ATUALIZAÇÕES:
- – 17:00: Dólar comercial (compra): +1,78%, cotado a R$ 5,52.
- – 9:13: Dólar comercial (compra): +0,01%, cotado a R$ 5,424.
Na última sessão
Na última quinta-feira, 19 de setembro, o dólar comercial (compra) fechou em queda de 0,70%, cotado a R$ 5,424.
A decisão dos Estados Unidos em cortar os juros em 0,50%, uma magnitude maior do que a esperada, valorizou o real. O dólar perdeu valor frente a várias moedas.
No Brasil, o aumento da taxa básica de juros Selic em 0,25%, para 10,75% ao ano, foi unânime e favoreceu o carry trade, e, por isso, a moeda brasileira se fortaleceu.
Com a taxa de juros dos EUA agora entre 4,75% e 5,00%, o diferencial de juros ajudou o real.
No entanto, a valorização da moeda brasileira fora limitada por riscos geopolíticos, como o conflito entre Rússia e Ucrânia, tensões no Oriente Médio, eleições presidenciais nos EUA e o risco fiscal no Brasil.
Brasil
Nesta sexta-feira (20), o mercado financeiro local observa o quarto Relatório Bimestral de Receitas e Despesas do Governo Federal.
O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, afirmou que o relatório consolida o cumprimento da meta fiscal, embora perto do limite inferior de tolerância.
Ele não detalhou como as frustrações com receitas do Conselho de Administração de Recursos Fiscais (CARF) serão cobertas e jogou essa responsabilidade para a equipe econômica.
Ceron descartou uma pressão relevante de despesas obrigatórias e indicou que o bloqueio orçamentário não deve ultrapassar R$ 5 bilhões.
O relatório inclui a compensação da desoneração da folha de pagamentos para dezessete setores da economia e pequenos municípios com até 156.000 habitantes e uma revisão do Produto Interno Bruto (PIB) para 3,2%.
EUA
Nesta sexta-feira (20), a agenda de indicadores está esvaziada, mas o mercado norte-americano observa o dirigente do Federal Reserve (FED), Patrick Harker, discursar em evento às 15:00.
Europa
Alemanha – O índice de preços ao produtor (PPI) da Alemanha caiu 0,8% em agosto em relação ao mesmo mês de 2022, conforme divulgado pelo Destatis nesta sexta-feira (20).
Em julho, o PPI também registrou queda anual de 0,8%.
Analistas da FactSet previam uma deflação de 0,70% para agosto.
Na comparação mensal, o PPI subiu 0,2% em agosto – o mesmo aumento de julho, superando a expectativa de estabilidade dos preços.
Reino Unido – As vendas no varejo do Reino Unido cresceram 1% em agosto em comparação a julho, segundo o ONS.
O resultado superou a expectativa de alta de 0,4% prevista por analistas da FactSet. Em relação ao ano anterior, as vendas subiram 2,50%, também acima da previsão de 1,30%.
Ásia
Japão – O Banco do Japão (BoJ) manteve a taxa básica de juros em 0,25% nesta sexta-feira (20), enquanto avalia o impacto das altas anteriores em março e julho.
A decisão já era esperada, mas analistas preveem novos aumentos nos próximos meses, à medida que a economia se estabilize.
O presidente do BoJ, Kazuo Ueda, indicou que os juros podem subir novamente se a economia e os preços seguirem dentro das projeções.
O BoJ também manteve sua avaliação de que a economia japonesa se recupera moderadamente, mas ressaltou a necessidade de monitorar o impacto do câmbio e dos movimentos de mercado.