Economia

DÓLAR HOJE - Payroll e dados da inflação no Brasil influenciam o câmbio

Moeda volta ao patamar de R$ 6,10 após dados de forte geração de empregos nos Estados Unidos

Dólar
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ATUALIZAÇÕES DA COTAÇÃO DO DÓLAR:

  • – 10:50: Dólar comercial (compra): +1,09%, cotado a R$ 6,107.
  • – 9:14: Dólar comercial (compra): +0,17%, cotado a R$ 6,051.

Na sessão anterior…

Na última quinta-feira, 9 de janeiro, o dólar comercial (compra) fechou em queda de 1,11%, cotado a R$ 6,041.

O que influencia o dólar?

A manutenção do dólar acima de R$ 6,00 no último pregão, mesmo em um dia de pouca liquidez com as bolsas inoperantes nos EUA, em razão do funeral do ex-presidente democrata Jimmy Carter, indica a influência de incertezas econômicas e de dados relevantes como o relatório Payroll, a ser divulgado nesta sexta-feira (10).

Esse relatório, ao apontar um mercado de trabalho aquecido, reforça a ideia de que o Federal Reserve (FED) poderia reduzir menos os juros neste ano, devido à persistência da inflação acima da meta de 2,00%.

Esse cenário sustenta a atratividade do dólar globalmente e pressiona outras moedas.

No Brasil, a moeda norte-americana elevada também afeta os preços internos, especialmente alimentos, o que se reflete na inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) referente ao mês de dezembro.

Com os juros brasileiros ainda em alta, existe uma tentativa de conter as pressões inflacionárias.

A taxa básica de juros Selic, com projeções de subida a mais 1% no final de janeiro, atrai fluxos de capital, mas a indefinição fiscal, agravada pelo recesso do Congresso Nacional, mantém um viés de incerteza.

Brasil

Nesta sexta-feira (10), o mercado financeiro local observa dados da inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de dezembro e o acumulado de 2024.

Os números, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontam que o teto da meta foi estourado em 0,33 p.p. para o ano de 2024. A inflação variou 0,52% no último mês do ano.

Lula e ministros debatem fim da checagem de fatos na Meta

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reúne com ministros, às 10:00 desta sexta-feira (10), para debater o fim da checagem de fatos nas plataformas da Meta (Facebook, Instagram e WhatsApp).

O presidente chamou de extremamente gravea decisão de Mark Zuckerberg, dono da Meta.

Enquanto isso, o ministro Fernando Haddad (PT-SP) desmentiu, por meio da conta oficial do do Ministério da Fazenda no Instagram, um vídeo manipulado por inteligência artificial (IA). Na peça, propostas do governo foram distorcidas e falsas intenções de taxação foram alegadas.

O ministro negou boatos sobre impostos no Pix, na compra de dólar e em animais de estimação. Haddad reiterou que apenas apostas serão tributadas.

Haddad destacou que fake news prejudicam a política, a democracia e o debate público, e, por consequência, causam danos significativos à sociedade.

A Advocacia-Geral da União (AGU) notificou o Facebook para remover o vídeo falso em 24 horas. O órgão alega violação das regras contra conteúdos ilegais e enganosos.

Reforma ministerial

O ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT-BA), afirmou que as mudanças na Esplanada dos Ministérios devem ocorrer antes da reunião ministerial prevista para o dia 21 de janeiro.

Em Brasília, existe consenso de que a reforma ministerial vai ser limitada. Espera-se poucas alterações significativas. O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), cotado para o Ministério da Defesa, defendeu a permanência de José Múcio Monteiro no comando da Pasta.

EUA

Nesta sexta-feira (10), o mercado norte-americano monitora o relatório Payroll de dezembro.

Estimativas apontavam que o relatório traria a criação de 150.000 empregos nos Estados Unidos em dezembro, o que sugeriaria uma acomodação após o pico de 227.000 vagas em novembro, causado por eventos excepcionais. Mas o País criou 256 mil novas vagas de empregos não-agrícolas.

O indicador vai ser monitorado de perto pelo mercado financeiro, pois tem sido frequentemente usado pelo Federal Reserve (FED) como termômetro para decisões de política monetária.

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