Concursos

Segunda edição do CNU pode preencher 7 mil vagas em 2025

Governo federal consulta órgãos sobre necessidade de novos efetivos e pode lançar edital para segunda edição em março de 2025

Concurso Nacional Unificado (CNU)
Concurso Nacional Unificado (CNU) | Foto/Agência Brasil

O governo federal iniciou, nesta semana, uma consulta junto aos órgãos da administração pública para avaliar o interesse em uma nova edição do Concurso Nacional Público Unificado (CNU), também conhecido como o “Enem dos Concursos”.

A primeira edição do CNU aconteceu em agosto de 2024, com 6.640 vagas distribuídas em 21 órgãos federais. Agora, a demanda dos órgãos por novos servidores ajudará o Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI) a decidir se a segunda edição será viabilizada.

Como está a consulta para a 2ª edição do CNU

Segundo o Ministério da Gestão, cada órgão da administração federal recebeu um ofício para detalhar suas necessidades de novos servidores.

Com esses dados, o governo poderá definir a viabilidade de um novo concurso unificado.

Caso a demanda seja confirmada, o próximo edital deve ser publicado em março de 2025, com o objetivo de preencher mais de 7 mil vagas no cadastro reserva dos órgãos participantes.

A ministra da Gestão e Inovação, Esther Dweck, já indicou o interesse em realizar uma segunda edição do concurso durante o atual mandato presidencial. Segundo ela, a intenção é abrir mais uma edição para reforçar o quadro de servidores no governo federal e atender a demandas crescentes nos órgãos públicos.

“Queremos aplicar mais um Concurso Nacional Unificado em 2025, com as provas programadas para agosto. Esse mês se mostrou o ideal devido às condições climáticas em todo o Brasil”, explicou Dweck, referindo-se ao primeiro CNU, que ocorreu sem imprevistos apesar de uma grande adesão.

Primeira edição do CNU foi bem-sucedida

O primeiro CNU, que ocorreu em 18 de agosto de 2024, registrou uma adesão histórica, com cerca de 2,1 milhões de inscritos e sem problemas de vazamento de provas.

O processo contou com uma organização rigorosa e foi coordenado pela Fundação Cesgranrio. Após o adiamento inicial da prova em maio, devido às enchentes no Rio Grande do Sul, a aplicação em agosto aconteceu conforme o planejado e foi considerada bem-sucedida.

A prova foi dividida em dois blocos: a prova objetiva, comum a todos os candidatos, e as provas específicas e dissertativas, organizadas por blocos temáticos, para adequar as habilidades necessárias a cada área.

Estrutura do CNU e vantagens para o governo e candidatos

Inspirado no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), o Concurso Nacional Unificado busca economizar recursos públicos e selecionar, de uma vez, candidatos para ocupar cargos nos órgãos federais.

O modelo de concurso permite que os participantes concorram a vagas de diferentes áreas e especialidades de forma centralizada, otimizando o processo de seleção e aumentando a transparência.

Na edição de 2024, o CNU foi dividido em oito blocos temáticos:

  • Bloco 1: Administração e Finanças Públicas (744 vagas)
  • Bloco 2: Setores Econômicos, Infraestrutura e Regulação (580 vagas)
  • Bloco 3: Agricultura, Meio Ambiente e Desenvolvimento Agrário (538 vagas)
  • Bloco 4: Educação, Ciência, Tecnologia e Inovação (971 vagas)
  • Bloco 5: Políticas Sociais, Justiça e Saúde (1.008 vagas)
  • Bloco 6: Trabalho e Previdência (370 vagas)
  • Bloco 7: Dados, Tecnologia e Informação (1.737 vagas)
  • Bloco 8: Nível Intermediário (692 vagas)

Com as provas realizadas e os resultados preliminares divulgados, o próximo passo será a avaliação de títulos, que terá seu resultado publicado em 4 de novembro.

A previsão de divulgação dos resultados finais é 21 de novembro. Após essa fase, os aprovados passarão por cursos de formação em dezembro, com posse prevista para 2025.

Com informações de Metrópoles.

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