Com a recente vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais dos Estados Unidos, palestinos do Hamas, grupo que controla a Faixa de Gaza e está em conflito com Israel, se manifestaram sobre o impacto da vitória do magnata na política externa americana.
Apesar de reconhecerem que a eleição de Trump é uma questão interna dos Estados Unidos, membros do Hamas fizeram um apelo direto ao novo presidente, solicitando uma mudança na postura dos EUA em relação à Palestina.
Bassem Naeem, porta-voz do Hamas, declarou em entrevista ao site Metrópoles que a prioridade dos palestinos é uma “cessação imediata da agressão” contra o povo palestino, especialmente na Faixa de Gaza.
Naeem também reiterou o desejo dos palestinos de alcançar seus direitos legítimos à liberdade, independência e à criação de um estado soberano, com Jerusalém como sua capital.
“Esperamos que os Estados Unidos cessem o apoio cego à entidade sionista [Israel] e ao seu governo fascista, que tem prejudicado o futuro do nosso povo e a estabilidade da região”, afirmou o porta-voz.
Além disso, ele criticou o apoio contínuo dos EUA às ocupações israelenses em território palestino, exigindo que essa postura fosse revista.
Hamas e EUA
O Hamas já havia apresentado outras demandas ao novo governo dos EUA em uma declaração anterior, incluindo o fim do apoio à ocupação israelense e uma mudança na posição negativa do governo dos EUA em relação à causa palestina.
Contudo, com o histórico de Trump em relação a Israel, incluindo o reconhecimento de Jerusalém como capital israelense e a mudança na política de apoio, muitos especialistas acreditam que a política externa de Trump em relação a Israel permanecerá sólida e possivelmente ainda mais forte do que durante o governo Biden.
Isso indica que, embora os apelos do Hamas possam ecoar, é improvável que a administração de Trump altere significativamente seu alinhamento com Israel.