Câmbio

DÓLAR HOJE - Incertezas sobre tarifas de Trump e expectativas para inflação no Brasil e EUA influenciam câmbio, com JOLTS no radar

Moeda norte-americana inicia o dia em queda de 0,2%, cotada a R$ 5,83

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ATUALIZAÇÕES DA COTAÇÃO DO DÓLAR:

  • Fechamento: Nesta terça-feira (11), o dólar comercial (compra) encerrou em queda de 0,68%, cotado a R$ 5,811.
  • – 9:11: Dólar comercial (compra): -0,19%, cotado a R$ 5,839.

Na sessão anterior…

Na última segunda-feira (10), o dólar comercial (compra) fechou em alta de 1,06%, cotado a R$ 5,851.

O que influencia o dólar?

A postura do presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, que evitou comentar a possibilidade de recessão no País, causou temor em investidores e tem aumentado o apetite por ativos de baixo risco, como o dólar.

A incerteza aumenta com a indefinição sobre o orçamento federal e o teto da dívida, além das dúvidas sobre cortes de impostos durante o novo governo.

A guerra comercial também pesa. Imposição de tarifas pela China sobre produtos agrícolas americanos intensifica o risco de desaceleração econômica nos EUA.

No Brasil, o último Boletim Focus indicou uma persistência na alta da expectativa de inflação para 2025, o que sugere uma taxa básica de juros Selic elevada por mais tempo e afeta o fluxo de capitais.

Nesse sentido, dados de inflação no Brasil e nos EUA serão determinantes para o rumo dos juros em ambos os países e, consequentemente, para o câmbio.

Os indicadores estão previstos para sair nesta semana, com o Índice de Preços ao Consumidor (CPI) nos EUA e o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no Brasil reportados na próxima quarta-feira (12).

Brasil

Nesta terça-feira (11), o mercado financeiro local observa a produção industrial mensal (PIM) de janeiro, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Além disso, investidores monitoram a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em dois eventos: o primeiro na linha de montagem da Stellantis, às 11:00, e depois em uma cerimônia na Gerdau (GGBR4), às 16:25, ambos em Minas Gerais (MG).

Posse de Gleisi Hoffmann

A nova ministra das Relações Internacionais, Gleisi Hoffmann (PT-RS), adotou um tom moderado ao assumir a Articulação Política e reafirmou seu compromisso com a agenda econômica de Fernando Haddad (PT-SP), em destaque a geração de empregos, crescimento e renda.

No entanto, permanece a incerteza sobre a força de Haddad para resistir às pressões populistas de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que busca medidas para fortalecer sua reeleição em 2026.

O ministro tem priorizado pautas alinhadas ao presidente da República e evitado temas polêmicos, como o ajuste fiscal, o que sinaliza sua maior sintonia com o Palácio do Planalto.

Na última segunda-feira (10), Haddad confirmou o envio iminente da medida provisória (MP) do novo crédito consignado e, em seguida, do projeto de isenção do Imposto de Renda até R$ 5 mil.

EUA

Nesta terça-feira (11), o mercado norte-americano acompanha a divulgação de mais um dado do mercado de trabalho com o relatório JOLTS.

Aversão ao risco

O presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, mudou o tom otimista de meses atrás e agora admite um “período de transição”, ao aceitar os custos da guerra tarifária para a economia norte-americana.

Diante desse cenário, o último pregão foi marcado por derretimentos em diversas bolsas de valores.

As ações da Tesla afundaram 15,4%, o que apagou ganhos recentes, enquanto Meta, Apple, Alphabet, Microsoft, Amazon e Nvidia também registraram perdas significativas.

Nasdaq caiu 4%, sua pior queda diária desde 2022, enquanto o Dow Jones perdeu quase 900 pontos e o S&P 500 recuou 2,70%.

Com isso, o mercado aguarda o Índice de Preços ao Consumidor (CPI) de fevereiro, a ser divulgado na próxima quarta-feira (12), pois os dados serão cruciais para avaliar o impacto inflacionário da nova gestão, enquanto o risco de estagflação preocupa investidores.

EUA 🤝 Rússia

Os Estados Unidos (EUA) reforçaram seu alinhamento à Rússia ao suspender a ajuda militar à Ucrânia, e forçaram o país a recuar nas negociações de cessar-fogo.

Nas conversas na Arábia Saudita, a Ucrânia propôs o fim dos ataques aéreos e marítimos, além da libertação de prisioneiros, além de ter oferecido acesso a minerais raros.

O secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, afirmou que qualquer acordo de paz exige que a Ucrânia ceda os territórios ocupados pela Rússia desde 2014.

China tenta acordo com EUA

Washington e Pequim negociam uma possível cúpula em junho entre Donald Trump e Xi Jinping, em meio ao aumento de tarifas e restrições comerciais dos EUA.

Pequim intensificou contatos com a Casa Branca e estuda uma oferta inicial, o que incluiria mais compras de produtos agrícolas americanos, mas ainda sem formalizá-la.

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