Economia

Selic tem 67,3% de chance de ser mantida em 10,50 a.a. na próxima reunião

"A divergência entre diretores indicados por Lula, que defenderam uma manutenção mais forte dos juros básicos, levantou temores sobre uma postura menos ortodoxa do Banco Central a partir de 2025", diz analista

Selic tem 67,3% de chance de ser mantida em 10,50 a.a. na próxima reunião

Na última reunião do Copom, do Banco Central, a taxa básica de juros, Selic, foi cortada em 0,25 p.p., uma redução frente ao ritmo de cortes de 0,50 p.p. que estava sendo seguido pela autarquia. 

Nesta segunda-feira (20), o relatório Focus elevou a projeção da taxa para 10% ao final de 2024. 

“Boletim Focus é o principal relatório do mercado para tentar prever o futuro da economia brasileira, entretanto, sua metodologia é baseada na mediana, o que torna difícil saber qual a probabilidade real atribuída pelo mercado para aquela previsão”, afirma Felipe Uchida, head do departamento de análises quantitativas e sócio da Equus Capital.

Neste sentido, a Equus Capital semanalmente faz o Índice Equus de Precificação da Selic (IEPS). Através da coleta e tratamento de dados através de Inteligência Artificial (I.A), é possível estimar a probabilidade indicada pelo mercado de alteração para a próxima reunião do Copom.

“Analisando os dados, vemos que a probabilidade de manutenção indicada pelo IEPS, neste momento, é de 67,3%. Na semana anterior, o índice apontava uma probabilidade de 43,1%. Vale lembrar que, no dia anterior à última reunião do Copom, este percentual estava em 28,0%”, afirma Uchida.

Nesta semana, observamos um aumento no número de contratos em aberto no mercado de opções de Copom, passando de 37.936 para 44.420 Além disso, há um aumento na probabilidade de manutenção na taxa Selic, de 43,1% para 67,3%.

"Nesta semana, nossa previsão aponta 67,3% de chance de manutenção da taxa Selic em junho de 2024. A ata do Copom ajustou expectativas sobre os juros, abalando o apetite por risco no mercado doméstico. A divergência entre diretores indicados por Lula, que defenderam uma manutenção mais forte dos juros básicos, levantou temores sobre uma postura menos ortodoxa do Banco Central a partir de 2025. Além disso, a ata destacou um ambiente global adverso, dinamismo na atividade doméstica e um cenário desafiador para a inflação local, com o Copom atento às expectativas inflacionárias." explica.

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