
A produção industrial brasileira apresentou variação nula (0,0%) na passagem de dezembro para janeiro, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados nesta terça-feira (18).
Apesar da estabilidade no resultado nacional, oito dos 15 estados analisados registraram crescimento no período, com destaque para o Ceará, que avançou 7,9%, recuperando parte das perdas acumuladas no final de 2024.
Estados como São Paulo (2,4%), Rio de Janeiro (2,3%) e Bahia (2,0%) também mostraram expansão no mês. Em contrapartida, Pernambuco sofreu um forte tombo de -22,3%, a maior queda entre os estados pesquisados, seguido pela Região Nordeste (-4,0%) e Pará (-3,9%).
Tendência de queda
O índice de média móvel trimestral caiu -0,3%, mantendo a trajetória de retração observada em dezembro de 2024 (-0,4%).
Entre os estados, dez tiveram resultados negativos, com destaque para Pernambuco (-5,8%), Mato Grosso (-2,8%), Espírito Santo (-2,4%) e Pará (-2,2%).
Já Amazonas (2,2%), Bahia (1,4%) e Rio de Janeiro (0,9%) foram os que mais avançaram no período.
Comparação anual
Na comparação com janeiro de 2024, a produção industrial cresceu 1,4%, impulsionada por aumentos expressivos em Santa Catarina (8,6%) e Rio Grande do Sul (8,1%).
O crescimento nesses estados foi impulsionado pela indústria de alimentos, máquinas e equipamentos, madeira e setor químico.
A Bahia também registrou um avanço acima da média nacional, com 4,3%. Outros estados que cresceram no período foram Pará (0,9%), Mato Grosso (0,9%), Paraná (0,7%), São Paulo (0,5%), Goiás (0,2%) e Ceará (0,1%).
Por outro lado, alguns estados sofreram quedas expressivas, com destaque para Pernambuco (-15,6%), Rio Grande do Norte (-15,4%) e Maranhão (-11,4%), impactados pela retração nos setores de petróleo, biocombustíveis e indústrias extrativas.