Na busca de ter uma tranquilidade financeira no futuro, muitas pessoas optam por fazer planos de previdência privada, com o objetivo de complementar a aposentadoria do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). Ao contratar uma previdência, você escolhe o quanto deseja pagar por mês, o período de contribuição e o tempo que pretende deixar investido até o resgate e a forma de tributação. De acordo com as opções escolhidas, normalmente é indicado um dos tradicionais planos: VGBL ( Vida Gerador Benefício Livre) ou PGBL (Plano Gerador de Benefícios Livres). Para entender em detalhes as diferenças entre os dois, clique aqui!
Porém, o que muitas pessoas não sabem é que é possível ter na carteira de investimentos mais de um certificado de previdência (como são conhecidos os planos), inclusive de tipos diferentes, como opção de diversificação da carteira. De acordo com a responsável pelos produtos de previdência do escritório de assessoria de investimentos Blue3, Helen Bogt, contar com dois planos pode trazer diferentes vantagens. “No PGBL você pode, por exemplo, aproveitar os 12% da sua renda anual tributável (limite máximo de dedução anual no Imposto de Renda) e utilizar esse valor para abrir um VGBL, já que essa modalidade não tem limite máximo de aporte. No momento do resgate, ele vai tributar só sobre o rendimento”, explicou Helen.
Segundo a executiva, há ainda outra vantagem interessante. “ Os planos de previdência têm 60 dias de carência para movimentações. Tendo mais de um certificado fica mais fácil administrar e trazer maior liquidez para a carteira”, completou.
Planejamento é fundamental
Entretanto, lembra Helen, é importante prestar atenção em alguns tópicos antes de se ter mais de um plano de previdência, como a tributação. A executiva explicou que existem duas tabelas que podem ser escolhidas na hora da contratação do plano: a regressiva e a progressiva ou compensável.
“(a tributação) Na regressiva é mais alta no começo, 35%, e vai caindo com o passar do tempo. Pensando no longo prazo, é uma das melhores opções disponíveis no mercado atualmente, chegando a 10% em 10 anos”, explicou. “Já a progressiva – ou compensável – vai considerar seus resgates como parte da sua renda anual tributável de pessoa física e, por esse motivo, é uma ótima escolha quando, por exemplo, o cliente está enquadrado em faixas salariais mais baixas ou planeja fazer resgates pequenos anualmente para continuar nos patamares mais baixos do imposto de renda”, completou.
A especialista aponta que essa é uma escolha muito particular e que exige planejamento. “Precisa fazer conta para ter certeza do que é melhor para você”, ressaltou.
“Escolher o plano adequado tem diferenças significantes, então a melhor opção é buscar um assessor de investimentos para te auxiliar, identificar qual é a melhor estratégia para você”, completou.