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ATUALIZAÇÕES DA COTAÇÃO DO DÓLAR:
- – 9:16: Dólar comercial (compra): +0,33%, cotado a R$ 5,821.
No último pregão…
Na última quarta-feira (26), o dólar comercial (compra) fechou em alta de 0,83%, cotado a R$ 5,802.
O que influencia o dólar?
A instabilidade política gerada pelos rumores de mudança de ministros no governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a queda de sua popularidade aumentam o temor de medidas expansionistas.
Tais políticas são consideradas “gastos” pelo mercado financeiro e despertam medo sobre comprometer o equilíbrio fiscal, o que reduz a confiança dos investidores e pode pressionar o câmbio para cima.
Por outro lado, o forte crescimento do emprego formal, mostrado pelo CAGED, sugere um mercado de trabalho aquecido, o que pode alimentar a inflação.
Se a inflação subir, o Banco Central (BC) pode precisar manter a taxa básica de juros Selic elevada por mais tempo.
Em teoria, juros altos atraem capital estrangeiro, o que fortalece o real, mas a reação imediata do mercado financeiro nem sempre segue essa lógica, pois o contexto de risco político pesa mais no curto prazo.
Além disso, o cenário externo também adiciona incerteza, com o Índice de Preços para Despesas com Consumo Pessoal (PCE) de inflação nos Estados Unidos (EUA), dado crucial para o Federal Reserve (Fed), a ser divulgado na próxima sexta-feira (28).
Se o PCE vir acima do esperado, o Federal Reserve (FED) pode adiar os cortes de juros, e, assim, fortalecer o dólar globalmente.
Ainda mais, com a dura política de Donald Trump sobre tarifas comerciais, pode gerar estagflação nos EUA. Isso afetaria a economia global e, consequentemente, o comportamento do câmbio em diversos países, como o Brasil.
Brasil
Nesta quinta-feira (27), o mercado financeiro local observa o desemprego pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua do trimestre encerrado em janeiro, a ser divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Além disso, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) informa o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) e o Banco Central (BC) apresenta o déficit na conta corrente em janeiro.
Às 14:30, o Tesouro Nacional informa os resultados fiscais do Governo Central.
Balanços
Antes da abertura dos mercados, nesta quinta-feira (27), a Embraer (EMBR3), Fleury (FLRY3) e Localiza (RENT3) informam seus números financeiros referentes ao 4° trimestre.
Em queda livre
O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) enfrenta um momento de fragilidade, e a queda na aprovação de Lula preocupa o bloco parlamentar Centrão.
Analistas políticos indicam que caso o presidente não reverta esse cenário rapidamente, um desembarque em massa pode ocorrer.
A pesquisa Quaest, encomendada pela Genial Investimentos, divulgada na última quarta-feira (26), confirmou tendências anteriores e apontou um aumento expressivo na reprovação do presidente da República.
Na Bahia (BA) e em Pernambuco (PE), regiões historicamente pró-PT, os índices de reprovação subiram significativamente – de 33,00% para 51,00% na Bahia, por exemplo.
Além disso, o levantamento analisou o cenário eleitoral de 2026. De acordo com a Quaest, Lula perderia para adversários da direita em pelo menos cinco dos oito Estados pesquisados.
Petrobras (PETR3)(PETR4)
A Petrobras (PETR4) viu suas ADRs despencarem no after hours em Nova York, após informa seu balanço financeiro do 4° trimestre na última quarta-feira (26).
A queda de 7,12% do ADR sinaliza que esta vai ser uma longa quinta-feira para as ações da companhia na B3.
Esse reação acontece ao prejuízo de US$ 2,78 bilhões que a estatal registrou no 4º trimestre, em contrariedade às expectativas de lucros de US$ 2,8 bilhões apontada por analistas do mercado.
O EBITDA (lucro antes juros e amortizações) ficou 31,8% abaixo do esperado, enquanto apenas a receita veio em linha com as projeções.
O prejuízo de R$ 17,0 bilhões reverteu o lucro de R$ 31,0 bilhões no mesmo período de 2023.
No ano, o lucro líquido caiu para R$ 36,6 bilhões, uma retração de 70,6% em relação a 2023. A Petrobras atribuiu a queda ao efeito da variação cambial nas dívidas externas.
A empresa também citou a redução de 2% no preço do barril de petróleo e a queda de 39% nas margens do diesel como fatores que impactaram o resultado.
O conselho de administração aprovou o pagamento de R$ 9,10 bilhões em dividendos ordinários, mas não vai haver distribuição de dividendos extraordinários referentes ao período.
EUA
Nesta quinta-feira (27), o mercado norte-americano observa a revisão do Produto Interno Bruto (PIB) do 4° trimestre.
Além disso, investidores monitorarão o volume de pedidos semanais de auxílio-desemprego.
Wall Street e o mundo observam discursos de dirigentes do Federal Reserve (Fed) acontecem nesta quinta-feira (27).
Dessa vez, falarão Beth Hammack, Jeffrey Schmid, Michael Barr, Michelle Bowman e Patrick Harker.
Tensão comercial
A reunião entre Kaja Kallas, chefe de política externa da União Europeia (UE), e Marco Rubio, secretário de Estado dos EUA, foi cancelada após o presidente Donald Trump ameaçar impor tarifas de 25%.
A Comissão Europeia afirmou que vai reagir com firmeza contra barreiras comerciais injustificadas e destacou a importância do mercado livre da UE para os EUA.
Balanço da Nvidia (NVDC34)
A gigante de semicondutores, Nvidia (NVDC34), superou expectativas no 4º trimestre, com lucro, receita e projeções acima do esperado.
No entanto, seu ADR caiu 1,5% no after hours, o que reflete exigências do mercado financeiro por estimativas ainda mais fortes.
Incertezas sobre as exportações de chips no governo Donald Trump pesam sobre os investidores.
A Nvidia (NVDC34) registrou lucro líquido de US$ 22 bilhões, um aumento de 80% em relação ao ano anterior, com lucro por ação de US$ 0,88, acima da previsão de US$ 0,80.
A receita de US$ 39,34 bilhões superou a estimativa de US$ 38,10 bilhões.
Para o 1º trimestre do ano fiscal de 2026, a empresa projeta receitas de US$ 43,0 bilhões, acima dos US$ 42,06 bilhões esperados.