Golpes do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) estão circulando entre os segurados.
Criminosos estão se passando por advogados contratados para requerer a revisão de benefícios do INSS e estão pedindo pagamentos via PIX a fim de liberar os atrasados de aposentadorias e pensões.
A fraude acabou surgindo logo após a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que declarou constitucional a revisão da vida toda, com o intuito de que os aposentados recebam uma correção no valor do benefício.
O golpe: como funciona?
Os criminosos criam contas falsas no WhatsApp, usando fotos de advogados reais que são contratados pelos aposentados para pedir a revisão no INSS.
A mensagem enviada exige um pagamento via PIX para liberar o novo valor do benefício e o pagamento retroativo de até cinco anos de diferença.
É importante frisar que o INSS não cobra taxas para liberar o pagamento retroativo. Os honorários do advogado, caso existam, são pagos somente depois que o INSS deposita a diferença na conta do aposentado.
Portanto, a solicitação de pagamento antecipado via PIX é uma tentativa clara de golpe.
Os golpistas acessam informações públicas, bem como o CPF do aposentado, número do processo e o nome do advogado, pela internet.
Com esses dados, criam uma conta falsa e induzem a vítima a acreditar que está em contato com um profissional legítimo.
Como se proteger?
O INSS já alertou sobre essa modalidade de fraude e forneceu algumas orientações cruciais com o intuito de proteção:
- Bloqueie o número do golpista imediatamente.
- Registre um boletim de ocorrência (BO).
- Verifique sempre com o escritório de advocacia através de contatos oficiais, como o número de telefone já conhecido, ou, se possível, visite o local pessoalmente.
- Não forneça dados pessoais como CPF, número de benefício, endereço, nem envie fotos de documentos ou fotos pessoais.
- Desconfie de contatos inesperados em nome do INSS, especialmente se envolverem solicitações de pagamentos.
Além disso, o INSS reforça que não entra em contato com os segurados por telefone ou outros canais para oferecer serviços ou benefícios, incluindo revisões de valores.
Outra modalidade de golpe: a lista de benefícios indeferidos
Criminosos estão informando aposentados de forma fraudulenta que seus benefícios foram indeferidos e que seus nomes constam em uma “lista” de benefícios negados pelo INSS.
A descoberta dessa abordagem ocorreu quando um segurado recebeu a notificação de um oficial de Justiça sobre um processo judicial em seu nome, que buscava reverter a negativa do benefício.
De acordo com o INSS, não existe uma lista pública de benefícios indeferidos, e que todas as informações sobre resultados de pedidos de benefícios são divulgadas apenas aos segurados ou aos representantes legais registrados.
Ainda mais, a fraude geralmente ocorre quando golpistas se fazem passar por advogados e dizem ter encontrado o nome da vítima nessa lista de indeferidos, propondo ajuizar uma ação judicial em nome do segurado sem o seu conhecimento.
Como evitar o golpe do PIX
Para evitar cair em golpes como este, siga estas dicas:
- Não compartilhe suas informações pessoais com desconhecidos.
- Evite clicar em links suspeitos enviados por e-mails ou mensagens.
- Verifique sempre a autenticidade de qualquer comunicação que envolva o INSS. O instituto não solicita pagamentos antecipados ou dados pessoais a menos que use os canais oficiais.
- Se um desconhecido se passar por advogado, verifique seu registro na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
Como o INSS combate os golpes?
O INSS utiliza tecnologias avançadas, como Inteligência Artificial (IA), para identificar fraudes e monitorar dados suspeitos.
O instituto bloqueia créditos e suspende benefícios suspeitos, além de encaminhar casos à polícia para investigação.
Atenção: Todos os serviços do INSS são gratuitos. O instituto não solicita pagamentos adiantados nem informações sigilosas fora dos canais oficiais.
Assim sendo, se você foi vítima de um golpe do PIX ou suspeita de fraude, entre em contato imediatamente com o INSS pelo telefone 135 ou registre uma denúncia no canal Fala.Br.