Política monetária

Super Quarta: inflação pressiona para alta de 25 bps na Selic, segundo analistas

Nos Estados Unidos, a taxa de juros deve apresentar uma queda gradual até chegar no patamar de 3,00% ao ano

Super Quarta: inflação pressiona para alta de 25 bps na Selic, segundo analistas
Crédito: Agência Brasil

Mais uma Super Quarta se aproxima e, diante do cenário atual da política monetária, tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos, o aumento dos juros tem sido um tema predominante, refletindo preocupações com a inflação e a estabilidade econômica.

No Brasil, a expectativa é de uma alta de 25 pontos-base na taxa básica de juros, a Selic, durante a reunião que se iniciou nesta terça-feira (17) no Comitê de Política Monetária (Copom).

Segundo Luiz Rogé, economista e sócio da Matriz Capital Asset, a inflação e o quadro fiscal ainda pressionam a decisão do Copom, o que deve levar a um aumento de 25 pontos-base na taxa básica de juros.

Rodrigo Cohen, analista de investimentos e co-fundador da Escola de Investimentos, destaca a possibilidade de uma postura mais conservadora do Banco Central.

“Quase unânime que a Selic vai subir 25 pontos-base. A expectativa majoritária do mercado é que o Copom vai falar que a alta vai ser gradual e vão acompanhar os indicadores.”

Cohen enfatiza que a decisão será guiada pela necessidade de não causar pânico no mercado financeiro e de manter as expectativas de inflação ancoradas.

Lucas Almeida, especialista em mercado de capitais e sócio da AVG Capital, explica que, apesar de algumas melhorias no núcleo da inflação, o cenário ainda exige cautela. Ele aponta que “a inflação permanece acima da meta, apesar de algumas melhorias no núcleo, o que justifica essa alta“.

Nos Estados Unidos, o Federal Reserve também está em um ciclo de ajuste de juros. Rogé projeta que o Fed começará a reduzir a taxa de juros gradualmente, com uma queda inicial de 25 pontos-base, podendo chegar a 50 pontos-base se a economia mostrar sinais de fraqueza.

Esperamos por um ciclo de queda nos juros dos EUA com taxas caindo para cerca de 3 a 3,5% a.a. e reduções na base de 25 bps para acompanhar os dados da economia“, afirma Rogé.

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