O presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, afirmou que o aperto monetário deverá começar a surtir efeito em breve.
Galípolo prevê um desaquecimento da economia e um consequente alívio da pressão inflacionária. O presidente do BC participou de uma reunião com representantes do setor industrial na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), na capital paulista.
“Tivemos uma inflação mais persistente, que demandou por parte das autoridades monetárias uma elevação das taxas de juros. Isso trouxe os juros para patamares mais elevados”, disse Galípolo.
Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), a autarquia elevou a taxa básica de juros, a Selic, em 1 ponto percentual, para 13,25% ao ano. Essa alta já havia sido contratada ainda sob Roberto Campos Neto, presidente anterior do BC.
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“Passamos a enxergar uma pressão inflacionária mais alta e gabaritamos as razões para iniciar um ciclo de alta de juros”, pontuou o presidente do BC.
Além disso, Galípolo falou sobre o ciclo de flexibilização dos juros. “A autoridade monetária interrompeu o ciclo de flexibilização monetária. A partir da reunião de dezembro, a autoridade fez um movimento claro para mover a taxa de juros para um patamar restritivo com alguma segurança”, explicou.
Em sua fala aos empresários da indústria, o presidente do BC disse ainda que “a política monetária fará o seu efeito primeiro na atividade econômica e depois na inflação corrente”.
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