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ATUALIZAÇÕES DA COTAÇÃO DO DÓLAR:
- – 9:19: Dólar comercial (compra): +0,56%, cotado a R$ 5,787.
No último pregão…
Na última segunda-feira (24), o dólar comercial (compra) fechou em alta de 0,43%, cotado a R$ 5,755.
O que influencia o dólar?
O dólar tende a ser influenciado por dados da inflação do Brasil nesta terça-feira (25), uma vez que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo -15 (IPCA-15) de fevereiro.
Esse dado foi divulgado antes dos números de criação de empregos formais no Brasil, e ambos despontam como cruciais para o mercado financeiro formar expectativas sobre o destino da política monetária do Banco Central (BC).
Com juros elevados ou até mesmo um novo aumento esperado para março, o real pode se valorizar, já que taxas mais altas tendem a atrair investidores estrangeiros em busca de rendimentos mais atrativos.
No entanto, a fala do secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, sobre um possível ajuste fiscal em 2025 gera incerteza no mercado financeiro, o que pode pressionar o dólar para cima, pois investidores costumam reagir negativamente a dúvidas sobre a sustentabilidade das contas públicas.
Outro fator de peso diz respeito ao cenário internacional.
A indefinição sobre as tarifas do governo de Donald Trump, nos EUA, adiciona riscos para o comércio global, o que pode impactar moedas emergentes como o real.
Brasil
Nesta terça-feira (25), o mercado financeiro local observa o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15) de fevereiro, a ser divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Além disso, investidores monitoram a participação de Fernando Haddad (PT-SP), ministro da Fazenda, em evento do BTG Pactual, às 9:00, assim como a participação de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em evento com a ministra da Saúde, Nísia Trindade, no Palácio do Planalto, às 11:00.
Em busca da popularidade perdida
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou, na última segunda-feira (24), em cadeia de rádio e televisão, o pagamento de R$ 1.000 aos jovens do programa Pé-de-Meia e a gratuidade total de remédios na Farmácia Popular.
O anúncio reforçou a percepção de que o governo busca recuperar apoio popular.
Em meio a isso, a preocupação fiscal aumentou com a notícia de uma Medida Provisória (MP) que vai liberar o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para trabalhadores demitidos no saque-aniversário, somada à expectativa de forte geração de empregos no CAGED.
As projeções indicam a criação de 50.500 vagas formais em janeiro.
No entanto, o ministro Luiz Marinho (PT-SP) antecipou um número superior a 100 mil, o que afasta sinais de desaquecimento do mercado de trabalho.
Outro tema relevante, a reapresentação do projeto de lei (PL) que diz respeito à reformulação do programa social Auxílio Gás deve ser encaminhada ao Congresso Nacional após o feriado de Carnaval.
O Tribunal de Contas da União (TCU) monitora o tema, que envolve a promessa de “gás de graça” para 22 milhões de famílias.
A ampliação do Auxílio Gás de 5,42 milhões para 20 milhões de famílias até 2025 deve custar R$ 13,6 bilhões, mas o Orçamento prevê apenas R$ 600 milhões para o programa.
O projeto propõe que empresas de petróleo repassem à Caixa Econômica Federal (CEF) valores equivalentes à comercialização do excedente do pré-sal, e, com isso, reduzir as receitas da União. O Ministério da Fazenda estuda ajustes na proposta.
Após o Carnaval, deve ser editada uma MP para ampliar o crédito consignado privado, atualmente restrito a aposentados e funcionários públicos, de modo a permitir juros mais baixos ao longo do tempo.
Haddad reforçou que a nova linha de crédito pode ter taxas abaixo da metade dos juros atuais, enquanto o governo avalia novos setores que podem receber crédito extraordinário.
O mercado financeiro, que celebrava a queda na popularidade de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), já esperava medidas populistas, que podem pressionar a inflação e exigir juros mais altos por mais tempo.
EUA
Nesta terça-feira (25), o mercado norte-americano monitora o Índice de Confiança do Consumidor de fevereiro. Além disso, observa Michael Barr e Tom Barkin, ambos dirigentes do Federal Reserve (Fed), em evento.
Europa
Alemanha – O Produto Interno Bruto (PIB) da Alemanha caiu 0,2% no quarto trimestre de 2024 em relação ao trimestre anterior e ao mesmo período de 2023, segundo o Destatis.
No acumulado do ano, a economia encolheu 0,2%, o mesmo que o apontado em estimativas preliminares.