Economia

DÓLAR HOJE - Boletim Focus e nova tentativa de assassinato contra Donald Trump influenciam câmbio, com expectativa para a Super Quarta

Na última sexta-feira, 13 de setembro, o dólar comercial (compra) fechou em queda de 0,92%, cotado a R$ 5,56

- Marcello Casal Jr/Agência Brasil
- Marcello Casal Jr/Agência Brasil

ATUALIZAÇÕES:

  • 17:00: Dólar comercial (compra): -1,03%, cotada a R$ 5,509.
  • 9:38: Dólar comercial (compra): -0,12%, cotado a R$ 5,559.

Na última sessão

Na última sexta-feira, 13 de setembro, o dólar comercial (compra) fechou em queda de 0,92%, cotado a R$ 5,56.

O dólar caiu em reação à expectativa de cortes de juros mais agressivos nos EUA e à possibilidade de alta de juros no Brasil, o que torna o diferencial de juros (carry trade) favorável ao real.

No entanto, vários fatores podem impedir uma queda maior do dólar, com incertezas fiscais no Brasil, o Orçamento de 2025 e mudanças no Banco Central (BC).

No cenário global, as tensões geopolíticas, as eleições nos EUA, o fraco crescimento chinês e a dívida norte-americana também influenciam.

A Super Quarta desta semana vai trazer definições sobre os cortes de juros nos EUA e possíveis aumentos no Brasil, com impacto nos mercados.

Brasil

Nesta segunda-feira (16), o mercado financeiro local observa as novas projeções do Boletim Focus, do Banco Central (BC), para o IPCA (inflação), PIB (crescimento), Selic (juros) e dólar.

LEIA MAIS: FOCUS – PIB deve atingir 2,96% em 2024, com projeções para dólar e IPCA elevadas

Além disso, o Instituto Brasileiro de Economia (IBRE), da Fundação Getúlio Vargas (FGV), divulga o Monitor do Produto Interno Bruto (PIB).

Dúvida no COPOM

Uma pesquisa do Broadcast mostra que cinquenta e três de sessenta e uma instituições financeiras já precificaram uma retomada gradual do ciclo de aperto monetário, com um aumento de 0,25 ponto percentual na Selic, enquanto o DI sugere um aumento mais ousado de 0,50 ponto.

Independentemente da intensidade, o Banco Central (BC) deve admitir que manter a Selic em 10,50% por um período prolongado não garante mais a convergência da inflação.

Desde julho, a expectativa de alta da Selic tem crescido devido ao descolamento das expectativas inflacionárias, câmbio depreciado e atividade econômica aquecida.

O Ministério da Fazenda revisou as projeções de inflação para 2024 e 2025, com leves altas.

O mercado espera quatro aumentos consecutivos de 0,25 ponto na Selic até janeiro, com a taxa a 11,50%, e alguns analistas preveem até 12%.

Alerta fiscal

O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a abertura de crédito especial fora do arcabouço fiscal e da meta de déficit zero para combater queimadas até o final do ano.

Essa medida foi criticada por aumentar o risco fiscal, embora tenha sido elogiada pela Advocacia-Geral da União como “corajosa”.

O economista Marcos Lisboa, da Gibraltar Consulting, expressou preocupação com a volta de “truques fiscais”, e destacou a manipulação de receitas para atingir metas fiscais, como a apropriação de recursos esquecidos em bancos.

Ele questiona a eficácia do arcabouço fiscal e afirma que excluir despesas da meta não controla a dívida pública.

A arrecadação das medidas do governo tem decepcionado até aqui, e o mercado aguarda o relatório bimestral de receitas e despesas para avaliar possíveis ações adicionais.

PL da CSLL-JCP

A Federação Brasileira dos Bancos (FEBRABAN) pediu ao ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha (PT), na sexta-feira (13), que o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reconsidere o projeto enviado ao Congresso Nacional que propõe aumentar tributos sobre o lucro das empresas e rendimentos dos acionistas.

O texto prevê elevação da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) para bancos de 20,00% para 22,00% em 2024, e para seguradoras de 15,00% para 16,00%.

Para outras empresas, a alíquota subiria de 9,00% para 10,00%.

Além disso, o imposto sobre a distribuição de juros sobre capital próprio (JCP) aumentaria de 15,00% para 20,00%, com expectativa de arrecadar R$ 32,56 bilhões entre 2025 e 2027.

EUA

Nesta segunda-feira (16), o mercado norte-americano está com a agenda de indicadores esvaziada.

No entanto, investidores reagem à corrida à Casa Branca, na disputa entre a atual vice-presidente Kamala Harris e o ex-presidente Donald Trump.

Cerca de dois meses após um atentado em comício na Pensilvânia, o FBI investiga uma nova tentativa de assassinato contra Donald Trump.

Tiros foram ouvidos próximos a um clube de golfe na Flórida, onde o ex-presidente jogava.

Trump foi retirado do local ileso, e o suspeito, que fugiu em um carro, foi detido em um condado próximo.

Além disso, uma pesquisa da ABC News-Ipsos divulgada no último domingo (15) mostra que Kamala Harris manteve vantagem sobre Donald Trump, com 52% contra 46% nas intenções de voto após o último debate.


Europa

Zona do Euro – A Zona do Euro registrou um superávit comercial de 15,50 bilhões de euros em julho, conforme dados ajustados sazonalmente pela Eurostat nesta segunda-feira (16).

Em junho, o superávit foi maior, de 17,00 bilhões de euros.

Em julho, as exportações do bloco aumentaram 0,8%, enquanto as importações subiram 1,6%.

Sem ajustes sazonais, o superávit caiu para 21,2 bilhões de euros.

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