Economia

DÓLAR HOJE - Expectativas para Super Quarta influenciam o câmbio, com IGP-10 no Brasil, produção industrial e vendas no varejo nos EUA no radar

O mercado financeiro agora prevê um corte de 0,50% na taxa de juros dos Estados Unidos, o que fez com que o dólar caísse no exterior e os rendimentos dos Treasuries recuassem

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ATUALIZAÇÕES:

  • – 17:00: Dólar comercial (compra): -0,40%, cotado a R$ 5,48.
  • – 9:09: Dólar comercial (compra): -0,21%, cotado a R$ 5,498.

Na última sessão

Na última segunda-feira, 16 de setembro, o dólar comercial (compra) fechou em queda de 1,03%, cotado a R$ 5,509.

O mercado financeiro agora prevê um corte de 0,50% na taxa de juros dos Estados Unidos, o que fez com que o dólar caísse no exterior e os rendimentos dos Treasuries recuassem.

Atualmente, a taxa está em uma faixa de 5,25% a 5,50% ao ano.

No Brasil, o mercado financeiro aposta em uma alta de 0,25% na taxa básica de juros Selic, agora sustentado pelas previsões do Boletim Focus, que mostrou que as expectativas de inflação continuam desancoradas.

O real deve se beneficiar do carry trade nesse cenário.

Entretanto, as preocupações com o equilíbrio fiscal brasileiro persistem, especialmente após o Supremo Tribunal Federal (STF) autorizar a abertura de crédito extraordinário, o que ativou o alerta sobre fragilidades no arcabouço fiscal.

Brasil

Nesta terça-feira (17), o mercado financeiro local acompanha a divulgação do Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) de setembro, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getúlio Vargas (FGV).

LEIA MAIS: IGP-10 desacelera para 0,18% com quedas nos preços de commodities e alimentos

Além disso, hoje se inicia o primeiro dia de reuniões do Comitê de Política Monetária (COPOM) do Banco Central (BC) para discutir o rumo da taxa básica de juros Selic, a ser divulgado na próxima quarta-feira (18).

Com isso, investidores esperam pela Super Quarta.

Fernando Haddad discursa em evento promovido pelo Valor Econômico

Na premiação promovida pelo Valor Econômico, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT-SP), afirmou que o uso de créditos extraordinários para enfrentar eventos climáticos não enfraquece o arcabouço fiscal.

O ministro sugeriu que, no futuro, esses eventos deverão ser incorporados diretamente ao orçamento federal, já que o conceito de “extraordinário” pode mudar com o tempo.

Haddad também destacou que não existe a intenção de alterar a meta fiscal do governo e reitera que a mudança no alvo de resultado primário em 2025 — de um superávit de 0,5% do PIB para zero — foi fruto de uma derrota no Congresso Nacional.

A princípio, em agosto do ano passado, a Câmara dos Deputados havia rejeitado uma emenda do Senado Federal que permitiria abrir um espaço de R$ 32 bilhões a R$ 40 bilhões no orçamento para créditos adicionais.

Além disso, o ministro garantiu a imparcialidade nas indicações para o Banco Central (BC) e, ao comentar a escolha de Gabriel Galípolo para o comando da autarquia a partir de janeiro, enfatizou que a decisão foi técnica e não se baseia em interesses políticos específicos.

Desoneração da folha de pagamentos

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT-SP) sancionou, com vetos, o projeto de lei que mantém a desoneração da folha de pagamento para dezessete setores da economia e municípios até o final do ano, com reoneração gradual a partir de 2025.

Entre os vetos, destaca-se o que tratava de recursos esquecidos em contas bancárias, que se direcionariam para os cofres públicos — medida contestada pelo Banco Central (BC).

Nesse sentido, o prazo mais longo para a reivindicação desses recursos (até 2027) apontou veto para evitar conflitos de datas.

Ainda mais, também se vetou o dispositivo que exigia que o Poder Executivo apontasse, em até 90 dias, o responsável pelos custos administrativos de créditos não tributários, por violar a Constituição.

Além disso, outro veto foi ao artigo que direcionava recursos prioritários para desenvolvimento de sistemas de cobrança exclusivamente à Advocacia-Geral da União (AGU) e à Fazenda, considerado contrário ao interesse público.

Nenhum dos vetos alterou pontos essenciais da proposta.

EUA

Nesta terça-feira (17), o mercado norte-americano observa os números das vendas no varejo de agosto, que têm previsão de queda de 0,2%.

Além disso, os dados da produção industrial no mesmo mês. O índice deve registrar elevação de 0,2%, conforme estimativas.

Europa

Alemanha – O índice de expectativas econômicas da Alemanha, medido pelo instituto ZEW, caiu drasticamente para 3,6 pontos em setembro, comparado aos 19,2 pontos de agosto.

Assim, o resultado foi muito inferior à previsão dos analistas, que esperavam uma queda menor, para 16,6 pontos.

O índice que mede as condições atuais da economia também piorou, de -77,30 pontos em agosto para -84,50 pontos em setembro, resultado abaixo da expectativa de -83,80 pontos.

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