Nesta sexta-feira (13), o dólar (comercial compra) encerrou em alta de 0,43%, cotado a R$ 6,034.
ATUALIZAÇÕES DAS COTAÇÕES DO DÓLAR:
- – 9:17: Dólar comercial (compra): -0,05%, cotado a R$ 6,006.
Na sessão anterior…
Na última quinta-feira, 12 de dezembro, o dólar comercial (compra) fechou em alta de 0,69%, cotado a R$ 6,00.
O que influencia o dólar?
A alta de 1,00% na taxa básica de juros Selic, para 12,25% ao ano, inicialmente fortaleceu o real e levou o dólar a R$ 5,8696 na mínima, devido ao efeito do carry trade.
No entanto, ao longo do dia, investidores aproveitaram a queda para comprar dólares.
A perspectiva de novos aumentos nos juros básicos e incertezas fiscais pressionaram o câmbio, o que fez o dólar disparar.
A falta de avanço nas medidas de contenção de gastos no Congresso Nacional e a internação de Luiz Inácio Lula da Silva (PT-SP) aumentaram a insegurança, o que prejudicou ainda mais o real e a Bolsa.
Brasil
Nesta sexta-feira (13), o mercado financeiro local observa os dados da produção industrial de outubro, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Além disso, investidores monitoram o Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10), pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), e o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), reconhecido como a “prévia do PIB [Produto Interno Bruto]“, pelo Banco Central (BC).
Pacote de corte de gastos
O governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) enfrenta desafios para superar resistências políticas e avançar com o pacote de ajuste fiscal.
Além de controvérsias amplamente discutidas, como as regras do Benefício de Prestação Continuada (BPC), surgiram novas pressões, como a proposta de um segundo teto remuneratório para indenizações no funcionalismo, defendida por representantes do Poder Judiciário.
O relator, deputado federal Isnaldo Bulhões (MDB), indicou que mudanças no texto original serão necessárias para obter apoio na Câmara dos Deputados, como flexibilizações em critérios para o BPC.
No entanto, outras medidas como o reajuste pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) dos recursos do Fundo Constitucional do Distrito Federal (FCDF) e a regra do salário mínimo com ganho real limitado a 2,5% ao ano encontram menos resistência.
Em paralelo, foi fechado um acordo sobre a transição para a aposentadoria militar, com idade mínima de 55 anos até 2032, o que deve gerar uma economia estimada de R$ 2 bilhões anuais.
As negociações acontecem em um contexto de fragilidade política, agravado pela recuperação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT-SP) de uma cirurgia, e com o Congresso Nacional prestes a entrar em recesso.
A urgência aumenta os riscos de desidratação do pacote fiscal, mesmo com sinais positivos no cenário econômico, como a reação ao Comitê de Política Monetária (COPOM).
Reforma Tributária
O Senado Federal aprovou, por quarenta e nove votos a dezenove, o primeiro projeto de lei complementar (PLP) da Reforma Tributária, após várias concessões feitas pelo relator Eduardo Braga (MDB-AM).
O texto, modificado pelos senadores, retorna à Câmara dos Deputados para nova análise, prevista para ocorrer no início da próxima semana, entre segunda-feira (16) e terça-feira (17).
Braga ampliou benefícios para empresas da Zona Franca de Manaus e definiu critérios para tributar rendas obtidas com imóveis, como compras, vendas e arrendamento.
Armas e munições foram excluídas da tributação do Imposto Seletivo, o que contrariou o governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A Câmara dos Deputados não pode alterar essa mudança, segundo o relator Reginaldo Lopes (PT-MG).
O Senado Federal incluiu o saneamento básico como serviço de Saúde, com desconto de 60%. A alíquota padrão do IVA pode chegar a 28,5%, acima do limite de 26,5%.
Apesar das alterações, Bernard Appy, secretário extraordinário da Reforma Tributária, alocado no Ministério da Fazenda, afirmou que a essência da reforma foi preservada. Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Senado Federal, destacou que essa foi a reforma “possível, não perfeita“.
Pacheco ainda anunciou que o Congresso deve votar a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e a Lei Orçamentária Anual (LOA) na quinta-feira (19) ou sexta-feira (20), e avançar nos temas orçamentários antes do recesso.
EUA
Nesta sexta-feira (13), o mercado norte-americano permanece com a agenda de eventos e indicadores ligados à economia esvaziada.
Europa
Reino Unido – A produção industrial do Reino Unido caiu 0,6% em outubro contra setembro, o que contrariou a previsão de alta de 0,30% dos analistas da FactSet.
Em relação ao mesmo mês de 2022, houve retração de 0,70%, enquanto a expectativa era de crescimento de 0,2%.
O Produto Interno Bruto (PIB) do País recuou 0,10% em outubro, e frustrou a projeção de avanço de 0,2% feita pela FactSet.