Economia

DÓLAR HOJE - Guerra entre Rússia e Ucrânia e expectativas por corte de gastos no Brasil influenciam câmbio

Moeda inicia o dia em alta de 0,35% e cotação se aproxima de R$ 5,80

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ATUALIZAÇÕES DAS COTAÇÕES DO DÓLAR:

  • 17:00: Dólar comercial (compra): +0,75%, cotado a R$ 5,81.
  • 9:08: Dólar comercial (compra): +0,35%, cotado a R$ 5,788.

Na sessão anterior…

Na última terça-feira, 19 de novembro, o dólar comercial (compra) fechou em alta de 0,36%, cotado a R$ 5,76.

O que influencia a moeda?

A guerra entre Rússia e Ucrânia têm pressionado o dólar com prêmios de risco, enquanto o mercado de câmbio aguarda o anúncio do pacote fiscal do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

A demora gera incerteza, o que afeta o câmbio, que tende a reagir conforme a robustez do pacote: um plano amplo pode valorizar o real e reduzir a curva de juros futuros, já um pacote tímido teria o efeito oposto.

Apesar das expectativas, o governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve reafirmar seu compromisso com o novo arcabouço fiscal.

Brasil

Nesta quinta-feira (21), o mercado financeiro local acompanha a divulgação da arrecadação federal de outubro, pela Receita Federal.

A divulgação do fluxo cambial da semana também vai ser acompanhado.

Além disso, investidores observam a coletiva com o diretor do Banco Central (BC), Ailton de Aquino, sobre Relatório de Estabilidade Financeira.

Corte de gastos

O governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fechou um acordo com o Ministério da Defesa para implementar cortes na previdência dos militares, e, com isso, destravou a última pendência do pacote fiscal proposto pelo Ministério da Fazenda.

Entre as mudanças estão a criação de idade mínima de 55 anos para aposentadoria, o fim da “morte fictícia” (com substituição por auxílio-reclusão), a restrição de concessões sucessivas de pensão e o aumento da contribuição para o Fundo de Saúde a 3,5% até 2026.

Essas medidas, articuladas para melhorar a credibilidade fiscal do país, ocorrem em meio a tensões com as Forças Armadas, agravadas por prisões de militares suspeitos de envolvimento em complôs golpistas.

O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, destacou que os envolvidos não representam a instituição e defendeu a punição dos culpados.

Além disso, o tenente-coronel Mauro Cid vai ser ouvido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quinta-feira (21), com possibilidade de novas revelações no inquérito.

Brasil e China

O Brasil e a China firmaram trinta e sete acordos bilaterais durante a visita do presidente Xi Jinping a Brasília, em reforço a parceria comercial entre os dois países.

A China abriu mercado para uvas e café brasileiros, com potencial de gerar até US$ 500 milhões anuais.

Também foi firmado um acordo com a empresa chinesa SpaceSail para internet de alta velocidade via satélite.

Contudo, o Brasil optou por não aderir ao programa chinês Nova Rota da Seda, e limitou-se a um protocolo de sinergias, em uma tentativa de equilibrar sua relação com os Estados Unidos.

EUA

Nesta quinta-feira (21), o mercado norte-americano observa o volume de pedidos de auxílio-desemprego na semana.

Além disso, monitora falas de dirigentes do Federal Reserve (FED). Dessa vez, Beth Hammack e Austan Goolsbee.

Ásia

China – Sem surpresas, as principais taxas de juros de referência da China foram mantidas estáveis nesta última quarta-feira (20).

A LPR de 1 ano continuou em 3,10% e de 5 anos, em 3,6%. Em outubro, o Banco Popular da China (PBoC) havia reduzido as taxas, como parte do pacote de estímulo.

Segundo analistas, as preocupações em torno da estabilidade do yuan, que tem estado sob pressão no contexto da vitória eleitoral de Donald Trump, representam um obstáculo aos esforços de flexibilização por Pequim.

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