Indicadores Econômicos

IPCA-15: prévia da inflação fica em 0,54% em outubro, diz IBGE

Para comparação, em outubro de 2023, a taxa do IPCA-15 foi de apenas 0,21%

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A prévia da inflação de outubro registrou um aumento de 0,54%, apontou o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15(IPCA-15), que foi divulgado nesta quinta-feira, dia 24, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O grupo Habitação apresentou o maior impacto positivo, com uma variação de 1,72% e um impacto de 0,26 pontos percentuais (p.p.) no índice.

No acumulado do ano, o IPCA-15 apresenta uma alta de 3,71%, enquanto nos últimos doze meses, a variação atinge 4,47%, e supera os 4,12% observados nos doze meses anteriores.

Para comparação, em outubro de 2023, a taxa do IPCA-15 foi de apenas 0,21%.

Análise de variação pelos grupos

Com exceção do grupo Transportes, que registrou uma queda de 0,33%, todos os outros oito grupos de produtos e serviços pesquisados apresentaram aumento em outubro.

O grupo Habitação, com seu desempenho destacado, foi responsável pela maior variação, e acelerou em relação ao resultado de setembro, que foi de 0,50%.

Os grupos de Alimentação e Bebidas (com variação de 0,87% e impacto de 0,18 p.p.) e Saúde e Cuidados Pessoais (com 0,49% e impacto de 0,07 p.p.) completam o ranking das três maiores variações deste mês.

Um fator importante foi o aumento de 5,29% nos preços da energia elétrica residencial, que impactou positivamente o grupo Habitação com 0,21 p.p.

Essa elevação está relacionada à bandeira tarifária vermelha, que passou a vigorar em 1º de outubro, refletindo na alteração dos preços de setembro para outubro.

IPCA-15: Preços de Energia e Gás

Além da energia elétrica, o gás de botijão registrou um aumento significativo de 2,17%, e contribuiu com 0,03 p.p. para o grupo Habitação.

Esses fatores foram determinantes para a alta geral no índice.

Comportamento dos preços de alimentos

O grupo de Alimentação e Bebidas viu uma alta na alimentação no domicílio de 0,95% em outubro, após três meses consecutivos de queda nos preços.

Entre os itens que mais impactaram o grupo, destacam-se o contrafilé, que subiu 5,42%, o café moído com 4,58%, e o leite longa vida, que aumentou 2,00%.

Por outro lado, houve quedas expressivas em itens como a cebola (-14,93%), o mamão (-11,31%) e a batata-inglesa (-6,69%).

A alimentação fora do domicílio também mostrou um aumento considerável, de 0,22% em setembro para 0,66% em outubro.

Esse movimento pode ser atribuído ao aumento nos preços das refeições, que subiram de 0,22% para 0,70%, e dos lanches, que passaram de 0,20% para 0,76%.

IPCA-15: Saúde e Cuidados Pessoais

No segmento de Saúde e Cuidados Pessoais, que registrou uma variação de 0,49%, o subitem referente aos planos de saúde subiu 0,53%.

Essa alta deve-se aos reajustes autorizados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) para os planos contratados antes da Lei Nº 9.656/98, com vigência retroativa desde julho.

Queda nos Transportes

O grupo de Transportes foi o único a registrar uma queda em outubro, influenciado principalmente pelas passagens aéreas, que caíram 11,40%, que contribuiu com -0,08 p.p. para o índice.

Outros itens, como o ônibus urbano (-2,49%), trem (-1,59%) e metrô (-1,28%), também impactaram negativamente o grupo, especialmente devido à gratuidade das passagens no dia das eleições municipais, em 6 de outubro.

IPCA-15: Preços dos combustíveis

No que diz respeito aos combustíveis, observou-se uma leve queda de -0,01%.

O gás veicular apresentou uma redução de -0,71%, enquanto o óleo diesel caiu -0,23%.

O etanol, por sua vez, subiu 0,02%, e a gasolina permaneceu estável, sem variação de preço.

Análise por região

Em relação aos índices regionais, todas as áreas pesquisadas mostraram alta em outubro.

Goiânia foi a cidade com a maior variação, atingindo 1,07%, impulsionada pelo aumento da energia elétrica residencial (6,51%) e da gasolina (5,94%).

Em contrapartida, Porto Alegre apresentou o menor resultado, com apenas 0,17%, influenciado pela queda significativa nos preços das passagens aéreas, que recuaram -17,16%.

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