Eleições EUA

Trump diz que esta será “última eleição dos EUA” se Kamala vencer

Em discurso em Wisconsin, Trump alertou sobre as consequências das políticas econômicas e de imigração sob um governo democrata

Da esquerda para a direita: vice-presidente democrata Kamala Harris e ex-presidente republicano Donald Trump, candidatos à presidência dos EUA nas eleições de 2024
Da esquerda para a direita: vice-presidente democrata Kamala Harris e ex-presidente republicano Donald Trump, candidatos à presidência dos EUA nas eleições de 2024 | Reprodução: CNN

O ex-presidente dos Estados Unidos e atual candidato republicano à Presidência, Donald Trump, afirmou neste domingo (6) que as eleições de 2024 podem ser as últimas do país caso a candidata democrata Kamala Harris vença.

O comentário foi feito em um comício em Wisconsin, onde Trump voltou a criticar as políticas dos democratas e alertou para as graves consequências de uma possível vitória de Harris.

Durante o discurso, Trump destacou que a reeleição de um governo democrata poderia causar danos irreversíveis ao país, principalmente no que diz respeito à economia e à imigração.

Ele insinuou que um futuro governo democrata poderia minar o sistema eleitoral dos EUA. “Algumas pessoas dizem que nunca mais haverá eleições”, declarou Trump, enfatizando que “conseguia ver isso” como uma possibilidade.

Essas falas ecoam declarações anteriores do ex-presidente. Em julho, Trump disse a um grupo de cristãos conservadores que, se ele vencesse, “não precisariam mais votar em quatro anos”, porque, segundo ele, consertaria o país de forma tão eficaz que novas eleições seriam desnecessárias.

A diferença agora é que Trump coloca a responsabilidade em um eventual governo de Kamala Harris, sugerindo que sua vitória poderia prejudicar o processo democrático americano.

Elon Musk reforça o alerta

O bilionário Elon Musk, que esteve presente em um comício de Trump no sábado (5), fez comentários semelhantes.

Ele declarou que se os eleitores não votarem no candidato republicano, esta poderá ser “a última eleição” dos EUA. Musk e Trump têm estreitado sua relação nos últimos meses, com Musk frequentemente apoiando as posições políticas e econômicas defendidas por Trump.

Retórica familiar

Não é a primeira vez que Donald Trump usa uma retórica apocalíptica para mobilizar seu eleitorado.

Durante sua primeira campanha em 2016, ele frequentemente alertava que o país estaria “em declínio” sob a liderança dos democratas. Agora, Trump retorna ao mesmo tom, mas com uma ênfase maior na possível destruição do processo eleitoral americano.

Para muitos críticos, os comentários de Trump fazem parte de uma estratégia política de longo prazo que visa minar a confiança dos eleitores no sistema eleitoral, algo que ele já tentou fazer nas eleições de 2020, alegando, sem provas, fraudes generalizadas que levaram à sua derrota.

Consequências da vitória democrata

Trump também aproveitou a ocasião para criticar diretamente as políticas de Kamala Harris, sugerindo que seu governo agravaria a crise na fronteira e implementaria políticas econômicas que “quebrariam o país”.

Segundo ele, quatro anos de gestão democrata significariam que os EUA “jamais se recuperariam”. Ele alertou seus eleitores sobre a importância do voto para evitar esse cenário catastrófico.

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