Economia

DÓLAR HOJE - Expectativas para decisão de juros nos EUA e China influenciam câmbio, com Ata do COPOM no radar

Na última segunda-feira, 16 de dezembro, o dólar comercial (compra) fechou em alta de 0,99%, cotado a R$ 6,094

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O dólar comercial (compra) encerrou esta terça-feira (17) estável, com alta de 0,02%, a R$ 6,09.

ATUALIZAÇÃO DA COTAÇÃO DO DÓLAR:

09:05 – Dólar comercial (compra): +1,01%, cotado a R$ 6,156.

ATA DO COPOM: Deterioração do câmbio e IPCA exigem postura mais contracionista

Na sessão anterior…

Na última segunda-feira, 16 de dezembro, o dólar comercial (compra) fechou em alta de 0,99%, cotado a R$ 6,094.

O que influencia o dólar?

O mercado está apreensivo com a aprovação do pacote de corte de gastos no Congresso, que precisa acontecer até sexta-feira (20), última semana antes do recesso.

Mesmo aprovado, há dúvidas sobre sua eficácia para restaurar a credibilidade fiscal. O Boletim Focus, do Banco Central (BC), apontou piora na inflação e projeções de Selic mais alta para 2025 e 2026.

Na China, vendas no varejo abaixo do esperado reforçam a pressão por estímulos econômicos, em meio a tensões comerciais com os EUA.

Internacionalmente, o mercado aguarda a decisão do Federal Reserve (FED) na quarta-feira (18), com expectativa de corte de 0,25% nos juros e atenção às projeções futuras.

Brasil

Nesta terça-feira (17), o mercado financeiro local acompanha a divulgação da Ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (COPOM), pelo Banco Central (BC).

No documento, o Comitê de Política Monetária afirmou que o ambiente externo continua desafiador, especialmente devido à economia dos Estados Unidos.

O Copom expressou incertezas sobre a desaceleração, desinflação e a postura do Federal Reserve, que decide sobre os juros nesta quarta-feira (18).

Além disso, alertou que países emergentes precisam de cautela. No dia 10 de dezembro, o BC ajustou a taxa de juros para 12,25% ao ano. O Copom também observou uma piora no cenário de inflação, refletida nas expectativas e projeções.

Além disso, Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) de dezembro também será informado, pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Pacote fiscal

Líderes parlamentares se reúnem às 10h com Isnaldo Bulhões (MDB-AL), relator de um dos projetos do pacote fiscal, que apresentará seu parecer final.

Bulhões ajustará o BPC, benefício para idosos e pessoas com deficiência de baixa renda, assegurando justiça social.

Ele nega que o projeto tenha como objetivo eliminar o benefício, destacando a necessidade de frear seu crescimento descontrolado.

Apesar da resistência de partidos, o relator defende critérios mais rigorosos para beneficiar apenas quem realmente precisa. Estimativas apontam que essas mudanças gerarão uma economia de R$ 12 bilhões até 2030.

Sobre o Fundo Constitucional do Distrito Federal, a proposta do governo sugere reajustá-lo pelo IPCA, substituindo a Receita Corrente Líquida. A definição ainda será debatida.

Bulhões apoiará a limitação no ganho real do salário mínimo a 2,5% ao ano. Já o ministro Fernando Haddad (PT-SP), pressionado, busca evitar a desidratação do pacote fiscal no Congresso.

Reforma tributária

Arthur Lira (Progressistas-AL) suspendeu a votação da regulamentação da reforma tributária ontem devido ao horário avançado, mas o texto será o primeiro item da pauta hoje.

Se aprovado, seguirá para sanção presidencial sem retornar ao Senado.

A princípio, o relator Reginaldo Lopesn (PT-MG) apresentou alterações que incluem refrigerantes no “imposto do pecado”, cortam benefícios fiscais para água e esgoto, mas mantêm alíquota zero para medicamentos.

A única refinaria da Zona Franca de Manaus continua com vantagens tributárias, em respeito a um acordo político.

As mudanças na Câmara reduziram a alíquota padrão do IVA em 0,70 ponto percentual, com limite máximo de 26,5%.

Orçamento

Rodrigo Pacheco (PSD-MG) convocou sessões conjuntas do Congresso para quarta (18) e quinta-feira (19) para votar o Orçamento de 2024. Nesta terça-feira (17), a Comissão Mista de Orçamento (CMO) do Senado deve analisar o relatório da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).

A pedido de Rogério Marinho (PL-RN), o relator Confúcio Moura incluiu uma meta que obriga o governo a buscar déficit zero até outubro, podendo flexibilizar apenas no último trimestre. Isso pode demandar cortes maiores nos gastos públicos.

O governo prepara uma MP para reajustar salários dos servidores, válida em janeiro, desde que a LDO seja aprovada ainda este ano. O nervosismo fiscal segue pressionando dólar e DI.

EUA

Nesta terça-feira (17), o mercado norte-americano observa os dados da produção industrial e vendas do varejo em novembro.

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