Covid

Após primeiro impacto, mercado aguarda mais informações sobre nova cepa

Notícia fez bolsas pelo mundo despencarem, ouro teve maior busca e setor de turismo e aéreo já estão temerosos

- Asad Photo
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A Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou como “preocupante” a variante B.1.1.529, identificada na África do Sul, e decidiu chamá-la de Omicron. A notícia sobre a nova cepa derrubou os mercados globais nesta sexta-feira (26) e, agora, os investidores mantêm o assunto no radar para identificar como os desdobramentos poderão afetar os negócios.

A classificação da nova mutação como uma “variante de preocupação” (VOC, na sigla em inglês), é uma medida de alerta sobre os possíveis efeitos que a cepa pode ter sobre o curso da pandemia.

“A evidência preliminar sugere um risco aumentado de reinfecção com esta variante, em comparação com outros VOCs”, afirmou a OMS em comunicado. 

Sérgio Brito, diretor da Ipê Investimentos, ressalta que a notícia provocou um movimento global de queda entre os mercados nesta sexta-feira. A tensão até motivou o destaque do ouro, com os investidores procurando muito mais a commodity do que o dólar. Porém, Brito admite que ainda não é possível prever qualquer situação para a próxima semana.

Apesar do movimento, principalmente na Europa, para o fechamento de fronteiras e controle de voos, ele lembra que a situação da cobertura vacinal no Brasil é grande e pode ajudar a acalmar o mercado.

“É claro que o fechamento de fronteiras na Europa impacta todo mundo. Mas já tivemos outras variantes que conseguiram ser bem administradas. Ainda é muito cedo, temos que esperar mais informações”, avalia Brito.

Mas ele alerta que uma notícia como essa cai de forma impactante ainda mais em um cenário de inflação alta que provocou uma quebra na cadeia produtiva mundial, inclusive, com falta de insumos e que esperava uma possibilidade de recuperação.

“Já se falava em passaporte da vacina, dando esperança para o turismo e setor de serviços, por exemplo. Agora, fica todo mundo com medo de um lockdown. Temos que aguardar”. 

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