Economia

DÓLAR HOJE - Selic a 12,25% ao ano e China influenciam câmbio, com inflação nos EUA e juros do BCE no radar

Moeda inicia o dia em queda de quase 1%, cotada a R$ 5,89

Dólar hoje, SpaceMoney
Reprodução

ATUALIZAÇÕES DAS COTAÇÕES DO DÓLAR:

  • – 9:13: Dólar comercial (compra): -0,99%, cotado a R$ 5,8955

Na sessão anterior…

Na última quarta-feira, 11 de dezembro, o dólar comercial (compra) fechou em queda de 1,30%, cotado a R$ 5,968.

O que influencia o dólar?

A expectativa de estímulos na economia chinesa impulsionou commodities e aumentou o apetite por risco no mercado de câmbio.

Nos EUA, o Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) em linha com o esperado reforçou apostas de corte de 0,25% nos juros locais.

No Brasil, a decisão do Banco Central (BC) de elevar a Selic para 12,25% ao ano, já esperada, influenciou antecipações de carry trade.

O rompimento do suporte de R$ 6,00 no dólar intensificou o movimento de queda da moeda.

O diferencial de juros pró-Brasil deve continuar a impactar o dólar, enquanto a elevação agressiva da taxa básica de juros Selic busca controlar a inflação e estabilizar o câmbio.

Brasil

Nesta quinta-feira (12), o mercado financeiro local observa o volume de vendas no varejo em outubro mensurado pela Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), a ser divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Selic

O Banco Central (BC) surpreendeu ao elevar a taxa básica de juros Selic em 1 ponto percentual (p.p.), para 12,25%, e sinalizar novas altas, ao antecipar um juro terminal ao ciclo de, pelo menos, 14,25%.

Esse nível supera em 0,50 p.p. a mediana do Boletim Focus, que previa 13,75% no fim do ciclo.

No comunicado, o Comitê de Política Monetária (COPOM) reforçou que a estratégia vai ser “ditada pelo firme compromisso de convergência da inflação à meta” e depende “da evolução da dinâmica da inflação”.

A postura firme gerou revisões no mercado. A XP Investimentos aumentou sua projeção para 15,00%, enquanto Warren Investimentos e Barclays ajustaram suas estimativas para 14,75% e 14,25%, respectivamente.

Para o economista-chefe do Banco BMG, Flávio Serrano, “se o Copom, que estava atrás da curva, apenas elevasse [a Selic] em 1 ponto sem dar guidance, deixaria o mercado ir (mais) para cima [nas projeções para os juros]”.

Assim, a decisão reforçou a credibilidade do Banco Central.

Analistas apontaram que o cenário mais recente fora “marcado por desancoragem adicional das expectativas de inflação, elevação das projeções de inflação, dinamismo acima do esperado na atividade e maior abertura do hiato do produto”.

Por outro lado, o Itaú questionou a falta de menção à unanimidade e indica que “não houve consenso sobre a sinalização”. Mario Mesquita, analista do banco, sugeriu que alguns membros preferiram um aumento de 0,75 p.p., mas apoiaram a maioria para evitar ruídos.

Dessa forma, o Banco Central (BC) justificou a decisão pela piora das expectativas após o pacote fiscal e alerta que a dinâmica inflacionária segue “mais adversa”.

Pacote fiscal

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT-SP), acredita que uma semana seria suficiente para aprovar o pacote fiscal de corte de gastos e que as coisas caminham bem na articulação política.

Randolfe Rodrigues (PT-AP), líder do governo no Congresso Nacional, busca a votação até o dia 20 de dezembro. Caso contrário, propõe datas alternativas no final de dezembro.

Ainda existem resistências, como o MDB e o próprio PT, que rejeitam mudanças no Benefício de Prestação Continuada (BPC). Dario Durigan, secretário-executivo da Fazenda, reafirmou que alterações são possíveis desde que “se resguarde o impacto fiscal”.

Ele afirmou que, sem a desoneração da folha de pagamentos e o Perse, o Brasil teria R$ 15 bilhões de superávit.

Nesse sentido, o Itaú ajustou sua estimativa de economia do pacote fiscal para R$ 56 bilhões, mas alerta que pode não ser suficiente para atender ao arcabouço fiscal.

A princípio, a votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) 2025 foi agendada para terça-feira, dia 17 de dezembro, no Congresso Nacional.

Novo procedimento médico de Lula

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT-SP) passa pela manhã desta quinta-feira (12) por um novo procedimento para conter sangramentos no cérebro, o que já previsto desde sua internação.

A princípio, trata-se de uma embolização da artéria meníngea média, que remove o sangue acumulado entre o cérebro e o tecido protetor.

O cardiologista Roberto Kalil Filho descreveu a medida como simples e de baixo risco, com duração aproximada de uma hora, sem impacto na alta hospitalar, prevista para a próxima semana.

Segundo o boletim médico do Hospital Sírio-Libanês, Lula passou por um dia tranquilo ontem, caminhou e recebeu visitas familiares.

EUA

Nesta quinta-feira (12), o mercado norte-americano acompanha a divulgação do Índice de Preços ao Produtor (PPI, na sigla em inglês) de novembro.

Além disso, investidores observaram o volume de pedidos semanais de auxílio-desemprego.

Europa

Zona do Euro – O Banco Central Europeu (BCE) anuncia, às 10:15, a decisão para a política monetária.

Sair da versão mobile