Economia

DÓLAR HOJE - Decisão de juros nos EUA influencia câmbio, com Selic a 11,25% e expectativa para corte de gastos no Brasil

Na última quarta-feira, 6 de novembro, o dólar comercial (compra) fechou em queda de 1,25%, cotado a R$ 5,67

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ATUALIZAÇÕES DO DÓLAR:

  • 17:00: Dólar comercial (compra) encerra em alta de 0,02%, cotado a R$ 5,67.
  • 15:43: Dólar comercial (compra) sobe 0,54%, cotado a R$ 5,70
  • 09:50: Dólar comercial (compra) sobe 0,36%, cotado a R$ 5,69

Na sessão anterior…

Na última quarta-feira, 6 de novembro, o dólar comercial (compra) fechou em queda de 1,25%, cotado a R$ 5,67.

O que influencia a moeda?

No mercado de câmbio, a reação antecipada foi exagerada, com o dólar sendo supervalorizado antes das eleições americanas.

Após o resultado, com a vitória de Donald Trump, houve uma realização de lucros, beneficiando quem vendeu na alta.

O câmbio disparou ordens automáticas de stop loss ao ultrapassar R$ 5,85, o que ajudou a derrubá-lo.

Com a decisão de elevar a taxa de juros no Brasil em 0,5% para 11,25% e o possível corte de 0,25% nos juros nos EUA, o cenário ficou mais favorável ao real.

A expectativa agora é que o pacote de corte de gastos no Brasil favoreça ainda mais a moeda local.

Brasil

Nesta quinta-feira (7), o mercado financeiro local tem a agenda de indicadores esvaziada, mas observa as contas do governo central em setembro, a ser divulgada pelo Tesouro Nacional.

Segundo projeções, o resultado deve reduzir o déficit para R$ 5,2 bilhões, bem menor que em agosto (-R$ 22,404 bi), no bom momento da arrecadação.

Além disso, será monitorado as movimentações em Brasília para a definição do pacote de corte de gastos preparado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e sua equipe. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), se reúne com o presidente para definir cortes.

Lula e o compromisso fiscal

Apesar de planejar um pacote fiscal para enfrentar desafios econômicos, Lula deu recentes declarações que causaram incertezas sobre seu comprometimento com as medidas.

Em entrevista a Rede TV!, Lula criticou a ideia de ajustes fiscais que impactem principalmente a população mais vulnerável e questionou se empresários e políticos estariam dispostos a contribuir para o ajuste, sugerindo um desejo de repartição mais equilibrada dos esforços.

Após a entrevista, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tentou acalmar o mercado, dizendo que o pacote está quase fechado e envolve uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) e um projeto de lei.

Ele afirmou que as medidas são consistentes com o arcabouço fiscal e ressaltou a importância de incluir o Congresso e o Judiciário no esforço.

Haddad ainda mencionou que o pacote foi elaborado com base em uma análise de custo-benefício político, buscando assegurar adesão ampla.

Selic a 11,25%

Na última quarta-feira (6), o Banco Central (BC) elevou a taxa Selic para 11,25%, em linha com as expectativas, mas o comunicado trouxe um tom mais rígido ao delegar ao governo a responsabilidade pela contenção dos juros elevados.

Isso porque, o Comitê de Política Monetária (COPOM) alertou que a execução de medidas fiscais é crucial para reduzir prêmios de risco e ancorar as expectativas de inflação.

O mercado interpretou a postura como hawkish, com projeções divergentes para o futuro da Selic, variando entre 11,75% e 13,5%, dependendo da estabilidade fiscal.

Assim, economistas como Solange Srour e Andrea Damico sugerem que o BC pode ser forçado a intensificar o aperto, caso o cenário fiscal não melhore.

EUA

Nesta quinta-feira (7), o mercado norte-americano volta seus olhares para a decisão do juros por lá, a ser anunciada às 16:00 pelo Federal Reserve (FED).

Logo após o anuncio, Jerome Powell, presidente da autarquia, faz uma coletiva às 16:30, para falar sobre a decisão.

Além disso, será observado o volume de pedidos de auxílio-desemprego durante a semana pelos Estados Unidos.

Europa

Reino Unido – Às 9:00, o Banco Central da Europa informa a decisão sobre o juros.

Ásia

China – As exportações da China cresceram 12,7% em outubro em relação ao ano anterior, superando a expectativa de alta de 5,9% e acelerando em comparação com o avanço de 2,4% em setembro.

Já as importações caíram 2,3%, contrariando a previsão de queda de 1,5%.

O superávit comercial chinês alcançou US$ 95,72 bilhões em outubro, acima dos US$ 81,71 bilhões de agosto e da projeção de US$ 76,8 bilhões.

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