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Diversificação: veja como investir no exterior protege a sua carteira

Diferentemente do passado, hoje, investidores têm acesso a produtos diversos que permitem aplicar dinheiro lá fora de maneira muito mais simples

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Em momentos de crise, principalmente as domésticas, como aquelas em que há ruídos políticos e fiscais, os bons investidores que se prezam sabem da importância da diversificação internacional.

As possibilidades de diversificação no exterior não se encontram apenas nos EUA, mas, pelo fato de ser o maior mercado do mundo e o dólar ser uma moeda estável, naturalmente os investidores olham para as empresas listadas nas bolsas norte-americanas.

Por exemplo, mesmo com as últimas quedas, o S&P 500 – índice criado pela agência de classificação de risco Standard & Poor’s e que reúne as 500 maiores empresas do mundo -, continua muito próximo das máximas históricas atingidas no início deste ano, enquanto o nosso Ibovespa acumula queda de 17,0% do último topo (130.126 pontos, alcançados em 4 de junho).

De acordo com Patrick Johnston, superintendente de renda variável da Blue3, esse movimento “nos mostra que a diversificação internacional nos previne de ficarmos de fora do Bull Market (expressão em inglês usada para momentos de extremo otimismo no mercado financeiro) no mercado mundial, enquanto passamos por crises internas”.

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Ele prossegue: “Se analisarmos nossa participação no mercado acionário mundial, vemos que o Brasil possui uma participação muito pequena, de pouco mais de 400 empresas, em relação às mais de 40 mil empresas com capital aberto no mundo”. Esse dado representa cerca de 1% do total dessas empresas cotadas nas bolsas mundiais. 

Nesse caso, segundo o executivo, cabe ressaltar a relevância do PIB brasileiro em relação ao PIB mundial, que hoje se encontra próximo de 2%.

“Então, faz sentido investir 100% do capital em uma economia que representa apenas 2% do PIB mundial e que tem uma participação ainda menor em relação às empresas cotadas em bolsa?”, questiona.

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Processo mais diversificado e simples

Para “dolarizar” seus investimentos, antigamente, o investidor necessitava abrir conta em uma banco internacional, fazer remessas internacionais e ainda sim dispor de um capital alto para investimento no exterior. Isso sem contar toda a burocracia de documentos e tributação. 

Mas, hoje, já temos diversas formas de investir lá fora no mesmo dia útil e sem a necessidade de fazer grandes aportes. 

Muitas opções de ativos internacionais podem ser comprados por meio de corretoras nacionais. Os BDRs, os fundos de investimentos e os ETFs são algumas delas:

BDRs – Os BDRs – Brazilian Depositary Receipts – são títulos que representam ações de companhias negociadas na B3, a bolsa brasileira, por empresas ou instituições financeiras.

Quem adquire um BDR, portanto, não compra diretamente as ações da empresa no exterior. Em vez disso, investe em títulos representativos desses papéis. 

Essas ações existem de fato lá fora, e precisam ficar depositadas e bloqueadas em uma instituição financeira que atua como custodiante – ou seja, que faz a guarda delas.

Quero investir em BDRs agora

Fundos de investimentos – Os fundos reúnem recursos de diversas pessoas, para que sejam aplicados em conjunto no mercado financeiro e de capitais. 

Os ganhos obtidos com as aplicações são divididos entre os participantes, na proporção do valor depositado por cada um.

Para efeitos de tributação, os fundos são divididos em dois tipos: fundos de longo prazo: papéis com vencimento em mais de 365 dias, em média; fundos de curto prazo: papéis com vencimento em menos de 365 dias, em média.

Alguns dos tipos de fundos mais comuns são: cambiais e de ouro, de ações, multimercado, renda fixa, de previdência e imobiliários.

Quero investir em fundos de investimentos

ETFs – Exchange Traded Funds, no inglês, ou fundos de índice, são fundos de investimentos ligados a algum índice de referência.

Eles são negociados na bolsa de valores, da mesma forma que as ações, e seguem as movimentações de um índice específico. 

Aqui, por exemplo, existem ETFs atrelados ao, como o Ibovespa, formado por cerca de 84 empresas que negociam o maior volume de papéis diariamente na Bolsa, e serve como “termômetro” do mercado de capitais brasileiro. 

Ou seja, caso o Ibovespa suba, os fundos também ganham. Agora, se o índice cai, os investidores também perdem.

Quero investir em ETFs agora

“Antes de investir, é sempre bom o investidor conversar com seu assessor de investimentos para definir o percentual ideal de alocação, de acordo com suas necessidades de liquidez e apetite a risco”, conclui Johnston.

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