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ATUALIZAÇÕES DA COTAÇÃO DO DÓLAR:
- Fechamento: Dólar comercial (compra): +0,83%, cotado a R$ 5,802.
- – 9:10: Dólar comercial (compra): -0,25%, cotado a R$ 5,740.
No último pregão…
Na última terça-feira (24), o dólar comercial (compra) fechou em alta de 0,43%, cotado a R$ 5,755.
O que influencia o dólar?
Esse dado pode levar o Banco Central (BC) a manter os juros elevados, o que torna o real mais atrativo para investidores estrangeiros.
Nos Estados Unidos (EUA), fatores como as tarifas do governo do republicano Donald Trump, cortes de impostos e repressão à imigração elevam a incerteza econômica.
A queda da confiança do consumidor para o menor nível em três anos e meio sugere fragilidade na economia.
O movimento impulsiona apostas de que o Federal Reserve (Fed) vai cortar juros apenas em setembro, o que tende a enfraquecer o dólar globalmente.
Além disso, as negociações de paz na Ucrânia e as tarifas contra Canadá e México podem impactar o apetite por risco e a cotação do dólar.
Brasil
Nesta quarta-feira (26), o mercado financeiro local observa o relatório Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) de janeiro, a ser divulgado pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
Além disso, o Tesouro Nacional divulga o relatório mensal da dívida pública do mês de fevereiro.
Impopularidade de Lula
As incertezas sobre gastos e em relação ao cumprimento do Orçamento pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) impacta diretamente a popularidade do presidente.
A avaliação negativa de Lula subiu para 44% na pesquisa CNT/MDA, um aumento de 13,0 pontos percentuais desde novembro.
O dólar, que chegou a R$ 5,80, recuou um pouco.
O mercado havia reagido mal ao pronunciamento de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em cadeia nacional, quando ele anunciou a liberação de verbas para programas sociais sem previsão no Orçamento.
i. A Medida Provisória (MP) do saque-aniversário do Fundo de Garantia pelo Tempo de Serviço (FGTS) preocupa economistas, pois pode aumentar o consumo e dificultar o controle da inflação. O Banco Central (BC) busca conter os preços e evitar pressões adicionais.
ii. O crédito consignado privado segue a mesma direção e deve ser anunciado após o Carnaval.
iii. O governo pretende ainda enviar ao Congresso Nacional o projeto de lei (PL) para isenção do Imposto de Renda (IR) para quem ganha até R$ 5 mil.
iv. Além disso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não desistiu de conter a inflação dos alimentos. Ele promoveu uma reunião polêmica para discutir medidas como limitar exportações e reduzir tarifas de importação.
Especulava-se que o ministro Carlos Fávaro (PSD-MT) poderia deixar o Ministério da Agricultura caso essas ideias avançassem. No entanto, elas foram descartadas pelo próprio presidente.
Os ministérios da Fazenda e do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) se opuseram às propostas da Casa Civil e do Ministério do Desenvolvimento Agrário. No fim, Lula optou por adiar a definição das medidas.
Existe a previsão de que a discussão sobre os preços dos alimentos vai continuar após o Carnaval. Uma reunião com exportadores foi marcada para quinta-feira (27), na Casa Civil, com o ministro Rui Costa (PT-BA).
EUA
Nesta quarta-feira (26), o mercado norte-americano monitora o discurso de dirigentes do Federal Reserve (FED). Dessa vez, falarão Tom Barkin e Raphael Bostic.
Donald Trump
A confiança do consumidor americano caiu, e a declaração de Donald Trump sobre tarifas para Canadá e México aumentou a busca por segurança nos mercados.
Pouco depois, Peter Navarro, conselheiro do governo Donald Trump, afirmou que as tarifas ainda estão em negociação e somente serão aplicadas se não houver progresso nas conversas.
A presidente do México, Claudia Sheinbaum, disse esperar um acordo com os Estados Unidos (EUA) até 4 de março, e reduziu incertezas comerciais.
Trump ordenou uma investigação sobre novas tarifas para importações de cobre, para fortalecer a produção nacional desse metal estratégico.
Negociações com Volodymyr Zelensky
Na geopolítica, Trump avançou nas negociações com Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia, que viaja a Washington após o presidente abrir mão de US$ 500 bilhões em receitas minerais.
Em Kiev, autoridades ucranianas afirmaram estar prontas para assinar um acordo esperado com os EUA, em reforço a cooperação entre os países.
Orçamento nos EUA
A Câmara norte-americana aprovou, por duzentos e dezessete a duzentos e quinze votos, um projeto orçamentário republicano com US$ 4,50 trilhões em cortes de impostos e US$ 2 trilhões em redução de gastos.
A proposta segue para o Senado norte-americano, igualmente controlado pelos republicanos, onde os cortes de impostos podem ser ampliados.