Economia

DÓLAR HOJE - Juros nos EUA e tarifas de Trump influenciam câmbio, com dados da China no radar

Moeda inicia o dia em queda e cotação vai a R$ 6,00

Dólar - Moeda Americana
Pixabay/frycyk01

ATUALIZAÇÕES DA COTAÇÃO DO DÓLAR:

  • – 9:36: Dólar comercial (compra): -0,37%, cotado a R$ 6,001.
  • – 9:14: Dólar comercial (compra): -0,09%, cotado a R$ 6,018.

Na sessão anterior…

Na última quarta-feira, 15 de janeiro, o dólar comercial (compra) fechou em queda de 0,35%, cotado a R$ 6,025.

O que influencia o dólar?

O mercado financeiro tem reagido a diversos fatores econômicos e geopolíticos.

Nos EUA, a divulgação de um índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) mais suave do que o esperado aponta sinais de desinflação, especialmente em serviços básicos, excluída a habitação.

Esse cenário divide as expectativas sobre os próximos passos do Federal Reserve (FED), entre dois ou três cortes de juros de 0,25% ainda este ano.

Atualmente, com taxas entre 4,50% e 4,75%, eventuais cortes enfraqueceriam o dólar, o que favoreceria a valorização do real.

Contudo, a barreira de R$ 6,00 da cotação do dólar ainda não foi superada.

Além disso, o Livro Bege trouxe à tona preocupações com a inflação nos Estados Unidos (EUA), que tende a ser impulsionada por tarifas de importação planejadas pelo governo do republicano Donald Trump.

As ações protecionistas, se implementadas, devem ser monitoradas de perto, assim como os índices de inflação, para entender seus impactos no câmbio e na política monetária.

No cenário geopolítico, o acordo entre Israel e o Hamas para a libertação de reféns após quinze meses de conflito oferece algum alívio, ainda que em condições desiguais.

O cessar-fogo representa uma pausa no conflito e pode ter repercussões positivas na estabilidade da região, mas o equilíbrio permanece frágil.

Brasil

Nesta quinta-feira (16), o mercado financeiro local observa o Índice de Atividade Econômica do Banco Central – Brasil (IBC-Br) de novembro – popularmente conhecido como a prévia do PIB-, a ser divulgado pelo Banco Central (BC).

Além disso, investidores observam a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT-SP) em cerimônia de sanção do Projeto de Lei Complementar (PLP) da Reforma Tributária.

Pix

Após uma repercussão negativa, ocasionada por uma onda de fake news, o governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) revogou a instrução normativa da Receita Federal que ampliava a fiscalização de transações financeiras, como o Pix, para evitar novas polêmicas.

Em resposta, anunciou uma medida provisória (MP) que reforça que não vai haver taxação sobre transações realizadas pelo meio de pagamento instantâneo, para tentar neutralizar o desgaste das informações falsas espalhadas pela oposição.

Paralelamente, a Advocacia-Geral da União (AGU) solicitou à Polícia Federal (PF) a abertura de um inquérito para identificar os autores das fake news, mas especialistas criticaram a comunicação e a postura do governo federal, que foi vista como fraca e mal planejada.

O recuo foi interpretado como uma vitória da oposição, com a mensagem de que a pressão surtiu efeito e reforçou a narrativa de que a intenção inicial era taxar o Pix.

A ausência de uma resposta firme, como um pronunciamento em rede nacional, permitiu que o debate se ampliasse, especialmente após o vídeo do deputadofederal Nikolas Ferreira (PL-MG) viralizar e capitalizar o desgaste do governo federal.

De acordo com o professor Paulo Niccoli Ramirez, o governo petista tem se desestabilizado pelo uso mais eficaz das redes sociais pela direita, que demonstra maior capacidade de persuasão e atratividade para os algoritmos.

Caso o governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tivesse adotado uma estratégia articulada desde o início, poderia ter evitado a repercussão negativa e não precisaria se esforçar tanto para conter os prejuízos causados pela polêmica.

Reforma ministerial

A cúpula do PT se preocupa com a possível perda de força no governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) devido às mudanças na Esplanada dos Ministérios, mesmo com onze pastas.

Nos bastidores, dirigentes defendem que o União Brasil (UB), que não tem entregado votos proporcionais ao seu peso político, deveria ceder espaço para o Progressistas (PP), partido de Arthur Lira (AL), presidente da Câmara dos Deputados.

Petistas desejam atrair Lira para o governo federal, oferecer-lhe a pasta da Agricultura e um palanque para Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na reeleição de 2026.

Por outro lado, a possibilidade de Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Senado Federal, e, por consequência, do Congresso Nacional, integrar o governo desagrada ao PT – que o considera incapaz de realizar articulações eficazes no Congresso Nacional.

As eleições para as presidências da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, marcadas para 1º de fevereiro, devem consolidar Hugo Motta (Republicanos-PB), indicado por Lira, e Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) como sucessores de Lira e Pacheco, respectivamente.

EUA

Nesta quinta-feira (16), o mercado norte-americano acompanha a divulgação das vendas do varejo em dezembro e o volume de pedidos de seguro-desemprego na semana.

Balanços – Bank of America, Morgan Stanley, UnitedHealth e TSMC informam seus números financeiros relativos ao quarto trimestre de 2024.

No País e em todo o mundo, investidores aguardam a posse do presidente eleito, o republicano Donald Trump, programada para a próxima segunda-feira, 20 de janeiro. As promessas relativas a política tarifária do magnata tensionam os mercados globais.

Europa

Reino Unido – A produção industrial do Reino Unido caiu 0,4% em novembro contra outubro, informou o Escritório Nacional de Estatísticas (ONS, na sigla em inglês) do país nesta quinta-feira (16).

Na comparação anual, o indicador registrou uma contração de 1,8%, em contraste com a expectativa dos analistas, que era de queda de 1,50%.

Em outra frente, o ONS revelou que o Produto Interno Bruto (PIB) britânico subiu 0,10% em novembro contra outubro.

Neste caso, a projeção da FactSet apontava crescimento de 0,20%.

As informações são de Dow Jones Newswires.

Zona do Euro – O Banco Central Europeu (BCE) divulga a ata de política monetária.

Ásia

China – Às 23:00, serão informados o Produto Interno Bruto (PIB) do 4° trimestre de 2024. Sobre o período, serão reportados ainda números de vendas no varejo, da produção industrial e dos investimentos em ativos fixos.

Sair da versão mobile