Economia

2024 trata-se de um 'ano chave' para economia brasileira, diz Santander Asset

Se cenário construtivo se confirmar, instituição acredita que 2025 poderá ter condições favoráveis

- Carla Nichiata/Getty Images
- Carla Nichiata/Getty Images

2024 deve ser um ano chave para a economia brasileira, segundo o mais recente relatório da Santander Asset de perspectivas para o período. 

Para a instituição, o foco deve permanecer nos temas que também foram destaque ao longo de 2023. No cenário doméstico, a Asset prevê que a inflação e o ciclo de corte de juros pelo Banco Central devem continuar balizando o mercado. 

No próximo ano, os analistas acreditam que o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) pode ser afetado por fatores pontuais em grupos mais voláteis, como o El Niño e seus efeitos sobre o preço dos alimentos, ou por fatores mais tendenciais, como uma eventual dinâmica mais benigna do núcleo da inflação.

"Este é um ambiente no qual o Copom poderá continuar reduzindo a taxa Selic de forma confortável. No primeiro semestre, naturalmente, o debate se concentrará no ritmo apropriado de cortes e no nível da taxa Selic ao final do ciclo", diz o relatório do banco.

A atividade econômica, somada aos dados de inflação, e os desdobramentos das discussões em torno da meta fiscal também devem desempenhar papel importante, segundo o Santander. 

A casa projeta a taxa básica de juros, Selic, em 9,5% ao final de 2024. Para 2025, o banco espera que os juros alcancem 8,5%, próximo ao patamar que
considerado como ponto de equilíbrio.

A meta de resultado primário para 2024 é de zero, após um déficit previsto de cerca de 1,0% do PIB em 2023. Já o consenso dos economistas espera um déficit um pouco abaixo de 1,0% do PIB (Produto Interno Bruto) em 2024.

"Em resumo, o ano de 2024 deve ser marcado pela continuidade da busca por uma economia mais equilibrada, com crescimento moderado, desaceleração adicional da inflação e novas reduções da taxa Selic."

Se o cenário mais construtivo se confirmar, o Santander aponta que o próximo ano pode abrir caminho para condições mais favoráveis em 2025. 

A expectativa é por uma inflação mais alinhada com a meta, política monetária próxima da neutralidade e aceleração da atividade econômica.

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