Na última quarta-feira (31), o Comitê de Política Monetária (COPOM) do Banco Central (BC) reduziu a taxa básica de juros Selic em 0,50 p.p. pela quinta vez consecutiva, a 11,25% ao ano.
As reações no mundo político foram divididas. Gleisi Hoffmann, deputada federal pelo Paraná (PR) e presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), alegou que, com a mais recente decisão, o colegiado “mostra mais uma vez sua insensibilidade e descompasso com a realidade econômica”.
A parlamentar afirmou que os dirigentes do Comitê promovem um “veneno para o crescimento econômico”, com a manutenção do “ritmo conta-gotas na redução da Selic”, que, por fim, na visão da petista, continua a submeter o País “a uma das maiores taxas de juro real do planeta”.
Para Simone Tebet (MDB-MS), ministra do Planejamento, a sequência de cortes prorrogada pelos membros do colegiado foi uma “boa notícia”. A ministra atribuiu os feitos do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à decisão. Segundo ela, o terceiro mandato do petista “tem criado as condições necessárias para os cortes nos juros”.
A ministra afirma que a medida “vai na direção correta para estimular ainda mais a economia”.
Já o vice-presidente e ministro da Indústria, Desenvolvimento, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin (PSB-SP), declarou que o corte de 0,50 p.p. na Selic foi “mais uma demonstração de que, no governo Lula, um novo clima de confiança se estabeleceu em nosso país, com estabilidade, credibilidade e sustentabilidade”.
“Quem apostou contra a economia do Brasil, caiu do cavalo!”, concluiu.