Economia

Isenção parcial de IR vale para salários entre R$ 5 mil e R$ 6.980,00

O projeto de lei ainda será enviado ao Congresso

Isenção parcial de IR vale para salários entre R$ 5 mil e R$ 6.980,00

O Ministério da Fazenda confirmou nesta quinta-feira (28) que a proposta de isenção parcial do Imposto de Renda (IR) será aplicada para trabalhadores que ganham entre R$ 5.000,01 e R$ 6.980 mensais.

A medida, que integra o pacote de corte de gastos do governo, está prevista para entrar em vigor em 2026, caso seja aprovada pelo Congresso Nacional.

Mais cedo, o secretário-executivo da Fazenda, Dario Durigan, havia citado uma faixa maior, de R$ 5 mil a R$ 7,5 mil, o que gerou dúvidas sobre os números exatos. A correção veio por meio de nota oficial da pasta, que explicou como se dará a nova regra.

Ampliação da faixa de isenção

A principal mudança anunciada é a ampliação da faixa de isenção total do IR para trabalhadores com salários de até R$ 5 mil por mês. Atualmente, a isenção abrange rendimentos de até dois salários mínimos, o equivalente a R$ 2.824.

Para aqueles que ganham entre R$ 5.000,01 e R$ 6.980, haverá um desconto progressivo no imposto devido, configurando uma isenção parcial decrescente. “A proposta garante mais equidade no sistema tributário e amplia o poder de compra da classe média”, informou a Fazenda.

Neutralidade fiscal e impactos no mercado

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ressaltou que a atualização da tabela do IR segue o princípio da neutralidade fiscal.

Segundo ele, o objetivo não é aumentar ou reduzir a arrecadação, mas sim tornar o sistema mais justo e eficiente. A reforma tributária, tanto no consumo quanto na renda, visa impacto zero no caixa do governo, com foco em equidade.

Apesar do tom positivo, o anúncio gerou instabilidade no mercado financeiro. Na quarta-feira (27), quando surgiram os primeiros rumores sobre as mudanças, o dólar disparou e chegou à cotação recorde de R$ 5,98 na quinta-feira (28).

A Fazenda ainda não detalhou como ficará a tributação para as faixas de renda a partir de 2026, mas adiantou que a proposta será acompanhada de uma reestruturação do sistema tributário brasileiro.

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