma queda em relação aos R$ 4,26 bilhões do mesmo período de 2019. Já entre janeiro e março, as entradas foram de R$ 4,22 bilhões.

O BTG Pactual, que tem recomendação de compra para o papel, acredita em lucro líquido de R$ 307 milhões, com receitas de R$ 4,001 bilhões, abaixo do consenso do mercado. O Ebitda esperado é de R$ 1,952 bilhão e margem de 49%.

- Localiza

O consenso de mercado aponta para um prejuízo líquido da locadora de veículos de R$ 0,10 para cada ação, sendo que um ano antes o resultado de R$ 0,27 para cada ativo, quando eram esperados R$ 0,43. Já nos três primeiros meses de 2020, a companhia teve lucro de R$ 0,31 por papel, em linha com o que era esperado.

Em relação à receita líquida, a mediana dos analistas aposta para R$ 1,29 bilhãos, uma queda em relação aos R$ 2,38 bilhões do mesmo período de 2019. Já entre janeiro e março, as entradas foram de R$ 2,8 bilhões.

O BTG Pactual, que tem recomendação de compra para o papel, acredita em lucro líquido de R$ 7 milhões, com receitas de R$ 1,370 bilhão, acima do consenso do mercado. O Ebitda esperado é de R$ 314 milhões e margem de 23%.

Para a XP Investimentos, os números devem ser amplamente impactados pela pandemia. No segmento de aluguel de veículos (RAC) projetam uma queda nos volumes de ~10% em relação ao ano anterior, em conjunto com tarifas mais baixas.

No segmento de gestão de frota a estimativa era de um aumento de ~14% a/a nos volumes, o que implica em um volume flat em relação ao trimestre passado. Os analistas esperam que o segmento de Seminovos seja o mais impactado, uma vez que os volumes mais baixos deverão resultar em alavancagem operacional inferior. Eles apostam em venda de ~17 mil veículos (-48% a/a) e uma margem EBITDA negativa em -3,2%. Também esperam um aumento na depreciação anualizada por veículo.

- Pão de Açúcar

O consenso de mercado aponta para um lucro líquido da rede de supermercados de R$ 0,21 para cada ação, sendo que um ano antes o resultado de R$ 0,38 para cada ativo, quando. Já nos três primeiros meses de 2020, a companhia teve prejuízo de R$ 0,40 por papel, abaixo dos R$ 1,31 de ganhos esperados.

Em relação à receita líquida, a mediana dos analistas aposta para R$ 20,36 bilhões, uma queda em relação aos R$ 13,08 bilhões do mesmo período de 2019. Já entre janeiro e março, as entradas foram de R$ 19,68 bilhões.

O BTG Pactual, que tem recomendação de compra para o papel, acredita em lucro líquido de R$ 110 milhões, com receitas de R$ 15,479 bilhões, abaixo do consenso do mercado. O Ebitda esperado é de R$ 946 milhões e margem de 6%.

A XP Investimentos tem estimativa de resultados mistos para o trimestre. No Brasil, esperam uma receita bruta de R$ 16,8 bilhões, apresentando um crescimento de +18,1% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior (2T19), com crescimento acelerado tanto na operação de Multivarejo (+14,6% A/A) quanto no Assaí (+21,6% A/A).

Em relação à rentabilidade, na operação brasileira a estimativa é de uma expansão de +0,8 p.p. A/A de margem EBITDA para a operação de Varejo e uma margem EBITDA estável A/A para o Assaí.  Na operação internacional (Éxito), os analistas trabalham com um crescimento de +20,6% em receita bruta (em reais), porém, uma contração de margem EBITDA de -2,0 p.p por conta do aumento de despesas referentes ao COVID-19.

Veja os fatores que influenciam os mercados nesta quarta-feira (29)

- CESP

O consenso de mercado aponta para um lucro líquido da geradora de R$ 0,25 para cada ação, sendo que um ano antes o resultado de -R$ 0,01 para cada ativo, quando eram esperados R$ 0,21. Já nos três primeiros meses de 2020, a companhia teve lucro de R$ 0,18 por papel, abaixo dos R$ 0,19 esperados.

