ATUALIZAÇÕES:
- – 17:05: Dólar comercial (compra): -0,33%, cotado a R$ 5,45.
- – 9:13: Dólar comercial (compra): +0,24%, cotado a R$ 5,486.
Na sessão anterior
Na última quinta-feira, 3 de setembro, o dólar comercial (compra) fechou em alta de 0,54%, cotado a R$ 5,47.
O que gerou esse movimento de alta?
A alta do dólar se deve à escalada da guerra no Oriente Médio, que impacta os preços das commodities, como petróleo e grãos, e eleva os custos de transporte.
Além disso, o avanço dos Treasuries contribuiu para a valorização da moeda.
Nos EUA, dados fortes do setor de serviços sugerem um corte de 0,25 ponto percentual nos juros em novembro e os juros norte-americanos sempre são um motivo de votalidade para moedas.
Escalada da tensão no Oriente Médio
Israel bombardeou alvos do Hezbollah em Beirute. Esse ataque matou nove pessoas e intensificou as tensões no Oriente Médio.
O G-7, grupo dos países mais industrializados do mundo, composto por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido, alertou para o risco de escalada descontrolada.
Netanyahu, premiê israelense, considera retaliações contra o Irã após o lançamento de mísseis por Teerã. Diante disso, o presidente democrata Joe Biden mencionou que os Estados Unidos da América (EUA) discutem apoiar ataques israelenses a alvos iranianos.
O G-7 pede moderação e um cessar-fogo imediato em Gaza e busca evitar uma guerra regional.
Brasil
Nesta sexta-feira (4), o mercado financeiro local acompanha a divulgação da balança comercial de setembro, com previsão de superávit de US$ 4,70 bilhões, após um saldo positivo de US$ 4,828 bilhões em agosto.
Ainda sobre o upgrade do rating
As tensões no Oriente Médio ofuscaram rapidamente o efeito positivo da melhora do rating do Brasil pela Moody’s, que perdeu impacto no mercado financeiro em menos de 24 horas.
Eduardo Velho, da Equador Investimentos, aponta que o risco de descumprimento da meta de inflação de 2025 ainda preocupa os investidores, e prevê que a dívida pública deve ultrapassar 80% do Produto Interno Bruto (PIB) em breve e pode atingir 90% em doze meses.
Ele também sugere que a taxa básica de juros Selic precisaria subir para 12,75% para conter a inflação, que pode ultrapassar o teto de 4,5% da meta no próximo ano.
Já o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, destacou a importância de medidas para estabilizar a dívida pública, que pode ficar abaixo de 80% do PIB.
Para 2028, prevê-se que a estabilização fique entre 81,00% e 82,00%.
A Medida Provisória (MP) 1.261/2024, que permite o alongamento do prazo para deduções de perdas, vai trazer R$ 16 bilhões a mais em 2025 e ajudar na questão fiscal.
S&P vai dar elevar a classificação também?
Apesar do crescimento econômico recente, a S&P Global não prevê uma melhora na nota de crédito do Brasil.
Segundo Manuel Orozco, diretor e analista líder para Brasil da S&P, a atividade econômica mais forte deveria sinalizar uma maior capacidade de estabilizar a dívida pública, mas isso ainda não ocorreu.
Além disso, ele aponta que a política fiscal expansionista possui espaço limitado, o que dificulta cortes de juros e um crescimento sustentável a longo prazo.
Imposto nas multinacionais
Em edição extra do Diário Oficial, o governo federal publicou uma MP que estabelece a tributação mínima de 15% sobre o lucro de multinacionais com receitas anuais de 750 milhões de euros.
A taxação mínima vai ser feita na forma de um adicional da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) e vale a partir de 1º de janeiro.
EUA
Nesta sexta-feira (4), o mercado norte-americano aguarda o relatório Payroll como indicador-chave para ajustar expectativas sobre os juros, com apostas majoritárias em um corte de 25 pontos-base na reunião de novembro do Federal Reserve (FED).
Além disso, um dirigente do FED, John Williams, discursa em evento às 10:00.