Projeções

O que esperar do IPCA de agosto, segundo o BTG Pactual

O indicador deve refletir uma taxa anual de 4,30%, afirmam os analistas Álvaro Frasson, Arthur Mota, Lorena Laudares e Victor Amaral

- Marcello Casal Jr./Agência Brasil
- Marcello Casal Jr./Agência Brasil

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de agosto, a ser divulgado nesta terça-feira, 10 de setembro, deve apresentar uma alta marginal de 0,04% em relação ao mês anterior, projetou o BTG Pactual.

O indicador deve refletir uma taxa anual de 4,30%.

Esta variação representa uma desaceleração significativa em comparação com a alta de 0,38% registrada em julho.

Fatores que contribuíram para a desaceleração

A desaceleração prevista para o IPCA de agosto foi atribuída a vários fatores econômicos que influenciam o comportamento dos preços, de acordo com os analistas Álvaro Frasson, Arthur Mota, Lorena Laudares e Victor Amaral.

Entre eles, destacam-se:

  • a deflação das tarifas aéreas e da eletricidade: A redução nos preços das passagens aéreas e da energia elétrica contribui para um alívio nas pressões inflacionárias;
  • a desaceleração dos núcleos de serviços e bens industriais: O núcleo de serviços e o setor de bens industriais apresentam uma desaceleração, o que reduz a pressão inflacionária sobre os preços; e
  • o menor inflação dos combustíveis: A inflação dos combustíveis também iniciou uma trajetória de baixa, e contribui para a moderação no índice geral de preços.

Impacto esperado nos núcleos de preços

Espera-se, de acordo com o BTG Pactual, que a média dos núcleos de preços, que exclui itens mais voláteis, desacelere de forma significativa, em 0,16% na passagem de julho para agosto.

Esta mudança implica em uma leitura relativamente benigna para o IPCA, de acordo com o grupo de analistas, e indica um controle mais eficaz da inflação em termos gerais.

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