ATUALIZAÇÕES:
- 9:12: Dólar comercial (compra): -0,01%, cotado a R$ 5,507.
O dólar comercial (compra) encerrou esta sexta-feira (28) em alta de 1,52%, cotado a R$ 5,59.
A moeda norte-americana chega ao último pregão de junho com uma alta acumulada de quase 5,00% em junho. No ano, já se valorizou em aproximadamente 14,00%.
Brasil
Nesta sexta-feira (28), o mercado financeiro local observa o resultado consolidado do setor público, a ser divulgado pelo Banco Central (BC), e números da PNAD Contínua, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e relativos ao mês de maio.
O que disse Lula
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) declarou que “sempre existe o que cortar no Orçamento” e que “por mais que a gente queira fazer política social, não se pode jogar dinheiro fora”.
De acordo com o mandatário, benefícios serão concedidos apenas a usuários que têm direito e que o governo promove um “pente-fino” nos ministérios.
O político disse ainda que quer fazer “o jogo combinado com [Rodrigo] Pacheco, [presidente do Congresso Nacional e do Senado Federal]”, a quem prometeu solução para a dívida dos Estados (e de Minas Gerais, especialmente).
As falas abrandaram os desafios fiscais e ajustaram a zero a pressão exercida pela moeda norte-americana após uma máxima de R$ 5,54 ao longo do dia.
Em recado direto à Faria Lima, o presidente condenou as “muitas pessoas que querem viver de especulação” no mercado financeiro e avisou que quem apostar na alta do dólar contra o real vai “quebrar a cara” e “perder dinheiro”.
Outras influências
Houve uma melhora do peso mexicano e das moedas latino-americanas como um todo após o Banco Central do México reiterar os juros em 11,00%.
As negociações com o dólar são influenciadas ainda pela disputa da PTAX, a ser decidida nesta sexta-feira (28).
E, ainda, o mercado de trabalho formal registrou um saldo positivo de 131,8 mil carteiras assinadas em maio, de acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED).
A criação de vagas em maio foi puxada pelo setor de serviços.
Os números são revelados no mesmo dia em que o Relatório Trimestral de Inflação (RTI) traz o aumento da projeção de crescimento do setor de serviços de 2,0% para 2,4% em 2024.
Fitch
A agência de classificação de risco Fitch Ratings reafirmou a nota BB para o Brasil, com a perspectiva estável.
O rating foi apoiado por economia grande e diversa, alta renda per capita, mercados arraigados e baixa dívida em moeda estrangeira.
A classificação foi contida por um crescimento potencial fraco, uma governança baixa e por uma crescente relação entre a dívida e o Produto Interno Bruto (PIB).
A agência projeta um déficit primário em 0,70% do PIB neste ano, que deve elevar a dívida pública bruta para 76,8%.
A Fitch citou a perspectiva “incerta” para a situação fiscal após o ano de 2024, e afirma que esse fator seria uma fonte de vulnerabilidade.
A agência ainda anota que mudanças legais em gastos obrigatórios podem ser necessárias, “sem o apoio claro no governo”.
Para o PIB, as projeções são de crescimento de 1,70% em 2024, de 2,10% em 2025 e de 2,00% em 2026.
EUA
Nos EUA, agentes e analistas do mercado financeiro digerem o Índice de Preços para Gastos de Consumo Pessoal (PCE, na sigla em inglês).
No âmbito político, correligionários do Partido Democrata afirmam que o presidente Joe Biden não reúne condições para continuar sua campanha para a reeleição após o mau desempenho no debate com o ex-presidente republicano Donald Trump.
No País, estão previstos números do PMI (sigla em inglês para Índice de Gerentes de Compras) do ISM-Chicago e a Universidade de Michigan reporta dados de confiança do consumidor no mês de junho e as expectativas de inflação de um ano e de cinco anos.
Europa
François Villeroy de Galhau, dirigente do Banco Central Europeu (BCE), integra um painel com Michelle Bowman e Thomas Barkin, diretores do Federal Reserve (Fed), o Banco Central norte-americano.
França – A dois dias das eleições legislativas, a líder da extrema-direita Marine Le Pen questionou quem vai comandar no comando das Forças Armadas se o seu partido assumir o governo federal.
Reino Unido – O Produto Interno Bruto (PIB) do Reino Unido avançou 0,30% no primeiro trimestre de 2024, na comparação anual, informou o Instituto Nacional de Estatísticas do País (ONS, na sigla em inglês).
Analistas consultados pelo FactSec projetavam expansão de 0,20%.
Em relação ao trimestre anterior, o crescimento foi de 0,70%. Neste caso, o consenso da FactSect era de alta de 0,60%.
A leitura final da ONS confirma que o Reino Unido saiu da recessão, após a contração do PIB no terceiro e no quarto trimestres de 2023.
As informações são de Bom Dia Mercado, Dow Jones Newswires, O Estado de S.Paulo e Terra.