ATUALIZAÇÕES DO DÓLAR:
- 09:50: Dólar comercial (compra) sobe +0,36%, cotado a R$ 5,69
Na sessão anterior…
Na última quarta-feira, 6 de novembro, o dólar comercial (compra) fechou em queda de 1,25%, cotado a R$ 5,67.
O que influencia a moeda?
No mercado de câmbio, a reação antecipada foi exagerada, com o dólar sendo supervalorizado antes das eleições americanas.
Após o resultado, com a vitória de Donald Trump, houve uma realização de lucros, beneficiando quem vendeu na alta.
O câmbio disparou ordens automáticas de stop loss ao ultrapassar R$ 5,85, o que ajudou a derrubá-lo.
Com a decisão de elevar a taxa de juros no Brasil em 0,5% para 11,25% e o possível corte de 0,25% nos juros nos EUA, o cenário ficou mais favorável ao real.
A expectativa agora é que o pacote de corte de gastos no Brasil favoreça ainda mais a moeda local.
Brasil
Nesta quinta-feira (7), o mercado financeiro local tem a agenda de indicadores esvaziada, mas observa as contas do governo central em setembro, a ser divulgada pelo Tesouro Nacional.
Segundo projeções, o resultado deve reduzir o déficit para R$ 5,2 bilhões, bem menor que em agosto (-R$ 22,404 bi), no bom momento da arrecadação.
Além disso, será monitorado as movimentações em Brasília para a definição do pacote de corte de gastos preparado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e sua equipe. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), se reúne com o presidente para definir cortes.
Lula e o compromisso fiscal
Apesar de planejar um pacote fiscal para enfrentar desafios econômicos, Lula deu recentes declarações que causaram incertezas sobre seu comprometimento com as medidas.
Em entrevista a Rede TV!, Lula criticou a ideia de ajustes fiscais que impactem principalmente a população mais vulnerável e questionou se empresários e políticos estariam dispostos a contribuir para o ajuste, sugerindo um desejo de repartição mais equilibrada dos esforços.
Após a entrevista, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tentou acalmar o mercado, dizendo que o pacote está quase fechado e envolve uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) e um projeto de lei.
Ele afirmou que as medidas são consistentes com o arcabouço fiscal e ressaltou a importância de incluir o Congresso e o Judiciário no esforço.
Haddad ainda mencionou que o pacote foi elaborado com base em uma análise de custo-benefício político, buscando assegurar adesão ampla.
Selic a 11,25%
Na última quarta-feira (6), o Banco Central (BC) elevou a taxa Selic para 11,25%, em linha com as expectativas, mas o comunicado trouxe um tom mais rígido ao delegar ao governo a responsabilidade pela contenção dos juros elevados.
Isso porque, o Comitê de Política Monetária (COPOM) alertou que a execução de medidas fiscais é crucial para reduzir prêmios de risco e ancorar as expectativas de inflação.
O mercado interpretou a postura como hawkish, com projeções divergentes para o futuro da Selic, variando entre 11,75% e 13,5%, dependendo da estabilidade fiscal.
Assim, economistas como Solange Srour e Andrea Damico sugerem que o BC pode ser forçado a intensificar o aperto, caso o cenário fiscal não melhore.
EUA
Nesta quinta-feira (7), o mercado norte-americano volta seus olhares para a decisão do juros por lá, a ser anunciada às 16:00 pelo Federal Reserve (FED).
Logo após o anuncio, Jerome Powell, presidente da autarquia, faz uma coletiva às 16:30, para falar sobre a decisão.
Além disso, será observado o volume de pedidos de auxílio-desemprego durante a semana pelos Estados Unidos.
Europa
Reino Unido – Às 9:00, o Banco Central da Europa informa a decisão sobre o juros.
Ásia
China – As exportações da China cresceram 12,7% em outubro em relação ao ano anterior, superando a expectativa de alta de 5,9% e acelerando em comparação com o avanço de 2,4% em setembro.
Já as importações caíram 2,3%, contrariando a previsão de queda de 1,5%.
O superávit comercial chinês alcançou US$ 95,72 bilhões em outubro, acima dos US$ 81,71 bilhões de agosto e da projeção de US$ 76,8 bilhões.