Juros

Banco Central reduz ritmo de corte da Selic: o que o movimento significa para economia?

Processo desinflacionário tende a ser mais lento, segundo o Copom

Banco Central reduz ritmo de corte da Selic: o que o movimento significa para economia?

Em decisão nesta quarta-feira (8), o Banco Central reduziu o ritmo de flexibilização da taxa básica de juros, a Selic, para 0,25 ponto percentual, para 10,50% ao ano. A autarquia havia realizado sucessivos cortes de 0,50 p.p. nas últimas decisões. 

Matheus Spiess, analista da Empiricus, explicou que, apesar de o Copom ter ido contra o próprio comunicado passado, em que contratava mais uma alta de 0,50 p.p., houve piora notável do cenário econômico doméstico. 

Além das sinalizações do Federal Reserve (banco central dos Estados Unidos) diante de uma inflação que não mostra sinais de arrefecimento. 

"A conjuntura atual, caracterizada por um estágio do processo desinflacionário que tende a ser mais lento, expectativas de inflação desancoradas e um cenário global desafiador, demanda serenidade e moderação na condução da política monetária", afirmou o BC em comunicado.

Spiess destaca o contexto fiscal deve continuar pressionando as próximas decisões. Em relação à inflação, a expectativa é por uma normalização em maio e junho. 

 João Savignon, head de pesquisa Macroeconomica da Kínitro Capital, destacou que, por ora, a decisão de hoje não altera necessariamente o caminho da política monetária, mas gera uma incerteza adicional ao nível terminal da Selic. "Nosso cenário base prevê mais dois cortes de 0,25 p.p., com a Selic se situando em 9,75% [ao final de 2024]".

 

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