O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta segunda-feira (20) que o Brasil e a América Latina são mais dependentes dos Estados Unidos (EUA) do que o contrário.
A declaração foi feita no Salão Oval da Casa Branca enquanto o republicano assinava os primeiros decretos de seu novo mandato.
A relação com a América Latina
Questionado pela repórter da Rede Globo, Raquel Krähenbühl, sobre um possível diálogo com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e as perspectivas para a relação com o Brasil e a América Latina, Trump foi categórico:
“Relação excelente. Eles precisam de nós, muito mais do que nós precisamos deles. Não precisamos deles. Eles precisam de nós. Todos precisam de nós”, declarou o presidente.
Lula busca relações diplomáticas com Trump sem conflitos
Mais cedo, o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), comentou sobre a gestão de Trump, destacando sua torcida por uma administração produtiva.
“Tem gente que fala que a eleição do Trump pode causar problema na democracia mundial. O Trump foi eleito para governar os EUA e eu, como presidente do Brasil, torço para que ele faça uma gestão profícua para que o povo americano melhore e para que os americanos continuem a ser histórico”, disse Lula.
O líder brasileiro ressaltou a intenção de manter relações pacíficas com todos os países.
“Da nossa parte, não queremos briga. Nem com a Venezuela, nem com os americanos, nem com a China, nem com a Índia e nem com a Rússia.”
Trump retorna à Casa Branca e instaura medidas polêmicas
Donald Trump foi empossado na segunda-feira (20) como o 47º presidente dos Estados Unidos (EUA), e prometeu retomar a grandeza do País. Logo após a cerimônia, ele assinou uma série de decretos que refletem sua agenda nacionalista e protecionista.
Entre as primeiras ações, Trump concedeu perdão presidencial a 1.500 acusados de envolvimento no ataque ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021, e prometeu que os presos seriam libertados na próxima segunda-feira, 27 de janeiro.
Políticas de Biden já foram desfeitas
Trump também anunciou a reversão de setenta e nove medidas implementadas pelo ex-presidente democrata Joe Biden, como regulações climáticas e políticas de imigração. Ele declarou emergência na fronteira com o México e autorizou o envio de tropas para conter a entrada de imigrantes ilegais.
“Vamos expulsar todos que entrarem de forma ilegal”, afirmou Trump. Ele complementou com a proposta de renomear o Golfo do México como “Golfo da América” e classificar cartéis mexicanos como organizações terroristas.
“Era de ouro” dos EUA: discurso de Trump se adequa ao nacionalismo, com planos de expansão
Em seu discurso de posse, Trump anunciou o início de uma “era de ouro” para os Estados Unidos. Ele prometeu restaurar a soberania nacional, ampliar o território americano e priorizar a prosperidade econômica.
“A era de ouro dos Estados Unidos começa neste momento. Seremos uma nação rica de novo.”