Em relação à receita líquida, a mediana dos analistas aposta para R$ 408,59 milhões, uma alta em relação aos R$ 368 milhões do mesmo período de 2019. Já entre janeiro e março, as entradas foram de R$ 460,75 milhões.

O BTG Pactual, que tem recomendação de compra para o papel, acredita em lucro líquido de R$ 109 milhões, com receitas de R$ 497 milhões, acima do consenso do mercado. O Ebitda esperado é de R$ 284 milhões e margem de 57%.

A XP Investimentos não vê para as geradoras uma grande deterioração nos resultados de potenciais renegociações no segmento de mercado livre, e observa melhores condições de hidrologia e preços de curto prazo mais baixos, devido à menor demanda geral, que podem contribuir para as margens brutas.

- Duratex

O consenso de mercado aponta para um lucro líquido da companhia de papel e celulose de R$ 0,12 para cada ação, sendo que um ano antes o resultado de R$ 0,03 para cada ativo, quando eram esperados R$ 0,06. Já nos três primeiros meses de 2020, a companhia teve lucro de R$ 0,08 por papel, dentro do esperado.

Em relação à receita líquida, a mediana dos analistas aposta para R$ 1,29 bilhão, uma alta em relação aos R$ 1,15 bilhão do mesmo período de 2019. Já entre janeiro e março, as entradas foram de R$ 1,16 bilhão.

O BTG Pactual, que tem recomendação de compra para o papel, acredita em prejuízo líquido de R$ 37 milhões, com receitas de R$ 1,013 bilhão, abaixo do consenso do mercado. O Ebitda esperado é de R$ 89 milhões e margem de 9%.

- Odontoprev

O consenso de mercado aponta para um lucro líquido da companhia planos odontológicos de R$ 0,26 para cada ação, sendo que um ano antes o resultado de R$ 0,13 para cada ativo, quando eram esperados R$ 0,12. Já nos três primeiros meses de 2020, a companhia teve lucro de R$ 0,14 por papel, abaixo dos R$ 0,20 esperados.

Em relação à receita líquida, a mediana dos analistas aposta para R$ 458,82 milhões, uma alta em relação aos R$ 447,97 milhões do mesmo período de 2019. Já entre janeiro e março, as entradas foram de R$ 455,06 milhões.

O BTG Pactual, que tem recomendação neutra para o papel, acredita em lucro líquido de R$ 155 milhões, com receitas de R$ 437 milhões, abaixo do consenso do mercado. O Ebitda esperado é de R$ 214 milhões e margem de 49%.

- Ecorodovias

O consenso de mercado aponta para um prejuízo líquido da concessionária de rodovias de R$ 0,23 para cada ação, sendo que um ano antes o resultado de R$ 0,11 para cada ativo, quando eram esperados R$ 0,11. Já nos três primeiros meses de 2020, a companhia teve lucro de R$ 0,18 por papel, acima dos R$ 0,16 esperados.

Em relação à receita líquida, a mediana dos analistas aposta para R$ 723,58 milhões, uma alta em relação aos R$ 695 milhões do mesmo período de 2019. Já entre janeiro e março, as entradas foram de R$ 768 milhões.

O BTG Pactual, que tem recomendação compra para o papel, acredita em lucro líquido de R$ 32 milhões, com receitas de R$ 567 milhões, abaixo do consenso do mercado. O Ebitda esperado é de R$ 313 milhões e margem de 32%.

A XP Investimentos trabalha com estimativa de que o tráfego comparável totalize ~54 milhões de veículos equivalentes, o que representa uma queda de ~23% no fluxo a/a (desconsiderando Eco050 e Eco135). A queda total esperada é de 13% a/a considerando esses projetos.

O impacto negativo das políticas de distanciamento social foi mais concentrado nas rodovias que possuem um mix mais forte de veículos leves (como Ecopistas e Ecoponte). A equipe espera que a margem EBITDA das rodovias contraia ~10 p.p. na comparação anual, chegando a ~64%.