Depois de duas décadas

Presidente Lula está otimista com acordo entre União Europeia e Mercosul

Lula afirmou que o Brasil está pronto para assinar o acordo, destacando que a responsabilidade agora está com a União Europeia

Lula-governo
Aqueles que classificam a gestão do petista como ruim ou péssima oscilaram de 31% para 34% | Crédito: Agência Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se mostrou otimista em relação à aprovação do acordo comercial entre a União Europeia (UE) e o Mercosul, que está sendo negociado há mais de 20 anos.  

Em entrevista coletiva nesta quarta-feira (25), após participar da Assembleia Geral das Nações Unidas e de reuniões bilaterais em Nova York, Lula disse acreditar que o tratado pode finalmente ser concluído. 

“Eu nunca estive tão otimista com o acordo entre a UE e o Mercosul. O Brasil está pronto para assinar. Agora, a responsabilidade é da União Europeia, não do Brasil”, afirmou Lula.  

Assinatura do acordo ainda em 2024

Ele disse que informou à presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, na última terça-feira (25), que o Brasil assinaria o acordo.  

O presidente disse a ela: “se vocês se prepararem nós poderemos assinar durante a reunião do G20′. Ou, quem sabe, até em uma reunião com champagne na sede da União Europeia” 

O presidente ressaltou que, durante duas décadas, o impasse foi atribuído aos países do Mercosul, mas agora o bloco sul-americano estaria pronto para avançar. 

O acordo, que teve sua primeira etapa concluída em 2019, durante o governo de Jair Bolsonaro, passou por revisões, mas enfrentou resistências, especialmente na Europa.  

Pressão de outros países

Um grupo de 11 países da União Europa também pediu à Ursula uma conclusão do acordo. Os ministros de Alemanha, Espanha, Portugal, Suécia, Dinamarca, Finlândia, Croácia, Estônia, Letônia, Luxemburgo e República Checa assinaram o documento.  

“É urgente garantir os progressos alcançados até agora e encerrar as negociações. Acreditamos que todos os elementos estão reunidos para permitir uma rápida conclusão das negociações até ao final de 2024”, disseram os ministros.  

Líderes como o presidente francês Emmanuel Macron têm manifestado preocupações, principalmente sobre o impacto no setor agrícola europeu e a ausência de compromissos mais fortes em relação à questão climática. 

Durante seu discurso na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) em março, Macron destacou que o acordo, nos termos atuais, colocaria empresas europeias, que seguem rígidas normas ambientais, em competição desigual com companhias de países que não adotam os mesmos padrões. 

As informações são do InfoMoney 

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