ATUALIZAÇÕES DA COTAÇÃO DO DÓLAR:
- – 17:00: Dólar comercial (compra): +0,92%, cotado a R$ 5,76.
- – 9:20: Dólar comercial (compra): +0,35%, cotado a R$ 5,729.
Na sessão anterior…
Na última segunda-feira, 28 de outubro, o dólar comercial (compra) fechou em alta de 0,06%, cotado a R$ 5,708.
O que influencia a moeda?
O mercado cambial tem monitorado a economia chinesa, que enfrenta desafios como a crise imobiliária, cortes de preços e custos e alto desemprego entre os jovens.
A possível taxa de 60% sobre produtos chineses proposta pelo ex-presidente e candidato do Partido Republicano, Donald Trump, pode agravar a situação.
No Brasil, Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central (BC), destacou a necessidade de ajuste no ritmo de cortes de juros, devido a pressões inflacionárias.
Com isso, um pacote fiscal pode fortalecer o real.
Além disso, por aqui, o mercado está atento à revisão de gastos do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT), vista como crucial para reduzir a pressão sobre o real e a curva de juros.
A ausência de um plano concreto mantém a cautela, com o dólar em torno de R$ 5,70.
Externamente, a possível vitória de Trump nas eleições americanas também gera especulações sobre protecionismo, o que poderia afetar moedas emergentes.
Brasil
Nesta terça-feira (29), o mercado financeiro local observa os dados de transações correntes de setembro, a ser divulgado pelo Banco Central (BC).
Estimativas indicavam um déficit de US$ 5 bilhões das transações correntes no mês, após rombo de US$ 6,58 bilhões em agosto.
Em setembro de 2024, o déficit em transações correntes acumulado em 12 meses atingiu US$ 45,8 bilhões, equivalentes a 2,070% do PIB.
Em setembro de 2024, o IDP acumulado em 12 meses atingiu US$ 70,70 bilhões, equivalentes a 3,20% do PIB.
O ingresso líquido de IDP totalizou US$ 5,2 bilhões em setembro de 2024, contra US$ 6,10 bilhões em agosto de 2024 e US$ 5,10 bilhões em setembro de 2023.
Além disso, monitora a confiança da indústria em outubro, com indicador da Fundação Getúlio Vargas (FGV), e observa a balança comercial semanal.
O Índice de Confiança da Indústria (ICI), do FGV-IBRE, caiu 0,60 ponto em outubro para 99,90 pontos.
Em médias móveis trimestrais, o índice recuou 0,6 ponto, após cinco altas consecutivas, para 100,70 pontos.
A participação de Campos Neto em painel no LIDE Brazil Conference vai ser observada de perto.
Revisão de gastos
Com o fim das eleições municipais, o mercado se atenta à revisão de gastos prometida pelo governo brasileiro. A medida passou a ser vista como crucial para reduzir a pressão sobre o real e a curva de juros.
Especialistas, como Eduardo Velho da Equador Investimentos, apontam que o mercado espera por um corte nos gastos que impacte o dólar.
Nesse sentido, o governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem sinalizado intenções positivas, mas a materialização dessas medidas seria fundamental para os ativos locais.
Silvio Cascione, da Eurasia, destacou o desafio fiscal brasileiro, enquanto Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central (BC), reforçou a necessidade de medidas que deem ao mercado sinais de estabilidade econômica.
EUA
Nesta terça-feira (29), o mercado norte-americano observa o relatório Jolts, com a abertura de vagas em setembro nos EUA.
Além disso, investidores observam os números do índice de confiança do consumidor medido pelo Conference Board em outubro.
Europa
Alemanha – A confiança do consumidor na Alemanha deve melhorar em novembro, impulsionada pela queda da inflação e aumentos salariais, embora o pessimismo econômico persista.
Segundo o GfK, o índice de confiança deve subir para -18,30 pontos, acima da projeção de -20,40 pontos, e, com isso, superar o dado revisado de outubro (-21,00 pontos).
O índice do GfK se baseia em dados atuais para prever a confiança do consumidor no mês seguinte.