Economia

Confira quatro fatores que favorecem a dinâmica do varejo no Brasil, de acordo com um analista

Rafael Perez, economista da Suno Research, acredita que o consumo das famílias deve ficar mais diversificado entre os diferentes segmentos que compõem o setor

Governo reduz IPI de eletrodomésticos da linha branca, geladeiras; comércio
Governo reduz IPI de eletrodomésticos da linha branca, geladeiras; comércio

As vendas no comércio varejista no país ficaram estáveis (0,00%) na passagem de fevereiro para março de 2024, revelou a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), publicada nesta quarta-feira (8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No acumulado do ano, há expansão de 5,90%, enquanto no acumulado dos últimos doze meses, a alta foi de 2,50%.

Para Rafael Perez, economista da Suno Research, “houve uma predominância de taxas negativas ou estabilidade nos diversos segmentos do varejo”. De acordo com ele, dois aspectos influenciaram o desempenho no mês: a desvalorização do real e as vendas mais concentradas nos meses de janeiro e fevereiro.

As importações encareceram, “principalmente em setores como informática e comunicação”, e houve promoções nos dois meses anteriores “por conta das promoções para compensar um Natal mais fraco”, alegou.

Na avaliação de Perez, “o mercado de trabalho aquecido, o crescimento dos rendimentos dos trabalhadores e da massa salarial, o reajuste de diversos benefícios sociais acima da inflação e melhores condições de acesso para o crédito têm se traduzido em um cenário mais favorável para o varejo”.

Por isso, o economista observa uma tendência de que, neste ano, o consumo das famílias fique mais diversificado entre os diferentes segmentos que compõem o varejo, em especial aqueles mais dependentes do crédito.

“Essa dinâmica reforça a nossa expectativa tanto de um crescimento mais forte do PIB no primeiro trimestre, quanto de um avanço maior do varejo em comparação com o ano anterior”, completou.

 

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