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ATUALIZAÇÕES DA COTAÇÃO DO DÓLAR:
- Fechamento: Dólar comercial (compra): +0,29%, cotado a R$ 5,712.
- – 9:20: Dólar comercial (compra): +0,25%, cotado a R$ 5,710.
No último pregão…
Na última sexta-feira (14), o dólar comercial (compra) fechou em queda de 1,26%, cotado a R$ 5,696.
O que influencia o dólar?
Nos Estados Unidos, a retração do varejo na última semana sugeriu um enfraquecimento da demanda, o que reduz a necessidade de uma política monetária mais restritiva.
Além disso, as tarifas recíprocas, que ainda serão analisadas caso a caso, trouxeram certo alívio ao mercado financeiro global, o que indica que a postura protecionista do governo de Donald Trump pode ser mais uma estratégia de negociação do que uma imposição definitiva.
No cenário local, qualquer declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre política fiscal pode impactar o câmbio.
Nesta segunda-feira (17), o mercado ainda reage à baixa popularidade do presidente e às possíveis medidas de estímulo econômico, como as três novas políticas de crédito anunciadas na sexta-feira (14).
Caso o governo sinalize mais gastos sem uma contrapartida fiscal clara, a pressão sobre o dólar pode voltar a crescer.
Apesar disso, a liquidez reduzida no mercado global devido ao feriado do Dia dos Presidentes nos EUA pode manter a volatilidade baixa nesta segunda-feira (17).
Agenda de indicadores e eventos econômicos
Nesta segunda-feira (17), o mercado financeiro local monitora indicadores e eventos econômicos relevantes.
Às 8:00, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) informa o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-10) de fevereiro.
Em seguida, às 8:25, investidores observam as novas projeções do Boletim Focus, do Banco Central (BC), para o IPCA (inflação), PIB (crescimento), Selic (juros) e dólar em 2025, 2026, 2027 e 2028. Pela décima oitava vez consecutiva, o documento elevou a projeção para a inflação no ano.
Além disso, às 9:00, o BC divulga o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) de dezembro, considerado a prévia do Produto Interno Bruto (PIB). Em 2024, a economia do País cresceu 3,8%.
Do lado dos eventos, o diretor do Banco Central (BC), Nilton David faz palestra em evento da Amcham.
No exterior, a agenda foi esvaziada e o feriado do Dia dos Presidentes nos Estados Unidos mantém os mercados de Nova York fechados nesta segunda-feira (17).
Apesar disso, dirigentes do Federal Reserve (FED) discursam e o mercado monitora em busca de sinais sobre o futuro da política monetária do País. São eles: Patrick Harker, Michelle Bowman e Christopher Waller.
Popularidade de Lula em queda
O mercado financeiro também reage às recentes quedas na popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), conforme apontado pela última pesquisa Datafolha.
Esse movimento gerou especulações sobre possíveis medidas econômicas para recuperar o apoio popular, como a ampliação de incentivos fiscais e novas políticas de crédito.
Na sexta-feira (14), o Ibovespa registrou alta e o dólar superou R$ 5,70, impulsionados pela possibilidade de um candidato de centro ou centro-direita ganhar força para as eleições presidenciais de 2026.
Novos incentivos fiscais à vista?
Diante disso, analistas do mercado financeiro aposta que o governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve intensificar incentivos fiscais, ampliar crédito subsidiado e avançar na aprovação da isenção do Imposto de Renda (IR) para quem ganha até R$ 5 mil.
Gabriel Galípolo, presidente do Banco Central (BC), minimizou receios sobre estímulos fiscais, e ressaltou o compromisso do ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT-SP), com a responsabilidade fiscal.
Enquanto isso, o ministro da Fazenda participa de evento do Fundo Monetário Internacional (FMI) na Arábia Saudita e retorna ao Brasil na quarta-feira (19).
Tarifaço de Trump
O presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, colocou as tarifas prometidas em modo de espera até abril, enquanto ministros brasileiros buscam acalmar a cena.
Lula, porém, adota postura confrontadora diante da ameaça protecionista dos EUA.
O presidente destacou a relação equilibrada entre os países, e citou importações americanas de US$ 40 bilhões e exportações brasileiras de US$ 45 bilhões.
Em 2024, o Brasil foi o segundo maior fornecedor de aço para os EUA, ficando atrás apenas do Canadá.
PIB do Japão
O Produto Interno Bruto (PIB) do 4º trimestre do Japão cresceu 0,70%, acima da previsão de 0,2% e dos 0,4% do 3º trimestre, o que mostra resistência apesar do Banco Central do Japão (BoJ) considera elevar juros.