O governo Lula quer que sua compra fique mais barata. De acordo com o ministro da Casa Civil, Rui Costa, na quarta-feira (22), serão adotadas medidas para combater a alta dos preços dos alimentos nos supermercados.
O plano inclui reuniões entre os ministérios da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e Fazenda, com o intuito de elaborar um conjunto de intervenções que garanta o barateamento de produtos essenciais para a população.
Por que os alimentos estão mais caros?
A alta dos preços, que preocupa o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e toda população brasileira, foi atribuída a eventos climáticos extremos ao longo de 2024.
Secas severas e chuvas intensas comprometeram a produção agrícola, o que resultou em desequilíbrios de oferta e demanda.
“Tivemos forte seca em muitas regiões. Em outras, muita chuva. Em algumas regiões tivemos as duas coisas”, explicou Costa.
Assim, produtos como o arroz foram especialmente impactados, com perdas em regiões produtoras como no Rio Grande do Sul após enchentes em maio de 2024.
Ainda no ano passado, o governo tentou intervir por meio de importações de arroz via leilões, mas a medida enfrentou resistência de produtores e foi suspensa devido a suspeitas de irregularidades.
Apesar disso, Rui Costa destacou que as previsões para a próxima safra são mais otimistas e que essas colheitas poderão contribuir para a redução dos preços em 2025.
“Mas a expectativa nossa é que a safra agora seja muito melhor, de vários produtos, e isso deve contribuir para o barateamento dos alimentos”, concluiu.
Combate à inflação
Em 2024, a inflação oficial do país fechou em 4,83%, acima do teto da meta, que era de 4,5%.
Para 2025, a meta permanece a mesma, mas o mercado já projeta uma inflação de 5,08%, o que poderia resultar no segundo ano consecutivo de estouro da meta. Isso afeta também o valor dos alimentos no Brasil.
Diante disso, o presidente Lula destacou a necessidade de “colocar comida barata na mesa do trabalhador” como prioridade.
O governo pretende implementar as primeiras medidas contra a alta de preços ainda no primeiro bimestre de 2025.
Como Lula pretende deixar a energia elétrica e alimentos mais baratos?
Outra questão que influencia bastante para o orçamento das famílias, além dos alimentos, é a tarifa de energia elétrica. E por isso, o governo Lula também procura menos variações nas tarifas de energia nesse novo ano.
Para não haver grandes surpresas, a ideia é analisar e ‘prever’ eventos climáticos adversos.
O diretor-presidente da Aneel, Sandoval Feitosa, indicou uma “perspectiva favorável” para 2025, graças às chuvas nos principais reservatórios do país.
O ano começou com bandeira verde, que não implica cobranças adicionais, diferentemente da bandeira vermelha, que adiciona R$ 7,877 a cada 100 kWh consumidos.
Apesar do otimismo, Feitosa alertou para possíveis oscilações no período seco, que começa em maio. No entanto, a expectativa é que a previsibilidade tarifária seja maior em 2025.