Economia

DÓLAR HOJE - China, Federal Reserve e Oriente Médio influenciam câmbio, com falas de Campos Neto e Haddad no radar

Moeda inicia o dia em alta e atinge a cotação de R$ 5,70

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ATUALIZAÇÕES DA COTAÇÃO DO DÓLAR:

  • 17:00: Dólar comercial (compra): -0,14%, cotado a R$ 5,69.
  • 9:15: Dólar comercial (compra): +0,13%, cotado a R$ 5,706.

Campos Neto: medidas fiscais são importantes para Banco Central conseguir reduzir juros

O presidente do Banco CentralRoberto Campos Neto, afirmou nesta segunda-feira (21) que a adoção de medidas fiscais pelo governo é importante para que a autoridade monetária consiga baixar juros.

Ele destacou que é difícil fazer esse movimento quando há uma desancoragem das expectativas para as contas públicas.

Em evento da Investment Association, em São Paulo, o presidente da autarquia voltou a dizer que pessoas estão questionando a transparência das contas públicas.

Campos Neto: medidas fiscais são importantes para Banco Central conseguir reduzir juros

Na sessão anterior…

Na última sexta-feira, 18 de outubro, o dólar comercial (compra) fechou em alta de 0,68%, cotado a R$ 5,69.

O que motivou a alta?

A alta do dólar foi impulsionada por preocupações fiscais e a escalada da guerra no Oriente Médio.

Além disso, a possibilidade de vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais dos EUA aumenta a aversão ao risco, devido à percepção de que suas políticas, como tarifar produtos chineses, seriam inflacionárias.

Os EUA registraram um déficit orçamentário de US$ 1,8330 trilhão para 2024, o maior desde a pandemia de COVID-19 e o terceiro maior da história.

O principal fator foi o aumento dos juros sobre a dívida federal, que ultrapassaram US$ 1 trilhão pela primeira vez.

Brasil

Nesta segunda-feira (21), o mercado financeiro local observa as novas projeções do Boletim Focus, do Banco Central (BC). O relatório de publicação semanal reúne estimativas para dólar (câmbio), IPCA (inflação), PIB (crescimento) e Selic (juros).

No mesmo dia, serão informados a balança comercial semanal e o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados – CAGED.

Antes de viajar para a reunião do Fundo Monetário Internacional (FMI) e Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD), em Washington (USA), o ministro Fernando Haddad (PT-SP), da Fazenda, se reúne em um café da manhã (9:30) com a direção da Bloomberg.

Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central (BC), integra o evento “Annual Trip Brazil-Chile” (10:30).

Controle de gastos

Após um acidente doméstico no último sábado (19), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) cancelou sua viagem à Rússia para a cúpula dos Brics, mas deve despachar normalmente no Palácio do Planalto.

Investidores cobram uma postura mais firme de Lula em relação ao controle das contas públicas, preocupados com sua insistência em classificar os gastos como investimentos.

O pacote de medidas para conter despesas, sinalizado por Fernando Haddad (Fazenda) e Simone Tebet (Planejamento e Orçamento)(MDB-MS), ainda não gerou otimismo pois falta clareza sobre o que Lula poderia aprovar.

Reforma da Previdência

Nesse sentido, o Supremo Tribunal Federal (STF) começa a julgar treze ações sobre a reforma da Previdência, com impacto financeiro de até R$ 497,90 bilhões.

A eventual queda da alíquota progressiva pode aumentar o déficit previdenciário em R$ 73,8 bilhões e pressionaria o governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a promover mais cortes.

Outra questão no STF envolve a renúncia de R$ 14,30 bilhões em valores esquecidos nos bancos, o que pode exigir novos contingenciamentos para cumprir a meta fiscal.

Reforma Tributária

O relator do projeto da Reforma Tributária no Senado Federal, Eduardo Braga (MDB-AM), apresenta na próxima quarta-feira (23) o cronograma de tramitação, com previsão de votação no plenário para o início de novembro.

Na Câmara dos Deputados, Arthur Lira (Progressistas-AL) estaria insatisfeito com a demora do Senado Federal em apreciar o texto enviado em julho e planeja concluir o segundo projeto de regulamentação apenas após a Casa Alta votar o primeiro.

Conselhão

O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha (PT-SP), disse que o governo deve instalar esta semana um grupo de trabalho (GT) sobre redução de custo de crédito.

A discussão vai ocorrer dentro do chamado Conselhão.

EUA

Nesta segunda-feira (21), o mercado norte-americano acompanha falas de dirigentes do Federal Reserve (FED).

Dessa vez, quem discursa em evento são Lorie Logan (9:55), Neel Kashkari (14:00) e Jeffrey Schmid (18:05).

Ásia

China – Na mais nova ofensiva para perseguir a meta de 5% do Produto Interno Bruto (PIB), o BC chinês (PBoC) cortou na noite de domingo suas principais taxas de juro (LPR) em 25 pontos-base, de 3,35% para 3,10%, enquanto a de 5 anos passou de 3,85% para 3,60%

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